XIX

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Aika acordou assustada, sentindo alguém abraçando-a forte, mas lembrou que havia dormido com Denji e rapidamente tranquilizou, pelo menos um pouco, já que ele estava afagando-a em seu peito nu.

Sentou-se e sentiu uma enorme preguiça. A casa estava silenciosa, pelo visto, ninguém havia acordado ainda. Denji parecia acordar, abriu os olhos lentamente e ao ver Aika, abraçou as pernas dela.

- O que tá fazendo?

- Não levanta agora.

- Não posso ficar no seu quarto eternamente.

- Mas não seria ruim se isso acontecesse.

- Vai sonhando.

- Fica aqui, só um pouco.

- Você tá se iludindo demais, monobola.

- Só quero ficar perto da minha amiga.

- Sei...

- Eu gosto de te abraçar, qual é o problema?

- Sei lá. Se ficar me abraçando sempre vou acabar criando esperanças...

- Vou me esforçar pra esclarecer logo o que eu sinto, tá bom?

- Só não faz besteira. Se forçar algo, pode ser que se arrependa depois.

- Não vou.

Ouviram um barulho alto, alguém estava batendo na porta, tão forte que podia quebrar.

- Caramba. Já vou, vai quebrar a porta? - Aika correu para ver que estava fazendo aquele fuzuê e Denji foi logo atrás.

Ao abrir a porta, deu de cara com Kishibe, bebendo algo alcoólico.

- Ah, senhor Kishibe. Eu não sabia que viria, desculpe. Acabamos de acordar.

- Entendi. - Ele deu uma olhada no garoto que estava sem camisa e com o rosto meio avermelhado. - Não durmam tão tarde na próxima.

- Vai ter treinamento, hoje? - Abriu um espaço para que o homem entrasse.

- Exatamente. Soube que houve uma festa com uns membros da segurança pública ontem, mas acho que vocês não beberam, não é?

- Não.

- Não sabem o que estão perdendo... Bom, já comeram?

- A gente acabou de sair da cama, não tive tempo nem pra cagar. - Denji resmungou.

- Vão comer. E coloca uma roupa decente. Quero vocês prontos em meia hora, chamem a infernal também.

- Ok... - Kishibe saiu rapidamente.

*

Denji estava tendo problemas com os botões em sua camisa, novamente. Aproximou-se de Aika, que estava arrumando o cabelo, fingindo inocência esperando que ela se oferecesse para ajudá-lo, o que não aconteceu.

- Ei, Aika.

- Não aguento mais ouvir você me chamando.

- Eu só ia pedir ajuda... E quer que eu te chame como?

- É que você me chama tanto que dá raiva.

- Prefere que eu te chame de outra forma?

- Prefiro que pare de me chamar toda hora. Vou acabar enjoando do meu próprio nome. - Denji a abraçou de lado, fazendo a distância entre eles deixar de existir.

𝐴𝑀𝐼𝑍𝐴𝐷𝐸 𝐶𝑂𝐿𝑂𝑅𝐼𝐷𝐴 - Denji ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora