Cap 1

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8 ANOS ATRÁS

JISOO VISION

Eu estava indo na casa da Rosé que era a minha melhor amiga, digamos que ela era a única amiga que eu tinha desde que me mudei para a Nova Zelândia. Ela tinha me chamado para brincar na sua casinha de bonecas, não sou muito fã de bonecas, mas para deixar ela feliz eu brinco.

A moradia de Rosé não ficava muito longe da minha, eram apenas três quadras de distância e como eu já tinha onze anos minha mãe começou a deixar eu andar sozinha pelas ruas. 

Contarei um grande segredo que guardo a sete chaves dentro do meu coração, eu tenho uma leve atração  pela minha melhor amiga, bem clichê, eu sei. Mas era impossível não ter, ela era perfeita aos meus olhos, ela era delicada como uma rosa, mas tinha espinhos afiados quando quer machucar.

Um dia contei a minha mãe que estava gostando de uma pessoa, ela queria a todo custo saber quem era o indivíduo, mas não tive coragem de contar. Mamãe disse para tomar cuidado com esse sentimento nomeado de amor, ela disse que as pessoas falam que ele machuca, mas é tudo ao contrário, muitos dizem que o amor é surdo, mudo e burro. Mas na visão da mamãe o amor se torna surdo quando a pessoa apaixonada deixa de escutar a verdade, ele se torna mudo quando a pessoa deixa de falar a verdade e burro quando ela deixa de efetuar a coisa certa.

Saindo desse assunto chato sobre o amor, vamos volta a realidade. Eu estava igual estátua parada em frente à residência da Rosé, estava sem coragem para bater e dar de cara com a mãe da mesma. Digamos que mesmo com bastante tempo de amizade eu ainda tinha uma grande vergonha dos pais da menina.

Respirei fundo umas cinco vezes antes de bater na porta, não demorou nem dois minutos direto e a mesma foi aberta pela mãe da garota, ela sorriu ao me ver de pé em sua frente.

— oi! Que prazer ter você aqui em casa, Jisoo, entre querida. Rosé está lá na casinha te esperando, pode ir até ela. — a mais velha fala com um sorriso lindo que lembrava bem o de Rosé.

Vou a passo lentos para o quintal aonde se encontrava a casinha, estava com vergonha de ter me atrasado um pouco para ir brincar com a menina.

— Jisoo! Que bom que veio! Pensei que não iria vir mais, vem vamos brincar! — Rosé trajava um vestindo branco com os cabelos morenos soltos ao vento, típico de uma garota de dez anos que era sua idade.

A garota pega minha mão me arrastando para dentro de casinha, lá dentro tinha todos os brinquedos que iríamos usar. Geralmente a gente brincava de mamãe e papai e as bonecas eram nossas filhas.

— qual brincadeira você quer? — ela me pergunta fechando a porta e se virando para mim.

— ah, eu não sei, escolhe você. — mando ela escolher enquanto me sento na mesa de plástico do meu lado.

— ah! Vamos brincar de mamãe e papai? É legal brincar disso com você. — ela sugere a brincadeira, mas me pegou de surpresa quando terminou sua frase, não estava preparada para isso.

Meu pequeno coração começou a saltar de tão eufórico que estava, os batimentos estavam altos que até fiquei com medo da garota em minha frente ouvir.

— tá bom, mas quem vai fazer o papel de mamãe e papai? — me levanto meio desengonçada, quase tropeçando nos meus próprios pés.

— vou ser a mamãe e você o papai! E teremos duas filhas. — ela vem até mim e pega duas bonecas que estava na mesa.

Então começamos a brincar e brincar, estava bem divertido e engraçado. Rosé realmente entrava no personagem e quando ia dar bronca nas nossas "filhas" ela ultrapassava um pouco os limites. Mas uma coisa que me pegou de surpresa foi um selar de lábios que ela me deu de surpresa.

— p-por que fez isso? — se meu coração já estava descontrolado, imagina agora, meu pequeno coração parece que vai explodir a qualquer segundo.

— mamães e papais dão beijinhos, e nesse momentos somos casadas, então se acostume com meus beijinhos. — ela sorria com a boneca no colo, por um momento pensei se formaríamos uma família bonita, e sim, seríamos à família mais bonita do mundo.

— Jisoo! Vamos fazer um acordo? Se a gente não encontrar a nossa outra metade, vamos nos transformar em nossas metades e vamos nos casar. — ela larga a boneca deitada em um sofazinho perto da geladeira de plástico, ela vem até minha frente e levanta o dedo mindinho.

— sim! Vamos ser a metade uma da outra se não encontramos ninguém. — laço meu mindinho com o dela, sorrio ao ver o largo sorriso em seus lábios.

— vamos ter sete filhos, cinco cachorros, três gatos e vamos ser muito felizes! — ela me abraça e me dá um beijinho na bochecha.

Before You GoOnde histórias criam vida. Descubra agora