Capítulo vinte e quatro

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Ponto de vista de Rhaena.

Foram horas de sofrimento até por mais um menino no mundo. Quando finalmente acabou, Lucerys propôs que tivéssemos uma menina dessa vez e eu obviamente neguei pois já era a quarta gravidez em um curto espaço de tempo.

Quando meu filho nasceu foi um alívio para todos nós. Era muito parecido com Lucerys, era extremamente quieto também e quase não chorava. Durante meus dias de repouso passava o tempo inteiro com Baelon. E apenas o devolvia para as criadas quando precisava de algo.

Naquele exato momento estava andando de um lado para o outro com Baelon no colo, tentando o acalmar. Ele parecia reclamar de algo. Lucerys adentrou o quarto trazendo consigo um ovo de dragão, o colocando dentro do berço.

– Rhaenys me deu um ovo de Meleys.- Ele disse ao colocar o ovo dentro do berço de Baelon.

– Ela têm sido muito gentil com você, apesar de não aceitar sua reivindicação. Ainda mais que seu noivado com a neta dela foi desfeito, que coincidentemente compartilhamos o mesmo nome.- Disse balançando meu filho lentamente em meus braços.

– Ela está fazendo a vontade de Corlys.- Ele respondeu dando de ombros.– Está melhor?Irei ficar alguns dias fora.

– Sim estou. A onde vai?.- Perguntei lhe entregando Baelon. Lucerys o segurou por alguns minutos.

– Para King's Landing, minha mãe precisa de mim para resolvermos algumas questões. Serei rápido, prometo.- Luke disse ao se aproximar me dando um breve beijo. – Irei com Arrax.

– Tudo bem, espero que viaje em segurança.- Disse um pouco desanimada, não era de minha vontade que Lucerys ficasse longe de mim. Ficamos juntos por algumas horas antes que ele partisse.

Após Lucerys partir de Driftmark com Arrax, que havia crescido consideravelmente. Tive que devolver Baelon para as criadas e assumir o lugar de Lucerys nos assuntos da casa.


Estava sentada no trono de madeira entediada, pensei que assumir uma casa traria assuntos interessantes, mas pelo visto estava errada.

Um homem alto, magro e bonito se aproximou, fazendo uma breve reverência a mim. Ao me ver esboçou um sorriso. Fiz um sinal para que começasse a falar e assim o fez.

– Sou Duncan Rivers, farei vossa guarda e a de seus filhos a partir de hoje. Será um prazer a servir.- Ele disse com um notório orgulho em seu tom de voz.– Se me permite, não mentiram quando me disseram sobre a beleza dos Targaryen.

– Dizem isso porque não conheceram meus irmãos.- Respondi ainda entediada.– Agradeço de qualquer forma, pode se retirar.

Ele assentiu se retirando e Vaemond Velaryon, o irmão de Corlys entrou com uma expressão furiosa em seu rosto.

– Onde está seu marido?.- Ele perguntou visivelmente irritado.

– Partiu para King's Landing esta manhã. Estarei no comando sob sua ausência.- Respondi me irritando com a grosseria que me tratava.– Do que precisa, sor Vaemond?

– Avise ao bastardo que não servirei suas ordens e muito menos a de sua puta!.- Ele disse com sua arrogância e prepotência.

– Isso foi rude de se dizer, sor Vaemond. Mas não se preocupe, não irá me servir.- Disse dando de ombros, completamente desinteressada. – Espero que aprecie da companhia de dragões.

Levantei-me o deixando a sós com os guardas. Fui tentar me ocupar com algo, já que Lucerys não estava aqui comigo. Estive na companhia de Alicent a maioria do tempo, já que era a única pessoa que me restava em Driftmark.

     – Targaryen e seus costumes.- Ela disse ao se deparar com Baelon compartilhando o berço com um ovo de dragão. – Ele é muito bonito. 

    – Obrigada.- Respondi encarando a vista do mar pela janela. Estava preocupada com Lucerys, não ter notícias dele me angustiava.

                                           
                                            •

         No dia seguinte, graças aos Sete, Lucerys deu notícias. Disse que voltaria em poucos dias e que precisava me manter segura pois a casa Baratheon desejava vingança por seus filhos.
 
       Eles poderiam tentar contra mim, mas não significava que conseguiriam algo antes de virarem comida para meu dragão. Nada mais me afetava desde que perdi meu filho.

     Novamente me encontrava entediada no salão sentada ao trono. Sor Duncan foi anunciado e se aproximou de mim um pouco desconfiado.

    – Senhora, um barco não identificado atracou na costa. Devemos os interrogar?.- Ele perguntou ao se aproximar.

    – Óbvio, reuna-se com outros soldados.- Respondi desinteressada, nem uma tripulação inteira de homens velhos e brochas me assustaria.– Está dispensado.

     Que os Setes me deixassem cega, surda e aleijada caso algum dia um homem me prejudicasse novamente.







N//a: A era feminista chega para todos, quem amou? Comentem oq vcs gostariam de ver na fic e quem sabe eu agrado vcs rs

THE RED WEDDING - Lucerys Velaryon Onde histórias criam vida. Descubra agora