Capítulo dezoito

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Ponto de vista de Rhaena

      Estive passando metade de meus dias com Baela, havíamos nos tornado muito próximas uma da outra. Contávamos absolutamente tudo para a outra, as vezes lhe dava uns conselhos sobre como lidar com Jacaerys. Naquele exato momento estávamos juntas comendo bolo no jardim, conversando sobre coisas íntimas. A cadela da Lyana estava bem quietinha, que por um lado eu agradecia imensamente.

      – Então Baela, você e o Jace... já?.- Eu perguntei fazendo uma breve referência a sexo. Ela riu e moveu a cabeça em negação.

      – Nunca, ele diz que precisa ser em um momento especial.- Ela disse dando de ombros como não ligasse. – Não tenho medo disso, minha irmã dizia que os homens eram fáceis de agradar.

    – Onde está a sua irmã?.-Perguntei curiosa, já que ela não vivia com Daemon e Rhaenyra.

    – Em Driftmark, grávida.- Baela respondeu me pegando de surpresa. Acho que imaginei todas as situações possíveis, menos essa.– Foi uma vergonha para todos nós. Concordei em guardar seu segredo desde que fosse discreta, ela me contou muitas coisas. 

    – Sério? Qual coisas?.- Fiquei extremamente curiosa, já que minha mãe nunca conversou sobre essas coisas comigo. Apenas me avisava que seria doloroso.

    – Ela disse que os homens gostam que montem em cima deles como se estivesse montando num cavalo.- Baela disse e rimos juntas. Meus irmãos frequentavam a rua da seda em algumas oportunidades, mas não diziam muitas coisas sobre isso em minha presença. Aemond dizia que Aegon teria filhos espalhados por Westeros.

     Pensava que as mulheres engravidavam facilmente, mas pelo visto estava errada com base em que Baela me contava. Ficamos conversando por uns instantes e logo segui meu caminho em busca de informações sobre os Baratheon.

   Para minha infelicidade encontrei a cadela de Westeros em um dos corredores do castelo. Ao me ver abriu um sorriso mais falso que minha virgindade. A encarei com meu semblante sério e a ignorei totalmente, retomando meu caminho.

    Encontrei-me com Daemon em uma sala vazia, em pé observando o enorme crânio de Balerion, o terror negro, que enfeitava a sala. Me aproximei do mais velho ficando ao seu lado, ao perceber minha presença, lançou-me um olhar sugestivo.

     – Olá sobrinha. É maior do que podemos imaginar, não concorda?.- Ele perguntou ainda observando o restos de Balerion.

    – Suponho que não seja sobre isso que deseja conversar, tio.- Respondi vendo Daemon esboçar seu sorriso debochado.

   – Sua mudança repentina não passou despercebida de meus olhos. Soube do incidente com lady Lyana Baratheon.- Ele disse me observando dos pés a cabeça. – Lucerys me contou sobre o sentimento que compartilha dos Baratheon. 

   –  Espero que não interprete errado, mas cresci ao lado de minha mãe e meu avô tramando para que Aegon fosse rei. Não é da minha vontade influenciar Rhaenyra, mas há algo de errado com aquela lady.-  Disse respirando fundo. Daemon deu de ombros um pouco relutante.

   – O que uma lady indefesa poderia fazer contra a coroa?.- Ele zombou desacreditado.– Pensei que desconfiasse de Sor Robert.

   – Já vi mulheres manipularem homens conforme seus interesses.- Retruquei referindo-me a Alicent.–Imagino que muitos lordes se matariam para por sua linhagem na sucessão ao trono.

      – Sim, tem razão.- Ele disse dando-se por vencido.– Irei pensar nisso.

     Ele disse se retirando do local me deixando a sós com meus pensamentos. Por um momento me questionei se estava certa, se realmente tinha certeza. Era estranho demais o notório interesse de Lyana em herdeiros de Rhaenyra, de princípio imaginei que fosse apenas uma vadia. Mas aquela loucura repentina, inventando que Lucerys teria me traído, tinha um propósito por trás.

     Permaneci ali por um tempo, refletindo sobre a última vez que vi Aemond e sobre o que ele disse. 

     – Rhaena?.- A voz de Lucerys ecoou pela sala. Virei-me para poder o visualizar melhor. Eu gostava da forma que ele vestia, sempre usando as cores da casa. 

    – Como me encontrou?.- Perguntei sorrindo levemente enquanto ele se aproximava.

     – Daemon me contou.- Ele disse me cumprimentando com um abraço. – Senti sua falta hoje.

    Lucerys encostou seus lábios nos meus dando início a um beijo lento e demorado. Quando nos separamos ele esboçou um sorriso enorme.

   – Você não deveria estar com sua mãe?.- Perguntei enquanto Luke estava entretido mexendo em algumas mechas de meu cabelo. – Também senti sua falta.

  – Não, dei-me folga da diplomacia.- Ele respondeu agora me olhando como quisesse dizer algo.– Podemos ir para algum lugar mais reservado?

   – Podemos, sim.- Respondi o conduzindo para o quarto. Fiquei curiosa sobre o que Lucerys planejava. Quando chegamos ele se sentou ao meu lado da cama e suspirou como se tivesse algo para dizer.

    –  Aconteceu uma coisa, você não vai gostar de saber.- Ele disse com uma preocupação no tom de voz. Consequentemente comecei a imaginar os piores cenários mas apenas assenti para que Lucerys continuasse. – A Lyana fez algo grave.

     – Pelos Sete, Lucerys! Conte me.- Exclamei ficando nervosa. Luke engoliu seco e então começou a falar.

     – Ela tentou me induzir a estar com ela...de uma forma mais íntima.- Ele disse visivelmente assustado, com certeza temendo a minha reação.

   – Como isso aconteceu?.- Perguntei com as mãos trêmulas. Minha vontade era a matar naquele exato momento.

   – Aconteceu quando estive a sua procura. Ela estava nesse exato lugar, totalmente despida. Foi horrível de se ver, quis arrancar meus próprios olhos.- Ele explicou visivelmente nervoso.– Não toquei nela, eu juro. Quando deparei-me com aquilo pedi para que os guardas a expulsassem, agora todos devem estar comentando sobre isso.

     Não fui capaz de dizer absolutamente nada, apenas levantei-me e corri a procura daquela louca. Fui extremamente ágil, Luke nem conseguiu me segurar. Naquele momento eu mataria alguém.












N//a: Imagina o uc q era viver na idade média sem informação nenhuma. Preparem o coração q daq p frente vai ser só p trás.

THE RED WEDDING - Lucerys Velaryon Onde histórias criam vida. Descubra agora