Capítulo 12 (A.f)

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Em uma escuridão onde nada pode ser visto, a respiração ofegante pode ser sentida em seu ouvido. Seu nome é sussurrado como um gemido. Pheli'n...

As mãos grossas e calejadas passeavam por suas costas, descendo e se firmando em sua cintura, puxando seu quadril para intensificar a força com que se roçavam um no outro. Hmm...

A fricção entres os pênis, a conexão entre os lábios; tudo isso era sentido por Pheli'n. As mãos que seguravam sua cintura se moveram para sua barriga e desceram até ambos os pênis, os unindo e os masturbando em conjunto. Jac...

Pheli'n sentia seu corpo tremer com o arrepio de estar sentado sobre o colo de Jacob, completamente nu, assim como ele.
O beijo ardente era um círculo vicioso. Mesmo roubando o fôlego, era um anseio recorrente de ambos os homens.

O suor escorria pelos corpos, em um calor que só parecia ser mais estimulante ao prazer. Jacob prosseguia seus movimentos, masturbando Pheli'n com intensidade, fazendo-o inclinar sua cabeça para trás, soltando gemidos despreocupados com a possibilidade de um ouvinte.

Talvez isso fosse perigoso. Alguém poderia ouvir; entretanto, a terra dos sonhos é o lugar mais livre que existe. Nos sonhos você pode fazer o que quiser, onde quiser e com quem quiser. Ninguém pode lhe incomodar ou lhe impedir. Você pode viver o que quiser; mas há uma parte desagradável... Acordar.

Ao abrir os olhos, Pheli'n deu de cara com a madeira da parede. Estava deitado de frente para ela, de costas para a parte em que não devia haver nada. No entanto, ele sentia algo por trás de si. Parecia ser outra pessoa, mas não, não podia ser. Pheli'n não lembrava de ter se deitado com ninguém.
Deve ser um travesseiro, ou algo do tipo.

De repente, ele sentiu algo que definitivamente não era um travesseiro. Uma mão, que deslizou para sua barriga sem qualquer preocupação. Lembrando de seu sonho, Pheli'n se perguntou se foi somente um sonho. Mesmo em demasiado choque, ele começou a tomar coragem para se virar e ver quem estava o envolvendo naquela conchinha confortável.

A manhã estava fria, e aquele corpo quente que o abraçava era muito bem vindo. No entanto, a preocupação ainda existia pelo fato de não saber quem era.

― Hmm... ― um gemido manhoso soou por trás de Pheli'n. Então a mão puxou sua barriga, juntando seus corpo enquanto passava a perna por cima da sua. ― Amora... ― Pheli'n ouviu Ji-ham sussurrar em seu ouvido. Ele nunca sentiu um arrepio tão súbito surgir em sua espinha, lhe congelando completamente.

― Ji-ham!? ― Pheli'n gritou, se virando imediatamente para trás.

Ji-ham, ao abrir seus olhos, também se espantou. Tanto que até caiu para fora da cama.

― O que tá fazendo na minha cama? DE NOVO! ― Pheli'n perguntou, se cobrindo com os lençóis, com medo da resposta de Ji-ham.

― Ãh? ― Ji-ham parecia não entender a situação. Ele massageava sua testa, que havia batido ao cair da cama. ― O que tá falando? Essa é a minha... ― parou ao ver que estava mesmo dormindo na cama de Pheli'n. Então se jogou no chão, dando gargalhadas incontroláveis.

― Acha isso engraçado? Vou te acertar com... ― Pheli'n olhou em volta e então pegou o livro dos marinheiros que estava sobre a escrivaninha. ― Esse livro!

― Ficou bravinha, senhorita Amora?

― Ji-ham, eu falo sério!

― Tá, tá! Calma. Não foi de propósito ― Ji-ham levantou, dando as costas para Pheli'n. Começou a escolher entre as camisas que estavam espalhadas pela sua cama. ― Eu sonhei que dormia em uma nuvem muito macia. O nome dela era Amora. Ah, amora era um amor de gentileza, sabe? ― Ji-ham suspirava, contando sobre seu sonho, que parecia ter sido o melhor da sua vida.

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