Quatro | Morde e Assopra

27.2K 2.9K 6.1K
                                    

olá, jurídico paris hilton 🙃
o capítulo de hoje tá bem grandinho e até o momento é o meu favorito, espero que gostem! 🫶🏻

#EliteVhope

TAEHYUNG

— Pai! — comecei a chamar antes mesmo de chegar até a porta do escritório dele. Sei que o irrito quando faço isso, mas não consigo evitar, além de que meu plano é ser o mais irritante possível agora — Pai, tá ocupado? — pergunto, então dou uma única batidinha na porta e sem esperar por uma resposta, giro a maçaneta e entro — Bom dia, pai — minha voz soou mais doce do que o previsto, do mesmo jeito que sorri antes mesmo de entrar.

Ele ergue os olhos por cima da tela do computador, segurando uma caneta prateada entre os dedos da mão direita.

— Por que ainda não foi pra aula? — questionou ao notar o uniforme do colégio.

— Já estou saindo — enrolo, colocando um pé na frente do outro.

— E o que eu falei sobre me gritar pela casa? — baixou os olhos para o computador outra vez.

— Eu sei, eu vou parar — revirei os olhos, saindo da porta e me aproximando da mesa — O que está fazendo?

— Trabalhando, meu bem — se limitou a dizer, ajeitando os óculos no rosto, marcando algo no amontoado de folhas ao lado do computador — O que você quer?

— Meu cartão de crédito — vou direto ao ponto, tirando da mesa um dos porta retratos e o virando, é uma foto minha quando criança. Férias em Veneza, me lembro disso — Você tomou de mim semana passada.

— Eu tomei de você por uma razão, não foi?

— Eu sei — resmunguei, devolvendo o porta retratos pra mesa. E foi por um motivo besta, mas não vou discutir com ele sobre isso outra vez — Mas eu preciso de dinheiro, pai.

— Não, você não precisa.

— Eu preciso! — bati os pés, dando a volta na mesa e indo até ele. Entrando em desespero ao notar que estou sendo parcialmente ignorado — Por favor!

— Taehyung — ele arrancou os óculos do rosto, se virando para mim — Você ameaçou uma funcionária.

— Não... — contornei a situação — Eu disse a ela que era uma péssima ideia fofocar de mim pra minha mãe. Sabia que ela até contou que horas eu cheguei em casa no sábado a noite? Desde quando os empregados se intrometem na nossa vida, pai? Isso é um absurdo! — olho em volta, rindo nervoso — Deveria reavaliar seus funcionários. Ela não é paga pra me vigiar, ou é?

— Você fez ela chorar.

Balancei os ombros, cruzando os braços, ficando emburrado antes mesmo de me dar conta.

— Eu não tenho culpa se ela não consegue segurar a língua.

— Taehyung, tenha dó — esfregou a testa, começando a se irritar comigo — Acha que eu não conheço você? Não se passe de santo pra mim.

— Mas eu não tô! — choraminguei — Pai, por favor, vai ter uma festa no sábado e eu não tenho roupa pra ir, você não entende, isso é urgente! — comecei a atropelar as palavras, falando alto — É caso de vida ou morte!

Sei que quanto mais irritante eu for, maiores são as chances dele ceder e se não funcionar, chorar um pouco resolve tudo.

— Urgente, Taehyung? Isso é sério?

— Sim! — arregalo os olhos, sentindo meu rosto começar a arder de nervoso — Pai, eu não tenho roupa! — dito devagar — E como você acha que eu vou sair sem dinheiro? — levantei as mãos, gesticulando de um jeito exagerado — Eu preciso do cartão, por favor, por favooor — choramingo.

ELITE | vhopeOnde histórias criam vida. Descubra agora