ANTHONY
Quando criança gostava de um doce caramelizado que sempre pedia para a minha mãe fazer nos meus aniversários.
Ele era doce, suculento e me deixava empolgado, mas ele perdeu toda a graça quando comparado a Ellen. Eu a amava, tinha certeza disso. A desejava como se fosse uma necessidade e assim que se tornou minha por completo confirmei o que já imaginava. Ela era a minha destruição.
Nunca imaginei que me sentiria tão leve e encantado com algo, como estava no momento, enquanto a observava dormir ao meu lado na cama.
Poderia dizer que não desejava mais nada, ela me bastava. Não queria de forma alguma sair para trabalhar, mas sabia que muitas coisas dependiam de mim.
Agora mais que nunca, imaginava, preocupado, em como Ellen agiria quando contasse a ela sobre o que eu fazia, o que seu pai era e que sua vida poderia correr perigo apenas por estar ao meu lado.
Tinha total certeza de que nada e nem ninguém a tocaria. Eu mataria quem quer que fosse, porém, não era tolo de pensar que os meus inimigos não tentariam.
Levantei-me e fui para o banheiro. Esperava que a água fria do chuveiro pudesse me acordar desse transe que me prendia desde que chegamos ontem à noite.
Quando voltei ao quarto, Ellen não estava mais na cama. Ainda com a toalha enrolada envolta da minha cintura, saí para procura-la, descobri que estava na varando do quarto.
— Ellen, algum problema? – Questionei a vendo preocupada.
Suas sobrancelhas estavam juntas e ela parecia estar aérea. Pensei que estava arrependida pelo que aconteceu na noite passada, mas se aproximou de mim e abraçou-me.
— Estou preocupada com Eva. – Disse afastando-se um pouco para olhar em meus olhos. – Ela sumiu. Fui a sua casa, mas não a encontrei. A vizinha disse que já fazia um tempo que não voltava para casa. E hoje, havia uma mensagem dela muito estranha no celular.
Eva. Nem estava lembrado da ruiva. Sabia que essa mulher era uma questão preocupante. Se falasse para Ellen o que fiz para saber onde estava, a minha Bela poderia me odiar.
— Eva sempre foi o tipo de pessoa que não tem um lugar que a prendesse, Ellen. – Disse acariciando o seu rosto. – Além do mais, aquele namorado dela não é uma pessoa com quem uma mulher deveria se relacionar.
— Por isso estou preocupada. – Falou caminhando de volta para dentro. – E se algo ruim aconteceu com ela? – Eu não me importava com o que poderia acontecer ou não com aquela vadia, no entanto, Ellen a tinha como uma amiga. – Você poderia descobrir algo, onde ela possa estar?
Respirei fundo e voltei para dentro do quarto. Não tinha intensão alguma de trazer de volta uma pessoa que pudesse estragar tudo o que tinha conseguido até agora, mas faria isso por Ellen.
Além do mais, era melhor ter meus inimigos por perto do que em algum lugar onde eu não pudesse mata-los.
— Claro, querida. – Falei ao beijar a sua testa. – Farei o possível para descobrir algo.
Ela pareceu ficar mais feliz com a minha resposta e em agradecimento, ficou nas pontas dos pés para me beijar. Aproveitei a oportunidade para agarra-la a mim, para que não se afastasse.
— Vai para o trabalho tão cedo. – Reclamou com seus braços envolta do meu pescoço.
— Infelizmente tenho que resolver algumas coisas, mas prometo que chego cedo e sairemos a noite.
A pior parte de tudo isso era que eu sairia para resolver problemas nos quais ela imaginava que era apenas da empresa da família.
Já estava na hora de falar tudo a ela. Do meu modo. Quanto mais esperasse para contar, pior isso poderia ser. Ellen foi privada desse lado da família por muito tempo. Poderia se sentir enganada, quando na verdade queríamos a proteger.
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A OBSESSÃO DO MAFIOSO
Chick-LitVocê já pensou no que faria se descobrisse que o mundo que conhece e as pessoas que confia, não são exatamente como imaginava? Eu era uma filha exemplar, nunca faltei a escola ou dava bola para as provocações da minha irmã mais velha. Amava o meu pa...