A OBSESSÃO DO MAFIOSO

Capítulo 12

ANTHONY

Ellen ficou em silêncio o caminho todo até Hill House, e minha preocupação era que isso fosse pelo o ocorrido com Andrew.

Eu sabia que isso ficaria em sua memória para sempre. Na verdade, eu desejava que ela nunca tivesse lembrado, mas o que fizeram ela ingerir, não foi tão forte para apagar isso da memória.

Ela não sabia quando voltaria para a faculdade e eu já estava procurando alternativas para que ela não deixasse de fazer o que amava. Se do nada ela revolvesse voltar para a universidade eu teria que ter um cuidado redobrado para que os idiotas ficassem longe da minha Bela, porém, sentia que não era esse o seu desejo.

Quando decidi vir para esse lugar, desejei afasta-la de tudo de ruim que havia acontecido. Pensei que estar com Meredith ajudaria um pouco, mas o que estava parecendo era que isso a deixou ainda mais amedrontada.

Agora estávamos em uma enorme casa com seis quartos, grandes janelas de vidro, uma área aberta que era 5 vezes maior que a minha cobertura.

Nunca trouxe alguém para esse lugar. Aqui era onde relaxava dos problemas do trabalho. Sabia que havia deixado muito para ainda ser resolvido em Los Angeles. Quando decidi retaliar os Mendes, líderes do cartel mexicano, sabia que iria começar uma guerra na cidade. Na verdade, o que desejava era chamar a atenção de Paolo. Desde que assumi o negócio, ele vinha comandando diversas investidas a mim e meus parceiros.

Talvez achasse que eu não era bom o suficiente para o trabalho, ou simplesmente me achava um fraco.

Não costumava deixar uma provocação como essa sem uma resposta e quando voltasse para casa, sabia que teríamos que resolver nossas pendências.

Não desejava me preocupar com isso agora. Ellen era a minha prioridade e mesmo sabendo que havia muitos problemas na cidade agitada, isso não era mais importante que o bem-estar dela.

— Você costuma vir muito para esse lugar? – Perguntou olhando detalhadamente para tudo o que tinha na casa. Eu sabia do seu instinto curioso. Isso era algo que me preocupava, pois, mais cedo ou mais tarde, ela descobriria sobre o que realmente eu fazia. – É lindo.

Nunca me encantei por mulher alguma, nem mesmo na faculdade. Ellen era linda, dos pés à cabeça, e eu queria aproveitar cada segundo ao seu lado, sua inocência, pois sabia que assim que soubesse do meu mundo, ele a mudaria por completo.

Não sabia até quando conseguiria guardar isso só para mim. Ainda estava impressionado com o meu autocontrole perto dela. Se fosse qualquer outra, jogaria a toalha e mergulharia nessa paixão avassaladora.

Os últimos anos foram como uma tortura para mim. Sabia que meu desejo por Ellen não era normal, e que ela era apenas uma menina. Saí com diversas mulheres só para tentar tirar a garota da minha cabeça. O problema era que sempre que procurava prazer em outra, sentia como se elas fossem Ellen.

Eu não era um homem bonzinho, pelo menos não sem tê-la por perto. Não gostava de romance ou ir devagar. Era verdade que meu estilo selvagem assustava muitos que realmente me conheciam, porém, algo nela me controlava e continha.

Não queria assustá-la ou força-la a nada. Para que isso funcionasse, eu teria que a seduzir para que Ellen não achasse isso uma loucura. Sempre que estávamos juntos, perto o suficiente para sentir a sua respiração, eu via em seus olhos o desejo. Suas reações eram boas e isso me excitava.

— A vida rotineira que tenho me impedem que eu frequente esse lugar mais do que gostaria. – Falei observando cada detalhe do seu rosto, suas ações, ainda boba com o que via. Ellen tinha seu encanto próprio, sempre se impressionava com pequenas coisas que, para pessoas como eu, eram normais, mas não para ela, que sempre esteve presa no castelo de pedras que seu pai criou. Dominic, assim como eu, tinha muitos inimigos e depois que sua esposa morreu, mãe de Ellen, ele a colocou em um vidro e a guardou a sete chaves. Sua distância com a menina vinha da grande semelhança entre as duas, que o fazia lembrar da falecida. – Pelo menos aqui ninguém virá para tirar a minha paciência.