Green Eyes [Larry Stylinson]

He doesn't deserve it

N/A: Feliz dia das mães a todas as mamães! Como eu quis ser fofinha dessa vez tem um pouquinhoo de romance, bem pouquinho, mas eu prefiro as partes mais dramáticas (minha melhor amiga que o diga) enfim espero que gostem e mandem beijo pras mamães de vocês por mim. Enjoy!

-x-

- Por favor, aguenta só mais um pouco. - pediu Gemma, praticamente suplicando ao irmão, com dor no coração ao vê-lo tão ferido por entre aquele vidro que o mantinha dentro da penitenciaria.

- Eu aguento Gemm, sempre aguento. - disse, sorrindo completamente triste. Como isso doía! Ele sempre tentava ser forte por todos, mas só Deus sabe como ele estava por dentro. Clamava pela morte a cada soco, chute ou xingamento que lhe diziam. Era pior do que tortura e, com certeza, a morte era mais fácil, mas Harry tinha seus amigos, sua família e tinha algo maior pelo que lutar: Louis.

- Está quase resolvido. - insistiu a irmã do rapaz.

- Eu vou ficar bem, certo? - acalmou-a Harry. Respirou fundo ao receber outro olhar feio do guarda. - O horário de visitas acabou, me prometa só que vai dormir, suas olheiras tão enormes.

- Só durmo depois que tirá-lo dai Harold. - disse, teimosa. - Ele está melhor que você, pelo menos na aparência.

Styles ficou quieto por um minuto, apenas absorvendo aquelas palavras. Isso significava que ele tinha sofrido por isso? Ou que ele estava escondendo seu sofrimento? Antes que pudesse dizer algo, o guarda gordo pegou-o pelo braço e foi arrastando-o de volta a sua gaiola de sofrimentos que, para ele, pareciam eternos.

...

Uma semana antes

- Aqui. - disse Louis servindo um chá de camomila para Harry, tentando acalma-lo. - Agora respira bem fundo e tome devagar, não vai te acontecer nada, eu juro.

- Vai sim, eu sinto que vai, sempre acontece. - disse tao rapidamente que Tomlinson teve que se concentrar para entender o que ele dizia.

- Fique calmo Harry, por favor, desse jeito você vai surtar. - colocou a mão delicadamente nas costas do mais velho e fez carinho, tentando de qualquer maneira diminuir a sensação ruim que este tinha. Bem lentamente, Harry foi relaxando enquanto Louis suspirava internamente em alivio.

- Certo. - disse mais calmo o mais velho. - Certo.

- Melhor? - perguntou Louis, colocando a mão com o maior cuidado do mundo no rosto do homem. Harry podia ser maior, mais velho, porém, naquele momento, ele parecia extremamente frágil.

- Sim. - disse ele, observando atentamente os belos olhos do menor, que se mexeu desconfortavel. Percebendo isso, Styles desviou o olhar, porém Louis não estava afim de ter o momento bom encerrado dessa forma.

- Não. - murmurou, fazendo o maior virar-se novamente pra ele, confuso. - Não deixe isso de lado.

- Louis - começou Harry, com uma expressão bem séria assumindo seu rosto. - eu não posso fazer isso.

- Mas eu quero isso. - falou, baixo o suficiente pra que ninguém mais tivesse a oportunidade de ouvir a confissão. Mesmo que estivessem ali sozinhos, para Harry foi como se não existisse mais ninguém no mundo fora eles dois. Sem pensar, colocou a mão no rosto do menor e o levantou, vendo-o corar com a ação. Estava farto de deixar seu desejo de lado, seu sentimento tão forte em seu peito de lado. Não poderiam impedi-los.

- Foda-se as consequencias. - declarou Styles antes de unir os labios dos dois num beijo árduo de algo que não foi identificado pelos dois, mas não era importante afinal, o que importava era as mãos pequenas de Louis enroscadas nos cabelos longos de Harry, enquanto a mão do maior acariciava a cintura do menor. Conforme o beijo se aprofundava, Tomlinson foi deitando no sofa enquanto Styles ficava por cima dele, sem nunca cortar o beijo, e o puxava mais pra si, como se esse fosse ser o ultimo beijo, o ultimo toque e a ultima oportunidade para aquilo.

E então a campainha tocou.

- Eu vou, hm, atender. - disse Harry, sentindo suas bochechas esquentarem por ter se deixado levar tanto, e levantou-se ajeitando o cabelo e a camiseta. Louis, ao contrario, continuou deitado, aproveitando o que restava daquelas sensações. - Posso ajudar?

- Você está preso.

Louis gelou deitado no sofá. Aquelas palavras era o que Harry vinha temendo a semana inteira e o pior era que o garoto conhecia bem aquela voz. Amaldiçoado seja.

- Pelo que? - perguntou Styles, mantendo a calma aparente, mas, ao se sentar, Louis podia ver a tensão em todo seu corpo.

- Bom manter um relacionamento com um aluno. - falou, firme.

- Não. - Tomlinson disse, indo até a porta junto a Harry. - Você não pode levá-lo, não tem provas.

- Na verdade, eu tenho. - disse o homem que ja tinha uma aparencia mais velha, era calvo e, diga-se de passagem, era bem gordo.

- Eu não vou deixar que você o leve. - disse o garoto, com um olhar ameaçador e frizando bem o "você".

- Por que, Louis? - falou o homem, surpreendendo Harry. Eles se conheciam? A mão dele começou a suar mais. - Está apaixonado? Então você é mesmo gay?

O sangue subiu e o rosto do menor começou a ficar vermelho de raiva. Styles também ficou bravo. Oras quem aquele homem achava que era pra falar de tal forma com seu Louis?

- Você não pode falar assim com ele. - praticamente rosnou o mais velho. Ele estava fervendo de raiva e, percebendo isso, Louis pegou a mao dele discretamente, fazendo carinho para tentar acalma-lo. Ao sentir isso, Harry relaxou um pouco, mas continuou com a postura na defensiva.

- Some daqui. - disse Tomlinson, bem firme para o homem.

- Eu vou assim que eu levá-lo. Tenho o mandado de prisão aqui, você não pode salvá-lo, filho. - ironizou o homem. Filho?!

- F-filho? - gaguejou Harry, confuso.

- Me desculpa. - murmurou Louis. - Eu não imagina que.. eu não sabia que..

Styles estava tão atônito que nem lutou quando os outros policiais o algemaram e levaram-no para a viatura. Ele nem pensava nisso, só observava o olhar assustado do seu garoto enquanto seu pai entrava na casa, pegando a cinta na mão e fechando a porta. Harry fechou os olhos com força e, como sempre fazia quando estava em situações fora de seu alcance, rezou muito, pedindo a Deus que protegesse aquele pequeno garoto que não merecia ser castigado apenas...

Apenas por amar.