18.

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Entramos no elevador, já que o restaurante era no último andar do edifício. Mas assim que entramos, sou prensada em uma das paredes, e quando abro a boca para protestar, imediatamente sou calada pelos lábios de Taehyung.

Aquele beijo quente e avassalador me faz derreter que nem manteiga nos seus braços. Por alguns minutos me deixo levar e retribuo, jogando minhas mãos nos cabelos fofos e pretos dele. Sinto seus lábios descerem pro meu pescoço e o hálito quente dele faz cócegas em mim, me fazendo arfar. Mas logo o som das portas abrindo soa e ele se afasta de mim, como se nada tivesse acontecido.

Um grupo de pessoas entram no elevador, nos apertando na parte de trás, me fazendo ficar grudada nele, que solta uma risada de satisfação.

- Pára - sussurro.

- Ah, como eu amo as ironias da vida...- ele fala no meu ouvido.

E de repente ele se abaixa, parece amarrar o cadarço de um dos seus sapatos. Algumas pessoas olham assim como eu, mas logo voltam sua atenção a conversa entre eles.


Já a minha atenção vai para a mão de Taehyung que agora sobe minha perna, em direção a um local totalmente desprotegido.


Minha calcinha ainda está com ele ?

- O que tá f- antes que eu conclua a frase, ele chega lá. E maldita a hora que cedi aos beijos dele, pois meu corpo reagiu muito bem a isso, e ele acaba de perceber.

- Hm, não sabia que gostava tanto dos meus beijos, querida. - os dedos dele começam a se mover em mim, me fazendo delirar.


Não me permito abrir a boca, porque sei que a chance de sair um gemido involuntário é grande. Ao invés disso, viro minha cabeça nos ombros dele e fecho os olhos.

- N-não...

- Quer que eu pare? - a voz grossa dele me arrepia inteira.

Os dedos dele dão um sinal de que irão sair dali e imediatamente puxo a gola do seu terno.

- N-não ouse.- minha voz falha no final. Ele sorri pra mim, enquanto me derramo ainda mais sobre seus dedos. Minhas pernas tremem e começo a suar.

- Estou muito rápido?

Balanço a cabeça negando. E quando estou quase chegando no meu ápice, as portas abrem no térreo e todos que estavam no elevador começam a sair, assim como os dedos dele saem de mim.

Volto a realidade e tento me recompor, descendo o vestido, enquanto ele sai com aquela cara de vitorioso que tanto detesto.

- Isso não vai mais acontecer.

- Não mesmo. - ele rebate, mas me puxa de volta ao seu encontro, e sua mão me segura no pescoço.

- Não até você me implorar.





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No carro, o silêncio pesado entre nós é preenchido pela voz suave do Adam Levine cantando She Will be loved.

Irônico.

Mais irônico ainda é ver ele cantando divinamente bem essa música.

Me pego presa encarando ele , enquanto sua atenção permanece na avenida iluminada.

- Você canta bem.


Ele me encara de volta, talvez surpreso com o elogio repentino no meio de tantos xingamentos feitos hoje.

- Sabia que quando eu era mais novo, meu sonho era ser cantor e saxofonista?

-Jura?

-Sim... mas meu pai disse que isso era pra mim. De início relutei, mas hoje sei que não nasci pra isso.

- Não concordo. Você tem uma voz linda , seria um cantor incrível.

Um sorriso surge, e agora que percebi que seu sorriso é levemente quadrado, me faz querer sorrir também.

- E você? O que queria ser quando crescesse?

- Você vai rir.

- Não vou não.

Olho pra ele incrédula.

- Prometo.

- queria ser... mãe.

Ele fica surpreso.

- UAU... é algo bem específico.

- Sempre tive a ideia de ter a família perfeita, o marido perfeito que quando chegasse do trabalho me desse um beijo na testa e me contasse sobre seu dia, enquanto alisava minha barriga grande... planejar comigo os detalhes do quarto do nosso filho, enquanto discutiriamos sobre o nome escolhido. Passear no fim de tarde de mãos dadas em uma praia... essas coisas.

Ele me encara, parece querer dizer algo que não sai.

- Relaxa, não é como se eu fosse ter isso com você.

E aqui cometo meu vacilo de olhar pra ele, e fico presa no seu olhar que parece ter algo diferente. Suas mãos grandes agora buscam a minha, e elas parecem levemente geladas.

- Chloe, eu...

O telefone toca alto pelo carro. A expressão leve dele volta a ser a de sempre, raivosa e indecifrável.

- Porra, o que é?

Silêncio, alguns segundos.

- Qual a cor dele? Esse atrás desses dois carros? Desde onde? Ok, fiquem na cola.

Ele desliga, parece preocupado.

- Taehyung, o que houve ?

- Se segura, vamos precisar correr.

- Correr? Porquê?

- Estamos sendo seguidos.

O acelerador ruge como um leão.



São só negócios || K.T || 18+Onde histórias criam vida. Descubra agora