No aeroporto, procurou seu irmão por todos os lados, não havia nem sinal dele. Aki não é de chegar atrasado ou falhar com os compromissos, Aika sabia disso e esse era o motivo de sua preocupação.
Caminhou até a saída, carregando sua mochila e algumas malas. Estavam pesadas, ela foi reclamando durante todo o trajeto. Parou na enorme calçada e viu que a rua estava completamente vazia, como um enorme deserto.
Suas esperanças começaram a ir embora, viu um garoto parado em frente a um carro, encarando-a, isso era meio assustador. Ficou mais estranho quando ele parecia conhecê-la.
- Por acaso você é a Aika? - Aproximou-se.
- Por que quer saber? - Questionou, relutante.
- O Aki me pediu pra vir te buscar. - O garoto loiro aparentava estar cansado e de mal humor.
- Pelo menos posso saber o seu nome?
- É Denji.
- Ah, o Aki já falou de você.
- Falou, é? - A voz dele parecia meio sugestiva.
- Sim. Você vai me dar uma carona, não é? É melhor irmos, está tarde e estou cansada.
- Claro. Quer ajuda com as malas?
- Sim, agradeço. - Denji pegou as malas e Aika conseguiu ouvi-lo resmungando sobre como estavam pesadas.
O caminho inteiro foi silencioso. Aika perguntou-se se aquele garoto tinha idade o suficiente para dirigir, mas resolveu não pensar muito sobre isso. Estava exausta, a viagem foi longa e ela só queria dormir.
- Ei, quantos anos você tem? - Denji quebrou o silêncio e percebeu que a garota havia adormecido no banco de trás. A semelhança dela e de seu irmão era notável, embora ser uma garota deixasse-a mil vezes mais atraente, para ele.
*
Ao chegarem na casa que Aki vivia junto com Denji, o loiro não sabia o que fazer. Ele não queria acordar Aika, mas não podia deixá-la no carro. Entrou procurando por Hayakawa, que ainda não estava em casa.
Só havia uma coisa a se fazer, carregar. Denji carregou as malas até a sala, reclamando do peso, como da última vez. Respirou fundo, olhando Aika que respirava calmamente, ele constatou que só havia uma coisa a se fazer, carregar a garota em seus braços. A ideia o deixou vermelho.
Não foi o mesmo com Aika, já que o loiro não reclamou nem um pouco, e jamais reclamaria de ter uma garota em seus braços. Isso, ele carregaria todos os dias, sem reclamar, afinal, garotas são cheirosas e macias, bem diferente de malas e outras coisas pesadas, pensou.
- Será que o Hayakawa me mataria se eu tentasse ter uma chance com a irmã dele? - Pensou alto ao deixar a adormecida sobre o sofá, cuidadosamente. Afastou uma parte do cabelo que cobria o olho direito dela e foi para a cozinha.
Ele estava nervoso, pensar em estar sozinha com uma menina bonita deixava-o assim. Por mais que ela estivesse dormindo, a mente de Denji não o deixava em paz. Saiu de seus pensamentos quando ouviu a porta abrir, era Aki.
- Por que deixou ela no sofá, idiota?! - Aki se deu conta de que podia acordá-la e foi em direção a cozinha, para poder repreender Denji com mais eficiência.
- Você não me falou onde ela vai dormir.
- Podia ter mandado ela ir pro meu quarto, por enquanto.
- Ela tava dormindo.
- O quê? Quer dizer que...
- Eu não queria acordá-la! Ela já tinha falado que estava cansada. - Denji defendeu-se antes da bronca.
- Tá. - Suspirou. - Ela vai ficar no quarto do lado do seu.
- Do lado do meu...?
- É o único que resta.
- Hmmm, então vou levar as malas pra lá e... - Foi interrompido por Aki, raivoso:
- Deixa que eu levo ela!
- Tá, tá. Não fica bravo, eu só queria ajudar.
- Denji, só pra deixar claro... - Puxou a orelha do loiro e cochichou: - Se tentar algo com a minha irmã, eu faço você conhecer o inferno antes do tempo.
- Tá, Aki! Não precisa ficar com ciúmes, eu não pegaria a irmã do meu brother. - Afirmou, embora sua mente discordasse.
