Após cuidar de Irina, acalmá-la e explicar como algumas coisas funcionavam no Olimpo, Lys a vestiu com um belíssimo cropped bordado de cor lavanda. A calça, de tecido leve e semitransparente na mesma tonalidade tinha uma bonita fenda lateral que ia até o início das coxas da moça, dando um ar meio misterioso, sexy e gracioso ao mesmo tempo. Com um sorriso satisfeito Lys virou Irina para o espelho a fim de mostrar a ela o resultado.
- Não parece... ahn... Eu mesma. – admirou-se a repórter.
- Esta é exatamente você. – respondeu a deusa, sorrindo e balançando os cachos da moça. – Está linda!
- É por isso mesmo que não pareço eu mesma.
Lys sorriu e tirou uma mecha de cabelo teimosa da testa de Irina.
- Não seja boba, você é linda! Pensa que não reparei como o deus dos deuses a olha com fascínio?
Irina virou-se para ela, espantada.
- Você acha mesmo?
- Não direi mais nada, comprove por si mesma quando entrar no salão de refeições. Vou levá-la, mas vamos andando para que não enjoe. Sei como é desconfortável viajar na luz de um deus quando não se é humana.
A deusa dos sereianos então levou a convidada até a ala de refeições. O enorme cômodo era composto por uma mesa de mármore no centro rodeada por cadeiras de espaldares dourado e altos. Cinquenta lugares estavam dispostos com garbo. Compondo a refeição, carnes de todos os tipos, uma enorme variedade de frutas e saladas, em suma, um banquete nada discreto. E o cheiro, Irina podia dizer, com perdão do trocadilho, era divino.
O deus dos deuses estava sentado à cabeceira, seu irmão Poseidon se encontrava ao seu lado bebericando uma taça de néctar dourado e conversando sobre algo trivial. O rapaz percebeu quando seu irmão mais velho parou de respondê-lo, com sua taça a meio caminho da boca. Os olhos brilhavam de puro fascínio voltados para a porta. O deus dos mares acompanhou o olhar de Zeus e sorriu, aprovando o que Lys havia feito em relação a Irina.
- Espero que não estejamos interrompendo nada. – disse Lys com um suave sorriso.
- De maneira nenhuma. – respondeu Zeus, sem tirar os olhos da humana.
- Parece um lobo faminto – sussurrou Poseidon para o irmão – controle seu olhar de luxúria ou a pobre moça sairá correndo.
Zeus bufou acertando uma cotovelada na boca do estômago.
- Cala a boca, idiota!
Poseidon sorriu e se levantou, dando a deixa para o irmão, que não demorou muito a erguer-se de sua cadeira e caminhar até a moça. A cada passo que a distância diminuía, o coração de Irina falhava uma batida. Quanto mais perto ele chegava mais o cheiro dele a inebriava. Zeus tomou a mão direita dela e pousou um suave beijo na parte interna de seu pulso. O corpo dela tremeu inteiro com o toque.
- Está belíssima, senhorita Irina.
- Só... – engoliu a seco. – Me chame de Irina, por favor.
Zeus alargou um sorriso.
- Como quiser, Irina.
O tom rouco ao pronunciar o nome dela a fez pensar que suas pernas cederiam a qualquer momento.
Zeus conduziu-a à mesa, colocando-a ao seu lado direito, lugar de honra. Sentar-se à direita de Zeus era coisa de que só os seus irmãos e sua ex-esposa haviam desfrutado. Poseidon e Lys se entreolharam ao ver o local onde Irina se sentara. E a deusa dos sereianos sorriu discretamente.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Poseidon (Autora: Sra.Jeon)
Fantasy[...] Quando há oitocentos anos o reino entrou em colapso por causa do golpe malsucedido de Heiya e Apôgeon, rei do clã de sereianos do qual Lys descendia, Hades preferiu fazer com que Poseidon acreditasse na morte dela. Seria mais fácil, mas o que...