O oceano tem dois pontos extremos que se chamam maré cheia e maré baixa, para atingir esses dois pontos extremos, a maré precisa de um ciclo de pelo menos 12h. Para chegar ao ponto mais alto são 6h e para o mais baixo, mais 6h.
Durante 12h tudo muda, tudo mesmo.
Eliza estava terminando mais um turno de 24h. Ela sempre cobria o máximo de plantões que conseguia, estava sendo assim desde o Blip. Não fazia sentido voltar para um apartamento vazio, pior que isso, não à fazia bem. Então ela emendava trabalho com mais trabalho, já na saída ela viu chegar uma emergência, era Ema.
🕓-6:40
- Protocolo múltiplo de trauma! - a paramédica fala enquanto empurra a maca para uma sala de emergência.
- Taquicardia e hipotensiva, lesões no crânio e no tórax!
- Hemorragia no tórax! - uma médica fala - Preciso de um monitor fetal!
Eliza largou todas as suas coisas no balcão de recepção e entrou na sala já com os materias que estavam pedindo.
- Precisamos de solução intravenosa agora! - outro médico diz.
Tomando das mãos de outra enfermeira, Eliza faz o procedimento com a agulha com muita agilidade e atenção.
- Fratura de crânio com provável hemorragia. - Collins diz, já que foi o primeiro neurocirurgião que chegou ali.
- Pendure duas bolsas de O negativo!
- Não! - Eliza grita - Ela é A positivo!
Outra enfermeira trás as bolsas e as pendura para a paciente.
- Preciso de um catéter toraxico - Eliza alcança o material para o médico.
- Nós temos batimento cardíaco fetal? - ela pergunta para a obstetra que tinha chego na sala.
- Preciso de betadine e um tubo 36 agora! - outro médico olha para Eliza, que lhe entrega os materias á seguir.
- Tempertura em 35 graus! Precisamos de mais fluído agora ou ela fica hipotérmica! - o médico chefe do caso fala - Eliza! Uma sala de cirurgia agora!
Ema tinha cinco médicos ao seu redor e vários fios e tubos enfiados em seu corpo, todo o processo de tentar mantê-la estável foi uma luta. Eliza colocou o uniforme novamente e foi preparar a sala de cirurgia para equipe médica.
Elas tinham sido colegas na faculdade em Yale, acabaram dividindo um apartamento durante a especialização em que fez na Georgia. Ema tinha virado poeira cinco anos atrás, junto com quase todo mundo que Eliza conhecia.
Quando todos voltaram Eliza não teve tempo de procurar todos, o hospital virou um caos com tantas de pessoas de volta e depois de ter encontrado Steve, ela simplesmente parou de procurar. Ele havia dito que estava bem, que estava em casa finalmente e com sua família, pediu que não o procurasse mais.
Ela acatou o pedido de Steve e tratou de fazer o que sabia fazer de melhor. Cuidar de pessoas e bom, com metade da população mundial de volta, ela tinha muitas pessoas para cuidar.
- Tomografia acusa epidural e subdural. Preciso abrir. - Collins olha para Eliza que está concentrada na imagem da amiga se segurando ao máximo em vida - Você está comigo Eliza?
-Sim! Ela está pronta. - ela diz em resposta se abaixando para fazer um carinho no rosto de Ema - Tudo bem, vamos cuidar de vocês dois aqui. - ela diz em tom de confidência.
- Vamos descompressar aqui, depressa! - Collins fala para Eliza que está auxiliando com os materiais.
- Cera de ossos! - ele estende a mão para ela novamente, com pressa,
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Deriva - Bucky Barnes
FanfictionQuando águas passadas voltam a chover em Nova York, os caminhos de Bucky e Eliza se encontram. Cinco meses após o Blip o mundo tenta voltar a normalidade e as pessoas tentam se readaptar, em meio a isso, Bucky e Eliza enfrentam o luto, por quem se...