Scarlet
Sinto minha cabeça girar enquanto escuto aquilo que saiu da boca dele. "Desacreditada" é a palavra! Decepcionada e extremamente PUTA por ter recebido isso como um obrigada.
Dou uma risadinha forçada olhando pro céu buscando forças pra não quebrar esse filho da puta na porrada.
Terê: Olha pra mim, Scarlet!- seguro as lágrimas que se acumulam nos meus olhos e coloco a língua no céu da boca prendendo o choro.- Olha nos meus olhos e diz que não foi você, eu só preciso que você faça isso!.- eu olho em seus olhos.
Observo cada parte do seu rosto e a expressão cansada e preocupada é visível. A respiração descompensada e o curativo no pescoço sujo de sangue me chamam atenção mas eu volto olhar nos seus olhos.
Terê: Por favor, diz que não foi você!- nos encaramos como se fosse o dia que estávamos na casa, antes de tudo acontecer.
Scarlet: Não fui eu que entreguei a gente!- digo olhando nos seus olhos.- Eu não fiz nada disso.
Ele solta o ar preso em seus pulmões e segura meu cabelo me puxando pra si, e mesmo com a vontade de empurrar ele pra longe, eu permito aquele contato.
Terê: Vamos pra casa!- segura minha mão e assobia para o garoto que tá na esquina armado até os dentes.
Scarlet: Eu vou ficar com a Duda.- ele fecha a cara olhando pra mim.
Terê: Você vai ficar comigo, tá maluca?- eu solto sua mão.
Scarlet: Maluco tá você, acabou de desconfiar de mim!- cruzo os braços indignada com essa porra toda.
Terê: Eu tinha que perguntar, garota, pra você ou pra qualquer pessoa que estivesse comigo naquela casa!- gesticula com as mãos apontando pro ar indicando a casa.
Scarlet: Ah é claro, eu ia denunciar a gente pra depois correr e levar 2 tiros e quase morrer.- sou irônica e ele passa a mão no rosto.- Ia correr o risco de vida por uma criança atoa.
Terê: Se não salvou ela pra jogar na cara, era melhor ter deixado ela lá!- meu sangue ferve quando escuto ele dizer isso.
Scarlet: Eu salvei porque eu AMO aquela menina!- dou ênfase no "amo".- Salvei porque considero ela como minha, desde a primeira vez que a gente foi na praia. Desde quando eu vi ela pela primeira vez, você tem noção do que tá falando?- pergunto querendo chorar.
Terê: Você que jogou na cara por ter salvado ela.- aponta pra mim.
Scarlet: Eu fui ironia, Juan! Olha o que você me fez passar desde que eu cheguei aqui hoje. - a lágrima desce e ele chega perto limpando o meu rosto molhado.
Terê: Vamos pra casa, meu amor!- o apelido me faz chorar mais porque eu sei o que meu coração tá sentindo.- Eu to exausto e sei que você também tá.- segura meu cabelo com todo cuidado.- Eu tava cheio de medo de algo acontecer com vocês.- beija meu rosto.- Vamos pra casa, eu tenho que cuidar de você!- eu concordo com a cabeça respirando fundo.
Scarlet: Pega a pretinha!- peço levantando a cabeça pra olhar pra ele.
Terê: A Duda vai levar ela agora!- eu concordo vendo o carro se aproximar.
Ele abre a porta do carona me colocando ali sentada e entra no motorista. Em menos de 3 minutos a gente tá parando na mesma casa que estávamos antes de viajar. Sinto a perna repuxar quando desço do carro e com ajuda dele eu ando pela casa e entro no quarto do primeiro andar.
Ele me guia pra uma porta dentro desse quarto e quando abre, vejo que é um banheiro. Com todo cuidado que ele sempre tem, ele tira minha roupa, e me dá um banho gostoso e relaxante, cheiro de carinho e amor. A paz daquele banho era a paz que eu queria ter tido naquela viagem.
Encostados um no outro, nós sentimos aquele momento, o calor dos nossos corpos, o sentimentos que temos um pelo outro. Ali eu vejo que ele é minha paz, meu remédio, meu amor, algo que eu nunca imaginei sentir por alguém. Uma coisa forte que eu me castigaria por sentir por alguém, mas por ser ele, tudo faz sentido.
Nós dois ali é como se tudo ao nosso redor não existisse, é como se nada mais importasse e não tivesse uma guerra prestes a acontecer.
Terê: Eu tô com você, amor!- meu peito se aperta por sentir ele, coisa que eu achei que nunca mais ia sentir.
Scarlet: Eu tô com você, amor!- sinto seu braço me apertar.- Eu achei que nunca mais fosse te ver.- choro de alívio.
Terê: Eu também achei que nunca mais fosse te ver.- ele acaricia meu cabelo molhado.- Pensei que eu ia morrer!- encosta a cabeça no meu ombro.- Eu tô com medo, Scar!
Scarlet: Medo de que?- pergunto preocupada.
Terê: Do que vai acontecer daqui pra frente!- diz abafado pelo meu ombro.- Quem fez isso com a gente, vai morrer!
Scarlet: Esquece isso, Juan!- ele nega levantando.
Terê: Se eu esquecer, quem morre sou eu!- ele me vira devagar pra entrar embaixo do chuveiro.
Scarlet: Então antes eles do que você!- digo e ele olha pra mim de um olho pro outro.- Eu tô com você, amor!- seguro seu rosto.- Pra tudo.- Dou um selinho em seus lábios.
Terê: Obrigada, preta!- me beija de volta, o beijo que eu tava sentindo falta, mas me afasto.
Scarlet: Mas se você desconfiar de mim mais uma vez, eu mesma vou acabar com você, seu filho da puta!- ele rir e me abraça.
Terê: Desculpa, meu amor!- desce os beijos pro meu pescoço.- O que eu preciso fazer pra você me desculpar?- chupa meu pescoço me fazendo sentir algo pulsar no meio das minhas pernas.- hein?
Scarlet: Precisa me comer gostosinho, aí eu penso se te perdoo.- ele rir junto comigo descendo sua mão pra minha bunda.
Terê: Eu acho que a gente não pode transar.- aperta um lado da bunda e da um tapinha me fazendo dar um mini pulo e escutamos alguém gritar lá do quarto.
Duda: Não pode mesmo, seus coelhos! Façam o favor de sair daí de dentro, vocês estão de castigo!- jogamos a cabeça pra trás juntos pela frustração e gargalhamos das porradas dela na porta.
(...)
Capítulo pequeno só pra vocês não ficarem sem kkk
VOCÊ ESTÁ LENDO
Luxúria
RandomEntregou-se tanto ao vício da luxúria que em sua lei tornou lícito aquilo que desse prazer, para cancelar a censura que merecia.