Emily nos guiou para dentro da mansão de Megan com muita facilidade. Maya nos acompanhou também ao lado de Emmett. Magnum não parecia querer me soltar, acho que estava com medo de algo acontecer e ele não conseguir cumprir sua promessa a Ann. Sentia os olhos de Emmett me queimando pelas costas, só que não como Mateo fazia, pior.
- O avião de vocês parte pela manhã. - Emily para em frente duas portas juntando as mãos na frente do corpo. - O café é posto cedo, fica a critério de vocês se quiserem tomar. - Emily fica me encarando por um tempo, ora nos meus olhos ora nos meus pulsos amarrados. Já eu estava a encarando a mais tempo, precisava conversar com ela, saber a verdade.
Magnum me guia para dentro do quarto de hóspedes simples em contraste com o luxo desse lugar. Uma cama de casal no centro, ao lado duas mesas de cabeceira com um abajur em cada. Envolta um papel de parede mais antigo que a cidade de Nova York e um dos mais feios que já vi na minha vida.
- Acho que já pode tirar. - Magnum corta o amarra gato dos meus pulsos e os esfrega com dedos para aliviar a pressão que fizeram na minha pele - Pode dormir na cama, eu fico no chão. Sei que não deve se sentir confortável de dormir com um homem.
Mesmo tentando não demonstrar o deboche no tom de voz, ele estava lá. Alfinetando, mas ao mesmo tempo tentando mostrar uma certa quantidade de empatia. Esse é o Magnum. Só que ao contrário das outras vezes, o sorriso sarcástico não está em seu rosto. Magnum está neutro de uma maneira que nunca vi nesses quatro dias.
Magnum me deixa sozinha no quarto trancando a porta por fora. Respiro fundo sentindo meus olhos arderem devido as lágrimas que se formam ameaçando caírem. Mas eu precisava me manter forte. Se não fosse por mim, mas por Daya. Precisava voltar por ela. Com cuidado passo a mão por cima da roupa de cama feita de seda azul, sentindo a maciez do colchão. Nossa casa é relativamente simples, vivíamos economizando nossos centavos para garantir que tivéssemos sempre uma coberta e comida na geladeira. Quando papai sentia muito frio, fazia questão de dar para ele meu cobertor para que ele não passasse frio nas épocas feias de inverno. E aqui estou eu na mansão luxuosa da minha mãe escondida há não sei quanto tempo.
Cautelosamente me aproximo da janela de vidro, se não fosse pelas grades por fora ou os guardas armados até os dentes tentaria fugir, mas não posso me arriscar assim a perder minha vida. Não agora. A mansão é basicamente uma fortaleza com muros altos envolta.
Passados alguns minutos, ouço a porta do quarto ser destrancada novamente, mas dessa vez revelando Emmett Baxton entrando no quarto. Automaticamente, minha respiração fica acelerada principalmente com sua pose depois te ter trancado a porta e guardado a chave dentro do paletó antes de enfiar as mãos no bolso e me comer com os olhos.
- Não fomos devidamente apresentados. Emmett Baxton - Emmett se aproxima estendendo a mão direita enquanto recuo dois passos, atitude essa que o diverte. - Eu sou inofensivo.
- Ah jura? - cruzo meus braços - Nem pensei nisso.
- Eu sei que está com medo...
- Não estou com medo. - corto antes que termine sua frase - Quero respostas. Por que eu to aqui? Eu parei com essa vida. - respiro fundo enquanto vejo Emmett me observar e faço o mesmo. Se ele não fosse um bandido e eu fosse hétero com certeza o pegaria. Deus me perdoe por pensar nisso, mas é o primeiro bandido desgraçado que achei ter uma admirável beleza. - Eu quero ir para casa.
- Isso não vai ser possível, Amelie. Temos um contrato. - Emmett se aproxima me fazendo recuar novamente - E por mais que não tenha sido você a assiná-lo, está preso nele querida. Suas habilidades são impressionantes e por mais que não seja poderosa como um Hulk, seus poderes me interessam muito. E eu preciso concordar, sua mãe é uma verdadeira filha da puta e, assim como você, a desprezo completamente. Só mantemos negócios, mas na primeira oportunidade eu arranco a cabeça dela.
As pupilas de Emmett estavam dilatadas enquanto dizia isso. A veia de sua têmpora direita estava pulando. É verdade, Emmett odeia minha mãe, porém mantém negócios com ela por causa do dinheiro. Porém, não duvidaria que seu plano seja matá-la assim que as coisas estiverem estabilizadas.
- Eu quero saber os termos do contrato - quebro o silêncio mantido por uns minutos - Se estou nele preciso saber.
- Amelie, Amelie. - Emmett repete meu nome e tomba a cabeça depois de estalar a língua três vezes enquanto me analisa. Por fim, pega o maço de cigarros do bolso e acende um - Quando estivermos na minha casa os termos serão explicados. Até porque não deve deixar nada faltar, um erro e os miolos da sua filha podem estar derramados no chão daquele abrigo idiota.
Isso me fez prender a respiração e foi a última coisa que Emmett diz antes de dar as costas e sair do quarto.
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SURVIVE - 3 TEMPORADA (EM ANDAMENTO)
Fanfiction𝐓𝐎𝐃𝐎𝐒 𝐎𝐒 𝐃𝐈𝐑𝐄𝐈𝐓𝐎𝐒 𝐃𝐄𝐒𝐓𝐀 𝐎𝐁𝐑𝐀 𝐄𝐒𝐓Ã𝐎 𝐑𝐄𝐒𝐄𝐑𝐕𝐀𝐃𝐎𝐒. 𝐏𝐋Á𝐆𝐈𝐎 É 𝐂𝐑𝐈𝐌𝐄! Livre do tribunal, mas tendo que viver com um julgamento pessoal as coisas parecem ir bem para Amelie. Ate certo ponto. Porém quando uma...