Cap 5

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JISOO VISION

Ela tossia bastante e sua respiração era ofegante, olho para dentro da casa na esperança de achar um dos meninos ou alguém conhecido, mas ninguém aparecia.

— você já bebeu água? Tem certeza que não está engasgada? — ajudo, ela se senta em uma espreguiçadeira ao nosso lado.

— eu não comi nada para me engasgar e já bebi água, mas não passa. — olho para ela fazendo um pequeno carinho na sua bochecha.

— vem, vamos embora, vamos para minha casa e você dorme lá. — me levanto e vejo seu olhar seguir meu movimento.

— não! Você disse que queria vir, não quero estragar sua noite Chu. — ela se levanta com os braços cruzados.

— eu só vim porque você estaria aqui e você não vai estragar minha noite, vamos para minha casa. — entrelaço meus dedos nos dela e começo a sair daquela casa.

A festa não era tão longe de casa, só iria demorar alguns longos minutos, a tosse de Rosé estava diminuindo, mas não deixava de ser escutada. O caminho era entre conversas e brincadeiras de minha parte, a garota dava risadas altas que me faziam sorrir, nossas mãos continuavam entrelaçadas e não se separariam tão cedo.

— lembra quando a gente ia tomar sorvete na sorveteria que tinha perto da escola? — ela pergunta, eu lembro de cada detalhe dos dias que eu passava com ela.

— sim! Você brigava todos os dias com o filho do dono. — dou risada lembrando daquela época.

— claro! Ele era um safado! Vivia te encarando de cima a baixo. — ela me olha sorrindo e dá um aperto na minha mão.

— tem certeza que ele olhava para mim? Que eu saiba ele olhava para você. — dou risada com sua careta, a sua tosse já não existia mais.

— eca! Desde pequena eu tinha essência do vale! — dou uma risada alta de sua fala. Rosé para de andar me fazendo olha para ela ainda tentando parar de rir. Espero uma explicação dela ter parado de andar, mas ela me puxa me fazer colar no seu corpo.

— Rosé? Oque você tá fazendo? — olho para a órbita castanha que estavam escuras. Sinto seu hálito de menta perto da minha boca.

— eu tinha um motivo para brigar com aquele menino, ele olhava a minha vida de cima a baixo, ele desejava meu sonho descaradamente, ele queria você, mas eu também queria você. Sempre quis ter você em meus braços, você não tem noção do quanto é dolorido ter que ver você com o Victor! Sou melhor que ele, eu posso te fazer mais feliz do que ele. — ela falava tudo lentamente, cada lentoras fazia meu coração acelerar descontrolado, eu não sabia se era o efeito do álcool ou se era verdade.

— eu sempre te desejei Chu, sempre quis ter você na minha vida, mas não como melhor amiga. Eu queria ter você para apresentá-la a minha mãe como a mulher da minha vida, como a mulher que laçou meu coração a anos sem nenhum esforço. Você sempre foi e será a mulher que amarei! Sei que eu não dei uma brecha para você ver que eu te amo, mas era porque eu tinha medo e você já tinha encontrado o Victor para ser o homem da sua vida. — as palavras pareciam faltar na minha boca, nada saia de minha garganta. Meus olhos começaram a marejar.

— quando te vi machucada naquela sala, eu já tinha sacado oque estava acontecendo ali, a minha vontade era de quebrar a cara dele, mas para isso eu queria ouvir da sua boca que foi ele que te machucou e eu sei que aquela não foi a primeira vez. Você não tem noção da raiva que fiquei, eu queria ir atrás dele e matá-lo! Pirei quando sai daquela sala, um filho da puta havia machucado a mulher da minha vida e eu não estava lá para protegê-la. Eu me senti muito culpada depois daquilo. — eu não falava nada, meus olhos já estavam banhados em lágrimas.

Como eu sabia que as palavras não iriam aparecer em minha garganta, levei a minha mão ao anel que Victor meu pediu em namoro, o tirando do meu dedo, o jogando longe. Levo minhas mãos para as bochechas da menina a minha frente e faço o espaço entre nos sumir. Os lábios dela era macios como algodão-doce e doces como açúcar.

Era um selinho que logo foi tomando forma, faço um carinho com minha língua no seu lábio que logo se abre um pouco. Um choque se arrasta pelo meu corpo quando nossas línguas se tocaram, ela explorava minha boca e eu fazia o mesmo com ela.

Era um beijo lento sem presa para acabar, era cheio de carinho e sentimentos, as mãos dela vão para minha cintura dando um leve aperto no local. A falta de ar já estava ficando mais presente.

O beijo termina em vários selinhos, meus olhos continuam fechada com medo de abrir e ser tudo um sonho e se fosse eu jaqueira acordar, dou um sorriso largo abrindo os olhos vendo que não era um sonho.

— você não sabe o quanto esperei por isso! Tô com medo de ser um sonho e acorda logo na melhor parte. — falei olhando nos seus olhos.

— não é um sonho e ser for não quero acordar nunca mais... pera! Como assim você estava esperando por isso? — às vezes a lerdeza de Rosé me surpreendia.

— sua lerdeza me surpreende a cada dia mais! Eu sempre te desejei, sempre te quis. Você se tornou o amor da minha vida há anos! Desde pequena eu te amava! Eu só comecei a namorar porque tinha certeza que não era recíproco. — ela me olha e dá um sorriso de canto.

— eu sabia que iria te pegar daquele cafajeste. — dou risada, ela sorria abertamente me olhando, dou um selinho nela e continuo andando.

Before You GoOnde histórias criam vida. Descubra agora