𝟏𝟑. 𝐛𝐚𝐝 𝐫𝐞𝐩𝐮𝐭𝐚𝐭𝐢𝐨𝐧.

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She got a bad reputation she takes the long way home.

Point of view Hannah

Nunca subestime a vida, ela sempre pode piorar. Não que eu seja o tipo de pessoa que não tem esperança, ou que facilmente se entristece... Minha desconfiança me salva de todo esse trabalho mental, só que nesse momento, queria poder voltar atrás em muitos aspectos. Foi estupidez minha conversar sobre isso no set, Sadie corria entre lágrimas e meu nervosismo sondava cada órgão do corpo enquanto ia atrás dela que estava abraçada com a Paulina no portão, do lado de fora. Cheguei até elas enquanto Paulinha alisava sua cabeça e esperei enquanto me fitava com seriedade, encarando com um ar presunçoso.

– Sadie... – Repousava minhas mãos na cintura, recuperando o fôlego que perdi correndo até aqui e parei diante delas, ela ainda estava com o rosto encostado no ombro de Paulina junto a suas mãos entrelaçadas por seu corpo num abraço desesperado. – Posso falar com você?

– Hannah, ela não está bem. – A garota de cabelos castanhos respondeu com rispidez, Sadie me olhou numa expressão assustada, soltando-se agora da mesma.

– Eu não quero falar com você, por favor, vá embora. – A ruiva cruzou os braços me olhando com raiva e tristeza, cuspindo as palavras entre soluços. – Uma aposta, é sério? – Meu estômago embrulhava com seu tom de decepção. – Eu nem sei se te conheço mais... Achei que era só uma má reputação, que seria diferente... Mas porque eu seria uma exceção para uma regra? – Ela enxugava seus olhos com a manga da roupa e soltava uma risada fraca, em deboche... Aquilo me dilacerava de tantas formas, eu estava tão envergonhada, senti meus olhos se enchendo mas busquei conter as lágrimas diante dela.

– Você não entendeu, Sadie... Vamos conversar a sós... Por favor. – Pedi baixinho com a voz oscilando segurando sua mão e ela a soltou com repulsa, encarei para ela e Paulina indicando o incômodo que estava sentindo com aquela vigia entre nós. – Não é minha culpa... – Menti, sabendo que sim, era minha culpa... Só não sabia mais o que dizer para trazê-la para perto.

– Hannah... Vai ficar com a Abigail, vai. Vocês se merecem. – Ela disse me dando as costas enquanto Paulina colocou a mão em seus ombros colando nela e se virou em silêncio.

– Ela é só minha amiga... – Repeti. – Posso te explicar tudo a sós.

– Hannah, você não entendeu? Deixa ela em paz... – Paulina falou num tom ameaçador quando virou seu rosto para me fitar e saíram andando, uma mão tocou em minha cintura e quando olhei desabei em lágrimas me abraçando nela.

– Abby... Ela não vai me perdoar. – Apertava ela com força e me segurava naquele momento.

– Shhh... Shhh... Eu estou com você, mas vamos para sua casa... Tem gente demais aqui para presenciar você nesse estado, sabe como as pessoas comentam. – Sua voz era calma, paciente e preocupada. Fomos para a minha casa e me joguei no sofá, estando morgada, arrependida e deprimida enquanto Abby me trazia uma garrafa de vinho para bebermos.

– Hannah, sabe que não vou permitir que você fique assim por causa dela, certo? – Abby se encostava ao meu lado me entregando sua taça de vinho depois de dar um gole, me fazendo beber da mesma. – Ela tem só... 20 anos.

– Você tem 24. – A cortei bebendo mais um gole do líquido.

– É, mas você não está triste por minha causa, está? – Deu um sorriso convencido. – Uma vergonha um mulherão como você ficar sofrendo por alguém que é 7 anos mais nova. Aliás... Você poderia ter quem quiser, sabe disso.

– Não é sobre isso, você sabe que não é. – Respondi sem graça. – Estou me sentindo um lixo... Não está me levando a sério, mas revendo minhas atitudes, elas são nojentas. – Meu olhar voltava a se inundar, me deixando corada e vermelha. – Odeio me sentir assim, nunca liguei para a minha reputação... Não por dentro. Mas agora entendo que as pessoas estão certas sobre mim. Eu não gosto do que vejo, Abby. – Ela enchia a taça novamente bebendo mais um pouco e me ofereceu, aceitei engolindo até o fim... Sentou entre as minhas pernas passando suas mãos pela minha barriga com carinho.

