Capítulo 53

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Maddy

Me despeço de Emily vendo a mesma sair com Lucien em seu carro e fico sentada no banco em frente ao shopping esperando por Michael, como estávamos viajando, havíamos dado algumas semanas de descanso para os funcionários, incluindo Mack.

e que, eu estava começando a achar uma péssima ideia.

Porque desde que voltamos, sinto como se estivesse sendo observada o tempo inteiro, e isso está me causando pânico, pensei que talvez fosse alguma sequela por causa de Brad, mas essa coisa ruim nunca me abandona, pelo menos com Mack me sinto segura.

Ouço a buzina do carro e Michael salta para fora, e enfim, solto o ar dos meus pulmões.

— Algum problema, minha noiva? – perguntou preocupado — Você está pálida, amor.

— Que bom que você chegou – o abraço com força deixando ele me apertar em seus braços e suspiro aliviada — Vamos até o carro e falaremos disso, melhor assim.

— Tudo bem, vem.

Caminhamos até o carro onde ele abre a porta para mim, espera que eu sente e coloca meu cinto para manter-me segura, quando Michael entra também e se senta, trancando as portas do carro, deixo o pânico tomar conta de mim.

— Michael, sinto que algo estranho está acontecendo.

— Como assim, baby?

— Eu me sinto sendo observada o tempo todo – digo rápido — Como se alguém estivesse me seguindo.

Michael fecha a cara e franze o cenho.

— Há quanto tempo isso, amor?

— Desde que voltamos da Grécia, desculpe não dizer antes..

— O que importa agora é que você disse – fala — Você tem certeza absoluta disso?

— Não sei se é mesmo real, mas eu sinto uma sensação estranha o tempo todo.

— Eu vou redobrar o número de seguranças que andam com você e prometo usar tudo que posso para descobrirmos isso.

Assenti em positiva, apesar da ideia de tantos seguranças por perto ser meio chato, eu gostava da sensação de saber que alguém iria me proteger caso fosse possível, que ninguém poderia causar algum mal para mim, pois eu tinha Mack.

Fomos o caminho inteiro em silêncio, mas não um silêncio desconfortável, era bom estar perto de Michael e nada tenso, era pacífico e acalmava minha ansiedade, principalmente com seus dedos entrelaçados no meu me passando segurança durante todo o percurso até a nossa casa.

— Vou estacionar o carro – avisa.

— Tudo bem, eu vou na frente porque quero ver Dex.

— Sente mais falta desse gato do que de mim – resmunga humorado e gargalho saindo do carro.

Caminhando até a porta de casa, passo o cartão de acesso e entro, logo, Dexter corre miando na minha direção e começa a ronronar sem parar, até que eu o pegue em meu colo e caminhe com ele até a cozinha.

— Está com fome, mamãe? – pergunto com uma voz boba, colocando sua ração em seu potinho.

Novamente, a sensação de estar sendo observada me atinge e fico ereta, olhando para os cantos escuros da casa e o silêncio agora desconfortável e assustador.

— Michael? – o chamo, sem resposta, ouço barulho das plantas no jardim e engulo em seco, tentando correr até a porta, porém, paro abruptamente.

Minhas mãos trêmulas se apertam uma na outra e meu coração afunda dentro do peito, meus pés parecendo que foram chumbados no chão, deixando-me incapaz de me mover enquanto meu corpo todo treme de pavor, meu pulso batendo cada vez mais rápido, cada vez mais forte.

HERDEIROS #2 - Nos olhos do CEO Onde histórias criam vida. Descubra agora