Capítulo 6

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ANTHONY

Eu sabia que não poderia assusta-la indo direto ao ponto. Ellen não era como as outras e seu jeito meigo não combinava com o meu estilo selvagem. Deveria tomar cuidado e pensar em como proceder, já que o primeiro passo já tinha sido dado.

Eu não era o cara bonzinho que ela pensava, era verdade que escondia dela o meu lado perverso, não apenas para não a assustar, mas também porque essa pessoa desconhecida, desaparecia quando estávamos juntos.

Estar perto dela era maravilhoso, assisti-la e observar cada gesto e ação, porém, também era uma tortura, pois não podia fazer o que realmente queria.

Por hora, eu deixaria que ela continuasse com a sua rotina e suas escolhas. Eu podia fazer o que desejava, acabar com essa mentira de amor fraterno e pegar o que eu queria, mas isso seria um grande erro. Ellen deve desejar estar comigo, se entregar a mim, e eu não queria força-la a nada, isso me tornaria um mostro.

Estando tão perto, eu poderia torna-la mais forte e determinada, a pessoa que seria só minha. Não poderia negar, estava empolgado para isso.

A universidade da Califórnia era uma instituição muito conhecida e respeitada, porém, até ela era constituída de idiotas que possivelmente estavam esperando uma oportunidade de tocar a minha Bela.

Eu mesmo já fui um imbecil que ficava com uma mulher a cada noite, que usufruía da adolescência, mesmo não gostando das festas de fraternidade.

Dominic dizia que eu deveria construir uma imagem desde cedo, para que ninguém desconfiasse do meu passado. Ele estava certo, pois a cada vez que eu conseguia colocar a IMPÉRIO em destaque, mais a minha vida era exposta na mídia. Todos querem saber como consegui isso sendo tão jovem. Eles vasculham cada parte da minha vida, e graças aos meus parceiros, tenho o poder de mostrar só as boas partes e deixar na escuridão toda a merda suja.

Meu desejo e obsessão por cada parte de Ellen poderia ser até uma doença, no entanto, desde que meus pais morreram e eu tive que assumir essas responsabilidades, o controle por tudo se tornou uma necessidade.

Desde que ela entrou na universidade, a minha preocupação e desejo por controle cresceu. Eu tinha que saber o que estava fazendo, onde e com quem, pois conhecia seu lado romântico e algum idiota poderia se aproximar do que era meu e rouba-la de mim. Isso não aconteceu, graças a timidez e isolamento que ela mesma criou.

Já tinha um tempo que eu não entrava em contato com a pessoa que me passava as informações sobre Ellen. Desde o início eu sabia que seria difícil para ela e eu não poderia arriscar, deixando que uma pessoa qualquer e desconhecida se aproximasse da minha Bela.

Claro que a personalidade calma dela me ajudava muito, mas sem uma ajuda minha, as coisas poderiam ser diferentes. Deixei a coisa da boate para depois e isso já estava demorando demais. Eva não deveria tê-la levado para um lugar tão perigoso por puro capricho.

Quando o carro estacionou em frente ao seu apartamento, pedi para que o meu motorista a trouxesse assim que a mulher saísse. Não demorou muito, pois eu já sabia a sua rotina.

Pelo vidro, a vi parar bruscamente, parecendo assustada. Ela já sabia quem era e o que vim fazer aqui e não adiantava fugir.

Quando Eva entrou e sentou-se no banco à minha frente, ela estava pálida e claramente amedrontada. A ruiva tinha uma grande dívida comigo e deveria se esforçar no seu trabalho, pois era assim que ela me pagava o que já dei a ela.

UM ANO ATRÁS

Sabia que, assim que amanheceu, eu terminaria o dia com uma dor de cabeça que me deixaria maluco.

A OBSESSÃO DO MAFIOSOOnde histórias criam vida. Descubra agora