– Eu gosto do que vejo... E o que vejo é um ser humano lindo, que comete erros sem medo de julgamento, que tem um coração gigante e por isso está ferida por machucar alguém tão ingênua como a Sadie. Sim... Ela não merecia, mas vai superar. Sabe? Eu vejo... – Ela dizia e alisava minha testa ajeitando minha franja. – Eu vejo algo... E eu gosto disso.

– Não... Abby. – Minha voz rouca se perdia entre as lágrimas que caíam e ela secava as mesmas com seu polegar.

– Shhhh... – Deitou sobre o meu corpo e começou a beijar minha bochecha dizendo entre sussurros. – Eu estou aqui... Já te deixei só antes? – Meu corpo se arrepiava quando ela enfiava sua língua pelo lóbulo da minha orelha e neguei com a cabeça. – Você vai ficar bem, confia em mim. – Abby deslizava sua mão direita por baixo da minha barriga, descendo-a até o encontro da minha virilha, colocou suas mãos por dentro da minha calça e apertou minha buceta pela minha calcinha, agora adentrando por ela enfiando dois dos seus dedos e massageando meu clitóris devagar. Fechei meus olhos inclinando minha cabeça para trás e soltando gemidos baixos, meu coração estava acelerado e meu corpo sentia aquilo com tanta intensidade que não conseguia pensar em nada além de suas mãos começando um vai e vem, enfiando diversas vezes socando com força até meus gemidos altos invadirem aquela sala.

– Porra... Você sabe mesmo ser uma puta, não vale nada! – Dizia entre gemidos ao apertar sua bunda com vontade, dando tapas fortes.

– Shhhh... Sou tão puta quanto você... E tão imprestável quanto você... – Sussurrava levando sua boca a me calar com um beijo apressado e sua mão me enforcava deixando meu pescoço avermelhado e me tirando o ar por segundos enquanto meu interior mastigava seus dedos. Estava gostoso até sentir algo estranho em seu beijo, em seu toque... Que não era nada ruim, mas não era o que eu queria agora. Meu coração se angustiou trocando meu semblante de prazer por desgosto, não conseguia entender porque mesmo sentindo tudo isso, continuava desejando a Sadie, lembrando dela, precisando dela. Encerrei o beijo afastando a Abby de mim, empurrando seu peitoral devagar, sem arrogância. Ela me olhava sem entender, irritada.

– Não corta meu barato... – Ela fez um bico retirando sua mão da minha calça e chupando seus dedos. – Eu quero mais... Posso te dar mais... – Me olhava com tesão, quando o meu passou em segundos e aquela expressão não me dizia nada.

– Estou sem clima, Ab. – Falei baixo e ajeitei meus cabelos para trás, limpando todo meu suor.

– Pra transar? Você? – Ela parecia triste mas realmente deu uma risada alta. – Conta outra.

– É sério. – Respondi sem pestanejar.

– Uau... Nossa... Hmm... – Ela me olhava passando as mãos pelos meus seios massageando enquanto meu bico ficava rígido, mordi meus lábios e senti alguns arrepios mas não o suficiente para me levar a foda, neguei com a cabeça. – Caramba... A garota bagunçou mesmo sua mente, hein, qual a receita dela? – Continuava fazendo piadas que não eram engraçadas para mim, apenas ficava em silêncio enquanto ela me contemplava e me abraçava fechando seus olhos em quietude. – Posso só ficar aqui? – Disse com manha. – Por favor...

– Pode... Você é minha melhor amiga no mundo inteiro e eu te amo tanto, é claro que você pode ficar aqui. – Abri meu coração para confortá-la me sentindo mal por rejeitá-la, um braço meu a abraçava, o outro caçava meu celular pelas almofadas do sofá disfarçadamente para mandar mensagem para a Sadie... E eu sou lá mulher de desistir sem me humilhar?

All Too Well - BTS StellatrixOnde histórias criam vida. Descubra agora