Capítulo 12 - Flechas Douradas

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OLIMPO

Ares adentrou o salão onde Poseidon e Lys se encontravam. Um sorriso zombeteiro de imediato desenhou os lábios grossos do deus da guerra.

- Ora, ora... Parece que todo o ódio que exibiram no conselho era tudo fachada, afinal. Coitado de Afrodite. Será que ele sabe que sua esposa mal esquentou sua cama e já se diverte com o amante? - provocou-os.

Poseidon virou os olhos para Ares. Lys esperou uma reação da parte dele. Uma em sua defesa, algo que sugerisse que o homem que amava ainda sentia algo por ela, independente de ela ser uma sereiana ou ter sido uma. Mas não foi isso que ouviu.

- Realmente, Ares... Sereianas são volúveis, não é mesmo? - Poseidon sorriu com crueldade para Lys, dilacerando seu peito.

- Sabe que não é verdade o que ele está insinuando. - Lys retrucou entre os dentes.

- Sei? Eu também sabia que sua mãe era fiel a mim, quando na verdade planejou usurpar meu trono com o próprio amante.

- Heiya é mãe da mulher de Afrodite?! Uau! Só melhora essa novela... - Ares aplaudiu.

- Heiya não é minha mãe! - ela berrou com raiva.

- Você herdou os mesmos talentos dela, docinho? Quer me mostrar se é tão boa quanto sua mãe? - Ares aproximou-se dela.

- Você dormiu com Heiya, Ares? - o deus dos mares questionou-o.

Ares deu de ombros.

- Mais fácil perguntar quem não dormiu.

Ele voltou a olhar Lys escaneando seu corpo de forma vulgar.

- Se importa? - Ares olhou para Poseidon, que deu de ombros.

- Divirta-se! - abanou a mão como se não se importasse. - Brinque um pouco com ela, não é das melhores, mas deve dá para passar o tempo.

Lys sentiu o chão se abrir sob seus pés. Seu coração por onde sangue humano, sereiano e de deusa se entrelaçavam, pulsante e quente, congelou por alguns instantes com a dor das palavras proferidas pelo ser amado.

- Vamos, Lys, um tour pelo meu quarto lhe fará maravilhas... - Ares disse agarrando o braço da loira.

- TIRA ESSAS PATAS IMUNDAS DA MINHA MULHER, AGORA! - Afrodite esbravejou surgindo na Sala.

Ares sorriu puxando-a para mais perto.

Lys ergueu a mão esquerda arranhando-lhe o rosto com toda a força, arrancando sangue dele. O deus da guerra rugiu irado jogando-a contra o chão.

- Agora você acabou de assinar sua sentença! - o deus do amor berrou.

Uma pesada armadura dourada cobriu o corpo dele e um imenso arco e uma aljava de flechas de ouro ataram-se as costas largas do deus do amor. Afrodite pegou uma flecha atrás da outra, atirando-as em sequência numa velocidade espantosa. O escudo de Ares aparou-as bem a tempo, mas a intensidade do ataque fez com que seu corpo fosse empurrado para trás deslizando de ré pelo chão de mármore lustroso.

A espada do deus da guerra surgiu em sua mão direita, e com um mortal habilidoso ele se posicionou atrás de Lys, segurando-a pelo ombro e pressionando a lâmina gélida contra seu pescoço. Afrodite freou os movimentos de súbito.

- Isso está indo longe demais, Ares. - Poseidon alertou-o em pânico.

- Você disse que não se importava... - respondeu com pouco caso o deus da guerra. - Sabe que ela não morre, então qual o problema de fazê-la sangrar um pouco? É vai doer, bastante... - ele sorriu.

Poseidon (Autora: Sra.Jeon)Onde histórias criam vida. Descubra agora