Capítulo 20

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ELLEN

Ele estava me consumindo, pouco a pouco. Anthony tinha um poder estranho de dominar os meus desejos. Eu não precisava esperar por um momento especial, por uma atitude extremamente romântica.

Não estava guardando a minha virgindade a sente chaves para depois do casamento. Eu só queria que as coisas fossem devagar, me dando confiança para prosseguir e era isso que ele estava fazendo.

Anthony não me pressionava, não esperava nada com os seus presentes ou quando me dava prazer. Depois que ganhamos essa intimidade, a nossa relação crescia e se fortificava, eu o desejava cada vez mais e não temia ser vulnerável nos seus braços.

Era eu quem não estava mais aguentando ser a garota frágil e inocente que se reprimia e boicotava para não aproveitar o máximo do prazer que ele podia me dar.

Assim que chegamos em casa, na nova que ele havia comprado, as coisas saíram do controle, e era isso que eu queria.

Por instinto, tirei a sua camisa, assim que ele havia me colocado sentada em algum móvel de madeira. Eu não estava pensando direito, só queria me entregar a ele logo.

Seus beijos em meu pescoço causavam-me arrepios e borboletas no estômago. Sua barba fazia um pouco de cócegas, mas nada que me tirasse o desejo de continuar.

Não tive muitas oportunidades de vê-lo sem roupas, no máximo sem camisa, e ele era lindo, muito lindo, com músculos e algumas tatuagens. Haviam também algumas cicatrizes, porém, nunca o questionei sobre isso.

Ele estava tão sedento que quase arrancava a minha roupa, como fez com a minha calcinha há alguns dias.

Anthony pegou-me novamente no colo e senti o acolchoado macio da sua cama king size nas minhas costas. O frio na barriga me incomodava um pouco. Isso era novo, eu seria dele por completo e esse pequeno pânico me lembrava que eu era tão inocente que apenas a ideia de transar com ele me assustava.

— Não farei nada que não queira. – Falou parecendo notar o meu estado emocional.

Não tinha intensão de estragar o momento por causa de um receio bobo. Isso era o que mais queria. Desejava parar de ser tão burra e fraca em relação a intimidades com outra pessoa.

— Eu quero, Anthy. – Disse olhando em seus olhos. – Só estou ansiosa. Nunca fiz isso.

— Não se preocupe. – Falou beijando o meu peito, causando-me um arrepio. – Prometo ser delicado com você.

Parecia que o meu coração sairia pela boca. Não era como se ele nunca tivesse tocado no meu corpo, porém, cada vez que fazia isso era como se fosse a primeira vez, sempre tinha algo novo.

Como já estava habituada, meu corpo se entregou a ele assim que beijou cada parte dele. O frio na barriga não me perturbava mais, quando me chupava com tanta intensidade, como se fosse me engolir por inteira.

Me entreguei as sensações, esquecendo de tudo o que me preocupava. Meus gemidos ecoavam pelo quarto escuro e seus dedos afundavam na pele da minha coxa, que com certeza deixaria uma marca.

Me deixei levar até o momento em que parecia que não aguentaria mais o seu toque e explodir em um prazer, que parecia crescer sempre que ele me tocava desse jeito.

Ainda sentia o meu corpo leve quando se levantou e tirou o resto das peças que estavam em seu corpo. Só tinha a luz de um abajur, que no momento eu nem sabia onde estava, ligada, mas ainda pude ver o seu corpo, que mais parecia ter sido feito por um artista.

Não conseguia ver com exatidão o seu rosto, porém, ele parecia estar encantado comigo deitada na sua cama. Anthony afastou-se para pegar algo na mesa de cabeceira, e voltou, colocando o seu corpo sobre o meu.

Ele era muito maior que eu, mas não me senti intimidada, na verdade, parecia que esperava por isso ansiosa. Eu seria dele, completamente dele, e desejava isso com tanta intensidade que estava quase pedindo para que fosse logo.

A roupa que eu vestia, estava jogada no canto do quarto, porém, sentia algo pesado no meu pescoço e era o colar cravejado de diamantes que Anthony havia me presenteado.

