Dez | Estatua da Liberdade

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Olá! 🙃 As últimas semanas foram bastante agitadas pra mim, masss aqui está o capítulo dez, sei que vocês esperaram bastante por isso, então comentem bastante e deixem o votinho ⭐️

Boa leitura!

#EliteVhope

HOSEOK

É a primeira vez em anos que Taehyung e eu passamos tanto tempo juntos sem ameaças de mortes, sem brigas e sem agressões físicas.

Parece surreal demais para acreditar, mas estamos mesmo vivendo na mais pura harmonia, ainda que seja do nosso jeito meio torto.

— Seu namorado vem aqui hoje? — Jiwoo perguntou assim que me viu sair da cozinha, com a tigela de ração em uma das mãos e Lúcifer miando escandalosamente sem parar aos meus pés.

— Ele não é meu namorado — corrijo, pondo a comida no chão pro morto de fome — E hoje ele não vem.

— Hmm — ela abriu um sorrisinho, sentada no chão da sala enquanto termina de pintar as unhas da mão esquerda — Por que não? Ele praticamente passou a semana toda aqui.

— Hoje ele teve que ir a um tipo de evento beneficente — explico — É aquele tipo de festa onde os ricos bebem chardonnay, comem camarão e doam dinheiro para crianças carentes ou pessoas com câncer e assim, poderem se sentir bem consigo mesmos e se vangloriar por serem pessoas de bem.

— Pelo menos estão doando dinheiro — é tudo o que ela fala, dando de ombros.

— É — suspirei, me aproximando e deitando no sofá atrás dela — E você?

— Eu o quê?

— Não vai ver o cara com quem tá saindo?

— Ah — ela revirou os olhos — Vou parar de ver esse esquisito, ele tá começando a ficar grudendo e eu não gosto disso — ela fala num tom de voz entediado. Solto um riso frouxo, esperando ela continuar, mesmo sabendo exatamente o que a faz se afastar de um cara — Sabe, eu acho que não sirvo pra namorar, não gosto de ninguém pegando no meu pé, me tratando como se eu fosse uma coisa — reclamou — Ele fica me mandando mensagem dia e noite, reclama quando eu não respondo, como se eu não tivesse nada melhor pra fazer, sabe? Um inferno.

— Sei...

— Não respondo as mensagens dele há dois dias, mas ele não desiste.

— Credo. Por que você não dá um fora nesse cara de uma vez e acaba com essa tortura?

— Porque eu quero saber até onde ele vai e quanto tempo vai levar até ele perceber — ela diz e suspira, começando a pintar as unhas da outra mão.

— Que cruel...

— É? Já vi você fazer coisa pior — ela provoca.

Tento não rir por ser verdade, mas acabo soltando um arzinho de pelo nariz, esboçando um sorriso de canto. Lucifer se junta a mim no sofá quando acaba de comer, se deitando no espaço do sofá entre o meu braço e o tronco.

— Hobi — ela chama, e só pelo fato de ter chamado pelo apelido já me deixa em alerta — Já recebeu uma resposta de Yale?

Respiro fundo, apertando os olhos ao mesmo tempo. Achei que poderia adiar um pouco mais esse momento, mas é óbvio que não conseguiria.

— Já... — conto, tentando manter a voz firme só para não demonstrar estar abalado, enquanto meu coração bate com força dentro do peito — Mas eu não abri o e-mail.

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