"Pode repetir? Eu adoraria inflar o meu ego." Debochou, mordendo o interior da bochecha ao caminhar lentamente na minha direção - como se estivesse numa passarela. "Não que ele seja pequeno..."
"É lindo como você tenta camuflar os próprios sentimentos com deboche." Comentei, irônico. "Pode continuar, eu deixo." Chloé deu uma risada tímida, parando finalmente a dois passos de mim.
"Ehh... foi uma ideia muito ridícula." Não sobre camuflar os sentimentos, mas de não começarmos a nos envolver de verdade para não prejudicar o futuro. Veja bem, conseguimos manter uma amizade decente, então tenho certeza que poderíamos manter um... uma ficada semanal? Tenho receio de propor algo mais sério e a loira zombar da minha cara. "Eu sei, eu sei." Balançou os ombros, conseguindo arrancar um pequeno riso da minha pessoa.
"Eu fiquei me perguntando quando você notaria." Brinquei, alisando o seu rosto. "Eu sinto a sua falta, minha rainha." Confessei, encarando-a nos olhos. Eu, de verdade, não quero jogar ou ignorar os meus sentimentos como faço há semanas. Preciso tentar mesmo que Chloé não goste. Que mal teria? Até os meus amigos percebem os sentimentos nada inocentes que eu nutria pela loira - exceto Marinette, mais por não querer enxergar do que por ser um pouco lenta para esse assunto. "E é doloroso estar ao seu lado sem tê-la realmente." Agora que comecei a expor os meus sentimentos para ela, eu não gostaria de ser interrompido. São raras as vezes que Chloé fica sem palavras, então devo aproveitar a oportunidade perfeita. O universo parece estar conspirando ao meu favor hoje. "Minha rainha, eu quero que você seja a minha garota." Falei convicto, deixando a loira tão surpresa ao ponto de arregalar os olhos e as bochechas ficarem vermelhas. Era o que ela queria também, embora o medo de ingressar num relacionamento e acabar fazendo o mesmo que a mãe, por vezes falou mais alto. Tudo o que eu poderia fazer era rezar - implorando - para que dessa vez, Chloé escolhesse arriscar.
A loira respirou fundo, segurando a minha mão direita que, até então, acariciava a sua bochecha.
"Você não pode dizer uma coisa dessas." Alertou, quase num sussurro. "Eu sou sua há meses, Luka." Confessou, dando uma risada melancólica - não pelo fato proferido, mas pela a minha expressão de surpresa por eu não ter realmente percebido. "Você sempre me teve... desde que me salvou naquela noite e me levou para casa, me segurando com todo o cuidado do mundo - como se segura um bebê." A loira mordeu o lábio inferior, olhando para o lado, sentindo-se exposta. "Só não sei como daria certo e eu, sinceramente, não quero te prender." Voltou a me encarar nos olhos, decidida. Se antes me encarava com ternura e amor, agora está mais para como se olhasse diretamente para um súdito - discreta, atenciosa e poderosa. "Você vai sair em turnê com o Jagged Stone em julho e sabe-se lá quando volta."
"E seria muito clichê pedir para que você me aguardasse." Completei o seu pensamento, arrancando uma risada curta.
"Mais ainda se eu aceitasse." Eu sorri de lado, pensando o quão bobos somos. Chloé me tem na palma da mão e, ao que pude notar, a tenho da mesma forma. Chega a ser bem interessante, inclusive, e eu gostaria de selar essa nova etapa de nossa singela amizade levando-a para a minha cama e transando com a loira até não sentirmos mais as pernas. Seria uma boa forma de firmar o seu 'sou sua', para início de conversa. "Veja bem, podemos rasgar aquele trato sobre apenas amizade..." Começou, inclinando a cabeça para o lado.
"E veremos onde isso vai dar." Eu concluí e ela acenou com a cabeça positivamente, aparentemente feliz por termos enfim resolvido uma das frações que compõem o nosso relacionamento - faltava apenas a tensão sexual, coisa que não tardamos em excluir do nosso meio.
Quando Chloé se aproximou o suficiente para me beijar, eu compreendi - ou melhor, admiti para mim mesmo - a razão dela ser tão inesquecível ao ponto de eu pensar breves segundos no seu corpo quando com outras mulheres. Eu sou muito apaixonado por essa patricinha mimada e gostaria de marcar toda a extensão do seu corpo para que todos soubessem que ela é minha, mas eu me contentaria com a nossa primeira vez num quarto só meu. Levei-a em direção a cama e, chegando lá, a loira inverteu as posições, jogando-me na cama para sentar no meu colo e aproveitar para alternar entre beijos apaixonados e beijos no pescoço - até que ter a brilhante ideia de distribuir beijos pelo meu corpo e abrir a toalha, descendo sem deixar de me encarar. Nós não precisamos de palavras, posso sentir as suas primeiras, segundas e terceiras intenções para com o meu corpo e, confesso, eu me senti um garoto na puberdade - que havia acabado de descobrir a coleção das revistas Playboy do tio - quando Chloé colocou o meu membro na boca, esforçando-me para evitar gozar em menos de dois minutos. Não por ser constrangedor, afinal, até faz sentido ser rápido dado o desejo contido de semanas, e eu a puxei delicadamente para trás, ao segurar o seu cabelo, logo a trazendo para cama - por baixo do meu corpo.
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Naquela Noite - Miraculous/Lukloe
Fanfiction"Boa noite, minha rainha." Se despediu, beijando as costas da minha mão esquerda, sem deixar de sorrir. As minhas bochechas esquentaram. Pareceu certo que ele me chamasse de sua, apesar de não nos conhecermos. "Volte assim que possível, heroizinho...