OLIMPO
Ares adentrou o salão onde Poseidon e Lys se encontravam. Um sorriso zombeteiro de imediato desenhou os lábios grossos do deus da guerra.
- Ora, ora... Parece que todo o ódio que exibiram no conselho era tudo fachada, afinal. Coitado de Afrodite. Será que ele sabe que sua esposa mal esquentou sua cama e já se diverte com o amante? - provocou-os.
Poseidon virou os olhos para Ares. Lys esperou uma reação da parte dele. Uma em sua defesa, algo que sugerisse que o homem que amava ainda sentia algo por ela, independente de ela ser uma sereiana ou ter sido uma. Mas não foi isso que ouviu.
- Realmente, Ares... Sereianas são volúveis, não é mesmo? - Poseidon sorriu com crueldade para Lys, dilacerando seu peito.
- Sabe que não é verdade o que ele está insinuando. - Lys retrucou entre os dentes.
- Sei? Eu também sabia que sua mãe era fiel a mim, quando na verdade planejou usurpar meu trono com o próprio amante.
- Heiya é mãe da mulher de Afrodite?! Uau! Só melhora essa novela... - Ares aplaudiu.
- Heiya não é minha mãe! - ela berrou com raiva.
- Você herdou os mesmos talentos dela, docinho? Quer me mostrar se é tão boa quanto sua mãe? - Ares aproximou-se dela.
- Você dormiu com Heiya, Ares? - o deus dos mares questionou-o.
Ares deu de ombros.
- Mais fácil perguntar quem não dormiu.
Ele voltou a olhar Lys escaneando seu corpo de forma vulgar.
- Se importa? - Ares olhou para Poseidon, que deu de ombros.
- Divirta-se! - abanou a mão como se não se importasse. - Brinque um pouco com ela, não é das melhores, mas deve dá para passar o tempo.
Lys sentiu o chão se abrir sob seus pés. Seu coração por onde sangue humano, sereiano e de deusa se entrelaçavam, pulsante e quente, congelou por alguns instantes com a dor das palavras proferidas pelo ser amado.
- Vamos, Lys, um tour pelo meu quarto lhe fará maravilhas... - Ares disse agarrando o braço da loira.
- TIRA ESSAS PATAS IMUNDAS DA MINHA MULHER, AGORA! - Afrodite esbravejou surgindo na Sala.
Ares sorriu puxando-a para mais perto.
Lys ergueu a mão esquerda arranhando-lhe o rosto com toda a força, arrancando sangue dele. O deus da guerra rugiu irado jogando-a contra o chão.
- Agora você acabou de assinar sua sentença! - o deus do amor berrou.
Uma pesada armadura dourada cobriu o corpo dele e um imenso arco e uma aljava de flechas de ouro ataram-se as costas largas do deus do amor. Afrodite pegou uma flecha atrás da outra, atirando-as em sequência numa velocidade espantosa. O escudo de Ares aparou-as bem a tempo, mas a intensidade do ataque fez com que seu corpo fosse empurrado para trás deslizando de ré pelo chão de mármore lustroso.
A espada do deus da guerra surgiu em sua mão direita, e com um mortal habilidoso ele se posicionou atrás de Lys, segurando-a pelo ombro e pressionando a lâmina gélida contra seu pescoço. Afrodite freou os movimentos de súbito.
- Isso está indo longe demais, Ares. - Poseidon alertou-o em pânico.
- Você disse que não se importava... - respondeu com pouco caso o deus da guerra. - Sabe que ela não morre, então qual o problema de fazê-la sangrar um pouco? É vai doer, bastante... - ele sorriu.
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Poseidon (Autora: Sra.Jeon)
Fantastik[...] Quando há oitocentos anos o reino entrou em colapso por causa do golpe malsucedido de Heiya e Apôgeon, rei do clã de sereianos do qual Lys descendia, Hades preferiu fazer com que Poseidon acreditasse na morte dela. Seria mais fácil, mas o que...