Louis

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As horas pareciam não passar naquela tarde. Sua concentração no caso que Sherlock estava tão perto de resolver era praticamente nula. Harry não conseguia parar de em todas as possibilidades...

- Toc toc. - disse uma voz doce e feminina vinda da porta. O orientador virou a cadeira para olhar sua visitante. - Posso entrar?

- Claro Helena. - disse ele, colocando o livro fechado de volta na estante. Sherlock que espere.

- Como você está? - perguntou, sentando-se na cadeira de frente a ele.

- Bem, - respondeu. Ninguém deveria ser incomodado com seus problemas, era o que ele pensava. - e você?

- Estou bem. - respondeu, inclinando-se para frente, aproximando-se dele. - Trouxe uma coisa pra você.

- Hmm o que seria? - perguntou ele, com a cabeça longe. Uma pasta foi colocada em suas mãos.

- Essas são as informações que procura. - disse Helena, recostando-se na cadeira, cruzando os braços satisfeita.

- Eu procuro informações? - perguntou ele, rindo. A morena porém não riu, estava impaciente.

- Sim Harry, sobre.. - começou mas ouviu passos de salto no corredor. - tenho que ir. Não deixe ninguém ver isso.

Saiu da sala, em passos longos, como uma criança fugindo do local que tinha aprontado. Depois de um longo tempo encarando a porta, Harry deu de ombros e guardou o que lhe tinha sido dado em sua pasta. Ele não seria incomodado novamente.

...

Mais tarde naquele dia Harry não havia recebido mais visita alguma, mas isso de certa forma havia sido otimo. Precisava de um tempo para pensar e isso lhe havia sido dado. Levantou-se, pegando as coisas, se preparando para ir embora, mas ao sair da sala deu de cara com o novato, observando sua sala com os olhos verdes curiosos.

- Posso ajudar? - perguntou-lhe Harry, desejando que o garoto dissesse sim e, bom, lhe falasse tudo sobre ele para poder matar a curiosidade.

- Sua sala - ele disse apontando para as outras salas dos professores - é diferente.

- Tenho meu estilo próprio. - disse o orientador, sorrindo, orgulhoso que percebessem seu diferencial - Gostou?

O menino dos olhos verdes deu de ombro, com indiferença. Harry se sentiu um tanto incomodado mas não disse nada.

- É legal. - disse ele.

- Qual seu nome? - perguntou Harry, um tanto impaciente mas não o bastante para que ele percebesse. - Não me disse ainda.

- Pode me ajudar a encontrar minhas coisas? - perguntou o garoto - Não as vi em meu dormitório.

- Tem certeza? - perguntou o orientador, um tanto confuso - Onde é seu dormitório?

- Ali. - disse ele, irritado. Para aumentar sua irritação Harry começou a rir. - O que tem de engraçado?

- Ali é o dormitorio feminino. - disse ele, ainda rindo quando viu o garoto ficando roxo de vergonha.

- Ah eu hm - gaguejou o garoto, perdendo totalmente a pose de durão e parecendo totalmente envergonhado e perdido - devia ter pedido ajuda.

- Eu posso ajudá-lo, venha. - disse Harry, fazendo sinal para que ele o acompanhe.

-Certo, obrigado senhor Styles. - disse o garoto, totalmente educado.

- Harry. - disse, enquanto o garoto virava para olhá-lo enquanto caminhávamos. - Só Harry, não precisa ser tão formal.

O silêncio se instalou naquele momento, e durou alguns minutos, mas isso não os incomodava. Ambos estavam acostumados ao silencio e a solidão.

- Louis. - disse o garoto depois de um tempo, fazendo o orientador olhá-lo. Ele continuava com os olhos fixos na frente.

- Desculpe? - disse Harry, levemente confuso.

- Meu nome. - explicou ele. - Louis Tomlinson.

- É um nome bonito, me lembrarei para colocar no meu futuro filho. - disse Harry, fazendo Louis rir. Pararam em frente ao prédio em que ficava os dormitórios masculinos.

- Bom, aqui - frizou ele - é o dormitório masculino.

- Ah sim. - disse Louis, pegando o maço de cigarros e acendendo um.

- Isso vai te fazer mal. - repreendeu Harry.

- Eu sei. - disse o garoto e deu as costas ao orientador, adentrando o dormitório enquanto soltava a fumaça. Harry permaneceu um tempo ali parado, observando enquanto era deixado para trás. Assim que ouviu a porta bater pareceu voltar-se a si e deu as costas ao prédio. Hora de ir pra casa. Talvez uma passada no KFC antes, e um bom filme antes de dormir. Era isso que ele precisava.

Green Eyes [Larry Stylinson]Onde histórias criam vida. Descubra agora