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- 𝑨𝒏𝒚 𝑮𝒂𝒃𝒓𝒊𝒆𝒍𝒍𝒚 -

- talvez seja melhor a gente dar um tempo. - Josh passou as mãos pelo rosto. - as coisas não estão bem, nada está a dar certo, você é teimosa para caralho e eu sou mais impulsivo, eu grito com você e da merda depois. Só um tempinho para a gente por os pensamentos no lugar.

- mas Josh.. - tentei que ele voltasse atrás com a sua sugestão. - eu não consigo. Não dá para ficar no mesmo sítio que você e não te abraçar ou beijar, você sabe que não dá. A gente já passou por isso. Por favor.. vamos tentar.

- você complica porra! Você quer tentar mas depois não sabe ouvir um não sem ficar igual uma criança mimada!

- eu vou mudar isso, e você vai parar de gritar comigo! - falei sincera. -

- não dá, Any! Você fode com a minha paciência!

- não grita comigo! - pedi com os olhos marejados e ele segurou no meu braço. - Joshua, me solta.

- Any, nós vamos tentar, mas eu não sei lidar com isso, e você sabe disso.

- tá machucando. - menti apenas para ele me soltar mas ele apertou mais o meu braço. -

- você vai parar de fazer essa merda aqui! - ele levantou a minha blusa e em seguida a tirou, passando os dedos pelo meu peito, entre os meus seios. -

- não toca. - pedi nervosa, eu costumo arranhar o local quando estou nervosa e depois isso arde ao tocar. -

- eu toco! Para você aprender que deve fazer tudo menos se magoar a si mesma! - ele falou chateado mas ao mesmo tempo preocupado. - e se você voltar a fazer isso eu juro que eu te coloco num psicólogo! - ele apontou para as minhas pernas. -

- 𝑱𝒐𝒔𝒉 𝑩𝒆𝒂𝒖𝒄𝒉𝒂𝒎𝒑 -

Depois da briga com a any, ela saiu para ir ver a mãe e eu fiquei a tratar de alguns negócios.

- o que acha de sairmos? - ela entrou dentro do escritório. -

- não tenho tempo.

- okay, não quer comer algo? Você ainda não jantou.

- se eu quisesse, eu já tinha ido.

- posso ficar aqui? - ela perguntou sem esperanças. -

- tanto faz, desde que não me incomode.

- para de ser assim comigo. - ela se aproximou mais e segurou no meu rosto. - isso me deixa mal, você sabe.

- aprenda a não fazer merda então!

- dissemos que íamos tentar, você não está a fazer isso. - ela se sentou ao meu colo. - para de falar assim comigo e me deixa ficar aqui por favor.. eu só quero ficar assim, não vou falar mais nada.

- você está bem? - parei para analisar os seus olhos avermelhados e passei a mão pelo seu queixo para levantar o rosto. - any, o que aconteceu?

- Nada, só estou preocupada com a gente. - ela falou com voz de choro. - podemos ir para a cama descansar?

- eu tenho de acabar isto. - passei a mão pelos seus cabelos. -

- Okay.

Quando tirei os óculos para guardar os papéis, percebi que any já está adormecida. Cutuquei o seu ombro mas ela nem sequer se mexeu.

- baby? - chamei mas ela não respondeu então me levantei com ela nos meus braços e a levei para a cama. - boa noite coisinha insuportável. - beijei a sua testa. -

Aconcheguei a morena com as cobertas e depois fui até ao banheiro para tomar um bom banho.

Ao voltar para o quarto vi que está sentada e com uma expressão nada boa no rosto.

- que cara é essa? O que eu fiz desta vez?! - perguntei confuso. -

- o seu celular ainda não parou de tocar. - ela me estendeu aquilo. - eu aceitei uma ligação e uma tal de Taylor quer falar com você.

- Taylor.. - peguei no celular e me sentei na cama. -

- quem é ela? - a morena perguntou chateada. -

- uma velha amiga. - falei sincero e ela mordeu os lábios. -

- só amiga?

- sim Gabrielly, so amiga. - falei calmo. - para quê tanto estresse? Relaxa. - acariciei os seus ombros. -

- liga para ela, agora.

Respirei fundo e apertei o local para ligar para a Taylor.

O que eu posso dizer sobre ela?
Éramos amigos na época da faculdade, entretanto eu parei de dançar então também parámos de nos encontrar depois das aulas, mas ela era bastante legal, éramos inseparáveis, confiávamos bastante um no outro.
Não falamos fazem anos, nenhum tipo de contacto foi estabelecido.

- Taylor?

- Oi Josh. Precisamos nos encontrar, de preferência amanhã, às 10:00 horas no Starbucks principal.

- posso saber para quê? - perguntei confuso. - e já agora, fico feliz por ouvir a sua voz.

Ela soltou uma risada fraca.

- assuntos importantes. Até amanhã, espero por você la.

Ela desligou a ligação.

- "estou contente por ouvir a sua voz" - any debochou claramente chateada. -

- você tem amigos não tem? Tem uma ótima relação com os meninos, eu também posso ter amigas, para de ser imatura.

- eu sou insegura mesmo. - ela falou em tom de ironia mas sei que é verdade, joguei o celular num canto qualquer da cama e engatinhei até ela. - sai de perto, Joshua.

- calma caralho, vem cá. - pedi calmo e puxei o seu corpo para um abraço, any enterrou a cabeça no meu pescoço. - você ta nervosa demais esses dias, tenta relaxar baby. - acariciei os seus cabelos. -

- se der para a gente ter um dia normal como um casal sem problemas, as coisas talvez acalmassem, mas sempre tem algo no meio da gente.

- eu sei.. eu sei disso. - me separei dela e desliguei o abajur para nos deitarmos. - temos estes pequenos momentos em que parece que somos só nós dois no mundo..

- eles duram pouco. - Any deitou a cabeça no meu peito. -

Adentrei a sua blusa e cheguei até as suas costas. Any deu um pequeno pulo mas logo se acalmou e eu comecei a fazer carinho.

- lamento muito que você passe por tanta coisa.. prometo que em breve teremos um pouco de paz.

- eu só estou cansada. - ela suspirou e cravou as unhas no próprio braço. -

- isso não vai resolver nada, pequena. Não se magoe a si mesma. - pedi mantendo a calma. - da a mão.. por favor. - usando alguma força, tirei as suas unhas do braço. -

CRIMINAL HEARTS - beauanyOnde histórias criam vida. Descubra agora