18 de Abril — Terça- Feira
Me levantei bem cedo e fui trabalhar, eu trabalharia apenas pela manhã hoje, o tempo que passei me arrumando em casa encarei os garotos dormindo, eu tentava me convencer que não estava assinando minha carta de suicidio e que eu abrigar 3 garotos desconhecidos, não é loucura.
A verdade é que isso é a maior loucura e eu talvez esteja me arriscando atoa mas... eles foram como aquela ponta de esperança existente em mim mas a ideia de ter a plena noção que eles estão mortos e meu grande problema de confiar nas pessoas, não me deixa participar das conversas e brincadeiras que eles fizeram na noite anterior , eu senti aquela pontada de vontade de participar mas só virei e fui dormir, eles estão aqui por interesse, não posso me apegar a eles.
Durante todo o meu turno, eu só pensava no que poderíamos fazer na apresentação que seria no sábado da semana que vem, nós tínhamos uma semana para ensaiar, montar figurino, tudo isso é loucura demais, talvez seja até impossível. estou expulsando a palavra "impossível" do meu vocabulário neste exato momento, logo eu vou falar que algo é impossível?
— Nós podíamos refazer a cena daquela peça "Wicked", aquela música lá "Ódio" — Proferi entrando em casa, eu nem sabia se eles estariam lá mas eu fiquei realmente empolgada.
— Mas lá são duas mulheres, nós só temos você e somos quatro— Revirei os olhos assim que Luke fez seu incrivel comentario.
— Podemos adaptar— Alex disse com um sorriso no rosto. — Podiamos por você Julie como Galinda e bom...hum... o Luke como Elphaba e eu e o Reggie somos o coro que interage com a Galinda. — Alex era criativo e eu adorava isso e logo eu estava extremamente animada.
— Vocês vão me pintar de verde? eu não sei se tinta é uma boa ideia, pode dar espinha e tal— Luke já estava resmungando, não vai ser dificil cantar sobre ódio com ele.
— Vamos testar — Falei me virando de costas e procurando uma tinta agaúche que tinha por ali e jogando nele — Perfeito, ficou ótimo — Sorri falso vendo ele esfregar o rosto e vir pro meu lado esfregando a mão suja no meu rosto.
— Você é de fato, o era humano que eu menos gosto— Revirei os olhos negando com a cabeça e subindo pra tomar banho para começarmos a ensaiar, temos pouco tempo, quanto mais cedo melhor.
Luke Patterson
—Se ela expulsar a gente daqui, a culpa é sua— Alex disse se jogando no sofá e eu continuei olhando para a direção que Julie subiu e suspirei rindo olhando pra eles.
— Ela me adora, só não sabe ainda — Dei de ombros andando de um lado pro outro, eu sabia Wicked inteiro de cabeça mas séria uma grande aventura contracenar ela. — Qual o motivo pelo qual estamos aqui?
— Ué, a Julie deixou que a gente ficasse aqui para ensaiarmos para a competição — Reggie falou e eu bufei, não era essa minha pergunta, não era essa resposta que eu queria.
— Acho que isso não é exatamente oque ele estava perguntando — Alex sussurrou e Julie sussurrou "Faz sentido"
—Já pararam pra pensar que fugimos de casa? que meus pais devem estar atrás da gente? porque mesmo sendo contra nossa viagem, eles me amam e se apegaram a vocês dois — Eu não era esse tipo de pessoa, eu sou o animado mas agora, eu só buscava sentido para tudo isso.
— Olha cara, eu não sei mas é uma baita chance e nós não podemos perder ela, vamos conseguir realizar nosso sonho, não como queriamos mas vamos— Reggie disse se aproximando pondo a mão no meu ombro e eu sorri concordando.
Uma schance mesmo assim, pensamentos intrusivos invadiam a minha mente, perguntas como "Por que a Julie aceitou a gente tão fácil?" será que é porque compartilhamos do mesmo sonho? e a vontade de realizar é tão grande ao ponto de se arriscar assim?
—Eu to pronta — Julie desceu com os cabelo molhados, seu rosto estava completamente limpo, nada daquela maquiagem basica que havia pela manhã e ela ficava muito mais bonita sem, a maquiagem escondia um destaque lindo que eram seus olhos castanhos, neguei com a cabeça na tentativa de excluir esses pensamentos. — Vamos?
—Ódio, tudo nele me dá ódio! — Julie cantava entre os dentes enquanto estávamos face a face ou ela era muito boa atriz ou ela de fato me odiava.
—O Nariz, a voz — Minha vez de cantar enquanto olhava pra ela com todo desgosto que havia em mim.
— QUE ODIO! — bateu o pé com força no chão demostrando a raiva.
Tudo estava saindo perfeitamente bem, parecia que nós quatro fazíamos isso a anos, como se fossemos conhecidos a séculos, era uma química inacreditável que todos nós ali naquela sala tínhamos.
— Isso foi ótimo— ela sorriu, oque eu achei que fosse uma coisa quase impossível, ela é dificil de fazer sorrir, esta sempre com cara de quem comeu e não gostou.
Eu nem preciso conhecer muito ela para saber que ela já passou por umas poucas e boas, ela tem aquele jeito de quem corre de afeto ou de fazer amizades pois tem medo que as pessoas partam ou alguma coisa assim, Julie é como um livro aberto mas em outro idioma, é facil saber oque está escrito, dificil é entender oque quer dizer e eu estava completamente ansioso e determinado em conseguir ler, eu queria conhecer a Julie, eu sentia essa necessidade e eu não faço ideia de qual seja o motivo disso.
Depois que terminamos de ensaiar, os meninos decidiram dar uma volta pela cidade, nós não somos daqui, então uma das coisas que queríamos fazer era conhecer tudo mas eu só queria ficar por ali, não estava no clima para conhecer a cidade.
Voltei pra casa da Julie e ouço ela murmurar uma musica lá de fora mesmo, ela parecia estar meio perdida, não cantava a musica por inteiro e fazia barulhos como "aí" , "que droga!" , me teletrasportei para dentro da casa vendo ela dançar algo que claramente não era pra ela estar dançando sem ninguem.
—But when he goes, I know he doesn't leave... — cantarolou e girou mas seus pés agarraram no tapete e eu a segurei nos braços.
— Você vive assim? caindo? — perguntei de forma ironica e vi ela sorrir pra mim pela primeira vez ela sorriu e pra mim.
— E você? vai estar sempre aqui me segurando? — respondeu no mesmo tom que eu e sorrimos um pro outro, ambos encarando os olhos um do outro e foi assim por um tempo, ate ela reparar oque estava rolando — valeu por... me ... por me segurar... outra vez.
Falou se levantando mexendo nos cabelos enquanto se afastava de mim, ela ta fugindo de mim?
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Destined - Juke
Подростковая литератураJulie Molina nunca foi uma garota de acreditar na sorte ou no destino, sempre vou isso como uma forma das pessoas acharem esperança para viver em um mundo tão ruim mas em um momento inusitado da sua vida, o destino deu sua primeira amostra para garo...