Capítulo 8

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Maddy

Sentei no balcão de frente para CJ e neguei com a cabeça.

- Não, CJ.

- Me conta logo como foi com o gentleman - pediu, o rosto apoiado em suas mãos.

Apertei mais o meu casaco no corpo e lutei contra um sorriso sincero que escapava dos meus lábios.

- Foi normal - dei de ombros.

- Ele é muito gentil, não é?

Mandão, você quis dizer né? - pensei.

- Ah, ele é..

- Você tinha que ver a cara que as meninas dele ficaram ontem quando você saiu daqui com ele.

- Não foi culpa minha, CJ, e eu nem me importo. Elas que fiquem com ele.

Tentei afastar as lembranças da noite em que ele foi tão cuidadoso comigo que me assusta até agora da minha mente. Ninguém nunca tinha agido daquela forma quando se tratava de mim, e foi estranho ter alguém paciente o suficiente para não surtar com a minha teimosia.

- Não sei se ele quer saber delas ainda não, em, Maddy.

- Não importa, eu não ligo, e não vamos mais falar dele.

- Foi diferente com você, só não quer aceitar isso..

- Sim, porque não vou me derreter por um cara que me ignorou por anos só por causa se uma noite. Ele que se dane.

ela abriu um sorriso enorme e apontou com a cabeça por cima do meu ombro - Por que você não diz isso para ele?

- O-oque? - virei-me abruptamente para vê-lo caminhando até mim e olhei para CJ, que sorria - Não me deixa sozinha.

- Oi? - fingiu não me ouvir.

- CJ! CJ! não faz isso.. - sussurro desesperada vendo-a sair para a dispensa e engulo em seco.

Michael e toda a sua masculinidade encostou-se no balcão, os antebraços cheio de veias grossas à mostra e forcei meu olhar para a frente.

- Você deveria estar de repouso até onde eu sei, Maddison - disse, pedindo uma bebida ao garçom.

- E até onde eu sei, Michael, você não virou meu pai por ter me ajudado ontem - retruco, o canto dos seus lábios se esticaram em um sorriso preguiçoso que me deixou bamba, mas ainda bem que eu estava sentada.

- Pega as suas coisas, você vem comigo.

- Não vou, não - respondi rápido - Eu tenho um cliente daqui à um minuto, e você não precisa me ajudar com mais nada.

- Não dou a mínima para o seu cliente, Maddison.

- Mas eu sim, preciso da grana, Michael. Você não pode achar que por ser rico vai me controlar - olhei para ele, que já estava me olhando e analisando todas as minhas feições e prendi o ar, a música parecendo estar diminuindo aos poucos, vi seu pomo de adão se movimentar e ele quebrou o encanto, virando-se para a frente.

- Quero conversar com você, tenho uma proposta que pode te ajudar.

- Que tipo de proposta, Michael? - perguntei.

- Vem comigo e eu vou dizer.

- Você sempre é assim?

ele sorriu, levando o copo até os lábios carnudos - Depende, assim como?

- Misterioso.

- Então estamos quites, baby - diz sorrindo e coloca uma nota no balcão - Você vem?

Assenti, não conseguindo dizer mais nada quando aqueles dentes brancos e perfeitos estão sorrindo assim para mim e desci do banco pegando minha bolsa, CJ voltando da dispensa e olhando entre nós dois.

HERDEIROS #2 - Nos olhos do CEO Onde histórias criam vida. Descubra agora