Seis | A Dama e o Vagabundo

31.9K 3K 7.2K
                                    

Oi! Esse foi um dos capítulos que eu mais gostei de escrever, espero que vocês gostem também, não se esqueçam dos votinhos e sintam-se à vontade para comentar. Obrigada, boa leitura <3

#EliteVhope

TAEHYUNG

É o apocalipse.

Não sei com que cara ou coragem eu apareci no colégio hoje, mas não tive um minuto de paz desde que cheguei.

Não me arrependo de ter vazado prints do grupo de Nate, faria de novo se fosse preciso, faria pior se pudesse, mas me irrita profundamente eu ser a pessoa sentada na sala do coordenador, ouvindo uma sequência inteira de esporro como se eu fosse o culpado pelo caos que essa instituição virou.

Eu fui a pessoa quem jogou lenha na fogueira? Sim, fui, mas eu não teria começado nada se Nate não tivesse me dado motivo pra isso.

— Eu não tô entendendo o que é que eu estou fazendo aqui — digo, de braços cruzados, sem nem mesmo olhar na cara do coordenador — Não foi eu quem criou um grupo com mais vinte outros amigos meus, só pra divulgar fotos íntimas dos outros, ou foi?

— Não, mas a forma como você expôs isso não foi nada discreta, Taehyung — disse, me tirando uma risada fraca — Você sabe que nossa instituição preza muito pela boa imagem, sabe que esse tipo de coisa é um escândalo que envolve não só o nome do colégio, mas o nome dos pais dos nossos alunos. Taehyung, você não é criança, sabe muito bem que não é fazendo um show que se lida com esse tipo de situação.

— Eu sei, mas a minha intenção nunca foi jogar tudo para debaixo dos panos — dei de ombros — Na verdade, quanto maior o escândalo, melhor pra mim.

— Seu pai é um dos nossos colaboradores.

— Eu não ligo, porque como eu disse eu não tenho culpa se os seus alunos criaram um grupo com o intuito de compartilhar fotos íntimas alheias — aumento o tom de voz, começando a me estressar — E se você acha que eu me importo com o que o meu pai vai pensar, por que não liga logo pra ele e conta o que eu fiz? — descruzo os braços, forçando um sorriso — Vamos ver de que lado ele vai ficar.

— Não se preocupe com isso, todos os pais serão contactados, senhor Kim — e sorriu fraco, afundando todo o corpo na cadeira e cruzando os dedos das mãos por cima da barriga — Haverá uma reunião na sexta a respeito do tal grupo e as consequências para os envolvidos nisso, incluindo o senhor.

Solto um risinho, balançando a cabeça em negação.

— Eu tô pagando pra ver.

— Aposto que sim, agora já pode ir — ergueu uma das mãos, apontando para a porta — E se possível, peça para o seu amigo entrar.

Ergui as sobrancelhas, sem saber de quem ele está falando, mas também não me dei o trabalho de perguntar.

Me levantei e assim que passei pela porta e olhei na direção das cadeiras de espera, me deparei com o rosto carrancudo de Hoseok. Não quero nem saber a razão para ele estar assim às oito horas da manhã.

— Ele mandou você entrar.

Hoseok bufou, vindo na minha direção, diminuindo o passo ao passar por mim, com os olhos fixos nos meus e pode ter durado um ou dois segundos, mas cada pelo do meu corpo se eriçou só por tê-lo perto.

Levei um momento para me recompor, ele já tinha entrado na sala e a porta atrás de mim já estava trancada.

Não era pras coisas acontecerem assim, mas que droga...

ELITE | vhopeOnde histórias criam vida. Descubra agora