*
Aika acordou e olhou ao redor, viu suas malas num canto e um abajur do seu lado direito. O quarto parecia sem vida, abandonado. Constatou que seria uma tarefa difícil devolver a vida para aquele lugar.
Estava faminta, saiu procurando pela cozinha, o que não foi difícil de achar. Deparou-se com seu irmão em frente ao fogão, preparando algo, e Denji sentado à mesa, aguardando ansiosamente.
- Nunca me contou que sabia cozinhar. - Ela aproximou-se de Aki para ver o que o mesmo estava fazendo.
- Ele cozinha muito bem! - Denji falou, animadamente.
- Se eu não aprendesse, ia morrer de fome. - Aki explicou. - Senta lá, já tô quase terminando. - Assim, Aika fez. Notou um olhar vindo de Denji, mas não ligou.
Em alguns minutos, Aki serviu o jantar e sua irmã analisou o prato, cuidadosamente, antes de falar:
- Parece bom, mas tem certeza que não tem veneno?
- Eu não gastaria veneno com você, come, antes que esfrie.
- Muito atencioso. - Ela olhou para o loiro e viu que ele comia com uma aura feliz. - Ele mora aqui? - Denji parou e olhou para Aki.
- Sim. É uma longa história, depois te explico.
- Não precisa me dar satisfação da sua vida, só perguntei. - Começou a comer.
- Já falei pra ele não mexer com você. - Aika riu. Denji ficou olhando, indignado, com a forma que eles conversavam como se ele não estivesse ali.
- E quem disse que eu preciso que você fale esse tipo de coisa? Posso cuidar de mim mesma. Você tá parecendo um complexado, credo.
- É que o Denji é mulherengo.
- Eu não! - O loiro finalmente falou.
- Realmente, ninguém te quer, mas se quisesse, você seria. - Todos continuaram comendo, em silêncio total.
Aki foi para o seu quarto, assim que terminou de comer, Aika disse que lavaria a louça, para que ele pudesse descansar. Havia trabalhado muito ultimamente, coisa que sua irmã não gostava, ela odiava saber que ele ficava afogado no trabalho e acabava não vivendo.
- Ei, Denji, onde pensa que vai? - Aika puxou-o pela gola da camisa antes que ele pudesse se distanciar mais.
- Para a sala.
- Você vai secar e guardar a louça.
- Eu também tô cansado.
- Pode descansar depois.
- Eu carreguei suas malas, três vezes! Quebra esse galho pra mim.
- Mais que chato! Sua mão não vai cair se secar. - Ele assentiu e fez tudo com cuidado, adorava uma garota irritada.
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𝐴𝑀𝐼𝑍𝐴𝐷𝐸 𝐶𝑂𝐿𝑂𝑅𝐼𝐷𝐴 - Denji ✓
Fanfiction⇢ デンジ 🍞 ᴀɪᴋᴀ ᴛᴇᴍ ϙᴜᴇ ʟɪᴅᴀʀ ᴄᴏᴍ sᴇᴜs sᴇɴᴛɪᴍᴇɴᴛᴏs sᴇᴍ ᴄʀɪᴀʀ ɴᴇɴʜᴜᴍᴀ ᴇsᴘᴇʀᴀɴᴄ̧ᴀ, ᴊᴀ́ ϙᴜᴇ ᴅᴇɴᴊɪ ᴇsᴛᴀ́ ᴄᴏɴғᴜsᴏ ᴇ ɴᴀ̃ᴏ sᴀʙᴇ ᴏ ϙᴜᴇ sᴇɴᴛᴇ. ᴍᴀs ɪssᴏ ɴᴀ̃ᴏ sɪɢɴɪғɪᴄᴀ ϙᴜᴇ ᴘʀᴇᴄɪsᴀᴍ ᴄᴏɴᴛɪɴᴜᴀʀ sᴇɴᴅᴏ ᴀᴘᴇɴᴀs ᴀᴍɪɢᴏs ᴄᴏᴍᴜɴs... ❝𝔈𝔵𝔦𝔰𝔱𝔢 𝔲𝔪𝔞 𝔠𝔢𝔯𝔱𝔞 𝔡𝔢𝔰...