ANTHONY
O dia já tinha começado estressante e a reunião que tive logo quando cheguei no escritório, piorou tudo. Ter que ouvir os investidores e os problemas com uma das nossas empresas de construção, me deram dor de cabeça.
Sem falar que algo estava me fazendo sentir uma coisa estranha e inexplicável assim que saí de casa.
Eu estava enfrentando um dilema no momento. Tudo o que fazia me deixava tão ocupado que quase mal via Ellen acordada. Quando chegava em casa, já era tarde demais e ela já estava dormindo, quando saía ainda era bem cedo e não podia ficar esperando que acordasse.
Tive que trabalhar em dobro só para ter um dia ao seu lado. Quando estava ao seu lado, nada mais importava. Não tinha estresse, além dos questionamentos de Ellen. Poderia passar dias só a observando ler ou cuidando das plantas no jardim. Ela amava tudo o que era natural.
Como tipicamente fazia, Jacob entrou pela porta do meu escritório com sua expressão séria, me passando uma mensagem não dita que algo estava errado.
Odiava resolver os problemas externos, dentro da IMPÉRIO. Queria manter a todo custo os dois negócios distantes um do outro, porém, ultimamente isso estava ficando difícil.
Havia problemas de todos os lados, seja com as empresas que eu administrava ou com a rede ilegal de drogas, que estava sofrendo ataques dos mexicanos desde que o idiota do Hernando voltou.
— O que aconteceu agora? – Perguntei encostando na cadeira e cruzando os dedos em cima da mesa.
Jacob esperou se sentar para finalmente ter uma reação. Sua expressão não era só de raiva, como geralmente era, ele parecia estar preocupado.
— O idiota do Paolo já está morto há semanas. – Revelou me deixando surpreso. Era muita coincidência termos a chegada de Hernando e a morte de Paolo no mesmo período de tempo. – As fontes que me deram essa notícia, disseram também que as coisas estão mudando no Oeste. Homens armados ao céu livre, venda de drogas nas ruas e muito mais coisas que podem ser preocupantes.
— O filho tem a ver com isso, não é? – O questionei já sabendo da resposta.
— Pelo que sei, Hernando voltou para tomar o lugar dele, vivo ou morto, e como o imbecil de Nova York falou, estão trabalhando com a ajuda de outros. – Disse gesticulando. – Estão armando para nós e temos que agir o quanto antes.
— O que quer que eu faça, mande todos os nossos homens marcharem para o Oeste e começarem uma guerra? – Perguntei ainda pensativo com tudo o que tinha ouvido. – Temos que derrubar esses idiotas, mas também não podemos esquecer onde estamos. Tem um detetive na minha cola, qualquer coisa fora do lugar e ele nos pega.
— Então ficaremos parados, esperando sermos mortos? – Perguntou com um tom elevado.
Jacob era mais que meu braço direito, ele sabia como as coisas funcionavam e era como um amigo. Eu também estava irritado. Odiava ficar de braços cruzados enquanto eles nos atacavam ou planejavam um ataque contra nós.
— A guerra é inevitável, Jacob. – Disse respirando fundo. – Só temos que achar uma maneira de não sermos pegos pela polícia ou FBI. Vou encarregar você disso. Ache uma maneira de acabar com eles. Use tudo o que temos. Devemos reagir e mostrar que não somos fracos.
— Era isso que eu queria quando entrei por aquela porta. – Disse levantando-se. – Se tenho a sua benção, então vou começar o quanto antes.
Eu sabia que era arriscado. Minha cabeça estava em risco e sabia muito bem onde eles atacariam para me derrotar.
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A OBSESSÃO DO MAFIOSO
Literatura FemininaVocê já pensou no que faria se descobrisse que o mundo que conhece e as pessoas que confia, não são exatamente como imaginava? Eu era uma filha exemplar, nunca faltei a escola ou dava bola para as provocações da minha irmã mais velha. Amava o meu pa...