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Estava escuro, muito escuro para uma manhã e chovia torrencialmente, era como se os céus soubessem o que a américa tinha perdido e choravam junto.

Bucky não via o amigo desde a despedida deles, quando Steve voltou para o passado. Quando ele voltou e entregou o esccudo para Wilson, Bucky optou por se manter longe, aquele não era seu amigo, era Steve Rogers, mas não era mais seu irmão dos anos 40. Steve estava velho, tinha vivido uma vida inteira e Bucky não tinha feito parte dela, por isso durante os 5 meses após o Blip, ele ignorou todas as cartas, ligações e convites de Steve.

Samuel Wilson foi contatado pela família Rogers e atendeu o pedido dos mesmos para que contatasse também Barnes. Lá estavam os dois então, bem ao fundo daquelas pessoas, foi um funeral e um enterro privado, apenas para família e alguns amigos próximos. Foi solene e doloroso.

Uma bandeira dos Estados Unidos estava posta sobre o caixão, haviam várias coroas de flores, a família Rogers estava toda reunida, Christopher, o filho mais velho, Rita, a do meio e Philip o mais novo. Christopher estava com sua esposa Anna e a filha Amanda mais próximos ao caixão enquanto faziam as últimas homenagens e discursos e então começaram a descer o caixão. O silêncio seria palpável se não fosse por algumas fungadas de um ou outro.

Eliza observava tudo de longe, não entrou na igreja para missa e não se aproximou muito durante o cortejo até o cemitério, não conseguia se aproximar mais que isso, não parecia certo e pra falar a bem a verdade, sabia que nunca foi e nunca seria aceita na família Rogers, principalmente pelo jeito que foi introduzida a ela. Era uma Rogers autenticada em cartório, mas jamais seria vista como uma por eles, nunca seria tratada como parte da família.

A chuva foi se dissipando, dando um último adeus e algumas pessoas também. Amanda veio então na direção de Wilson e Barnes.

- Muito obrigado Sam por ter vindo, com certeza significaria muito para ele!

- Eu não poderia deixar de  vir de maneira alguma Amanda.

Amanda virou-se para Bucky então e tocou levemente em seu ombro.

- James querido! Muito obrigado por ter vindo também! Deve ser muito difícil essa situação toda para você.

Bucky respondeu da forma mais educada que conseguiu naquele momento.

- Sinto muito pela sua perda senhorita Rogers, seu pai foi a melhor pessoa que eu já conheci!

As palavras sairam rasgando a garganta dele, como se falar aquilo em voz alta fosse a confirmação de que Steve tinha mesmo ido e agora era pra valer.

- Muito obrigado! Mas ele era meu avô e não meu pai, vejo que não está muito familiarizado com a nossa família, mas tudo bem, hoje tivemos fortes emoções.

Bucky estava processando ainda aquelas informações de Amanda, que seriam totalmente ignoradas logo em seguida, pois não pretendia vê-los novamente.

- Querida temos que ir!

- Sim, já estou indo! Meninos este é meu marido Carl Benson e meus filhos, Benjamin e Melanie.

Sam e Bucky os comprimentaram e prestaram suas condolências, mas Carl parecia estar com pressa.

- Amanda temos que ir! Vamos ter tempo para resolver tudo depois.

Bucky e Sam se entreolharam numa pergunta muda "resolver o que depois?", mas quando focaram novamente eles já estavam se afastando para entrar em um carro.

- Precisa de uma carona?

- Não, valeu.

- Você vai ficar legal?

- Sim.

- Qual é cara! - virando de frente para encarar Bucky - Você pode pelo menos dizer aonde está morando? Você não atende ligação de ninguém, não retorna as mensagens, pelo menos está indo na psicóloga?

- Eu não preciso de babá Samuel!

- Eu não quero ser sua babá, só quero ser seu amigo.

Bucky começou a dar passos para trás anunciando que estava de saída.

- Mas eu não quero.

Virando-se rápido para sair daquele local ele viu algo, melhor, o vulto de alguém, congelou na hora. Não era possível, devia estar muito cansado e estressado, deduziu. Mas esnquanto ele deduzia, Wilson percebeu sua palidez.

- O que foi? - perguntou Sam, intercalando o olhar entre o rosto de Bucky e o ponto o qual ele encarava - Viu um fantasma?

- Talvez. - Disse Bucky dando uma última encarada em Sam e saiu a passos largos e pesados, decidido que aquele era um dia para ser esquecido.

>> Ola pessoal! Esse é o primeiro capítulo oficial de Deriva, é também minha primeira fanfic, então quem chegou até o final aqui, muito obrigado!

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>> Ola pessoal! Esse é o primeiro capítulo oficial de Deriva, é também minha primeira fanfic, então quem chegou até o final aqui, muito obrigado!

>> Peço que tenham paciência tanto comigo quanto com os personagens, mas se tiverem alguma crítica ou sugestão para melhorar a leitura estou a disposição.

>> A história é sim um romance, mas é bem slow burn, vamos ter muitos altos e baixos.

>> Por favor, comentem e deixem uma estrelinha se gostarem! Muito obrigado! Até a próxima!



Deriva - Bucky BarnesOnde histórias criam vida. Descubra agora