Não queria quebra-lo e achei melhor tira-lo, no entanto, ele me impediu.

— Não, querida. – Falou com a voz rouca e aguda, que me chamou atenção. – Quero vê-la usando ele enquanto faço o que esperei por tanto tempo.

Se o quarto estivesse bem iluminado ele veria o quanto fiquei envergonhada depois de pensar no que estava prestes a acontecer.

Anthony me puxou um pouco, para ficarmos alinhados. O observava com atenção enquanto ele colocava o preservativo. Foi inevitável sentir novamente o frio na barriga. Nunca tinha visto um homem pelado, mas já li livros eróticos que me tiraram alguns suspiros. Sempre tentei imaginar como seria, no entanto, a realidade me pegou de jeito e não sabia como seria a minha primeira vez, apesar de sentir que será maravilhoso, já que ele fazia maravilhas quando me chupava com a sua boca.

Tentei tirar tudo da mente e relaxar, enquanto ele se encaixava em mim. Muitos diziam que a primeira vez sempre doía, uns mais que outros, eu só esperava que isso passasse e me deixasse sentir o prazer real.

Um dos seus braços estava apoiado na cama e o outro segurava o meu quadril. Senti o incômodo inicial. Não era tão ruim. Anthony sabia que eu precisava de uma distração, então me beijou. Algo leve e delicado que a cada segundo se tornava mais urgente e selvagem. Com a sua outra mão, ele me estimulou, trazendo de volta a sensibilidade e uma sensação gostosa que disfarçava o incômodo.

Parecia que não teria mais fim. Meus dedos seguravam forte o seu ombro. Em certo momento ele não se moveu, sua respiração no meu pescoço estava acelerada, como se estivesse fazendo muito esforço.

— Sei o quanto isso incomoda, mas vai passar. – Falou encostando sua testa na minha. – Finalmente é minha por completo. – Disse parecendo vitorioso.

Não queria falar nada, apenas fechei os olhos e esperei que o incômodo passasse. Aos poucos ele se movimentava, tirando-me o ar dos pulmões.

Ele tinha razão, aos poucos o meu corpo relaxou e uma sensação boa surgiu. Ela ofuscava qualquer dor ou desconforto. Sua mão possessiva puxou-me para ainda mais perto dele e aos poucos seus movimentos foram ficando mais intensos, me dando uma sensação gostosa que só crescia ainda mais.

O calor aumentou, assim como a minha frequência cardíaca. Anthony me forçou a olha-lo nos olhos, mesmo que não desse para vê-los direito. Havia algo de sombrio neles, como se fossem me engolir viva.

Parecia que o quarto havia sumido e só restava eu e ele. Estava flutuando e desejava cada vez mais. Meu corpo se arrepiou todo, era como se estivesse em chamas. Seu nome saiu da minha boca sem que eu percebesse, fazendo com que ele perdesse o controle e se movimentasse mais rápido.

Achei que não sentiria tal prazer depois do que ele fez com a sua língua, mas estava enganada. Ele me fez sentir novamente, mais forte, mais intenso. Anthony parecia determinado a fazer isso e me levou para outro mundo novamente, só que com mais força.

Parecia que esse sentimento não caberia mais dentro de mim e em nenhum momento ele parou. Estava aproveitando o seu próprio prazer, que achei que nunca chegaria.

Quando pareceu não se segurar mais, ele gemeu com a sua voz rouca, apertando os lençóis ao meu lado. Anthony pareceu que havia acabado de sair de uma maratona, estava suado, ofegante e cansado.

Permaneceu na mesma posição por um tempo, desejando prologar a nossa ligação. Eu também queria que isso nunca acabasse.

Quando deitou ao meu lado, seus braços fortes me puxaram para deitar-me em seu peito.

Ficamos assim até que aos poucos nossas frequências cardíacas diminuíssem. Meu corpo estava exausto, e não demorou muito para que eu adormecesse.


A OBSESSÃO DO MAFIOSOOnde histórias criam vida. Descubra agora