Capítulo 23 (A.f)

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Na cabine principal, ecoavam os ofegantes e trêmulos gemidos de Ji-ham. Deitado sobre um chão gosmento por sangue, ele remexia o corpo, sentindo uma inquietação que era mista ao prazer de ter Bosco engolindo seu pau. Era gostoso, mas de um jeito estranho. Ji-ham se forçava a conter seja lá o que parecia querer explodir e escorrer pelo seu pau.

Com a mão direita na boca, Ji-ham abafou a vontade de gemer mais alto que lhe tomou abruptamente ao sentir Bosco chupitar a glande, tão sensível, de seu pênis. Seus músculos inteiros se retraíam, e suas pernas tremiam sem parar. Era um tremor novo para Ji-ham, um que não conseguia esconder. A cada chupada específica que Bosco dava na glande, Ji-ham tinha um espasmo. Era um tipo de tortura, embora fosse também, prazer percorrendo seu corpo de maneiras únicas.

A boca de Bosco descia e subia deliciosamente, fazendo Ji-ham sibilar, ofegar e gemer baixinho. Mas Bosco queria ver até quando Ji-ham conseguia se controlar. Ficando agressivo, Bosco começou a sugar a glande, enquanto sua mão masturbava o corpo do membro com rapidez e firmeza. O coração de Ji-ham nunca esteve tão acelerado. Ao menos, não por algo bom como aquilo. Os gemidos sussurrados por Ji-ham ficaram desenfreados.

Então um mais alto e agudo escapou, antes de Ji-ham conseguir se calar com desespero. Apertando as mãos contra sua boca, a testa e os olhos de Ji-ham se franziram. Em um ápice que tomou seu corpo, seus músculos inferiores se enrijeceram, enquanto seu pau pulsava na mão de Bosco, jorrando o esperma esbranquiçado. E não foi pouco. Bosco sorria de modo vitorioso, observando o espetáculo que era aquela fonte jorrando e caindo sobre sua mão.

Ofegante, Ji-ham cobriu os olhos com uma das mãos. Seu corpo relaxava, fazendo ele voltar aos pensamentos minimamente racionais. Como minha primeira vez pôde ser tão inacreditável?

― Diz agora que me odeia ― aquela voz doce e vitoriosa soou carinhosamente no ouvido de Ji-ham. Um arrepio subiu pela sua nuca, mas ele disfarçou com risos.

― Tão convencido... ― respondeu, tirando sua mão do rosto para olhar Bosco nos olhos. Ambos sorrindo. ― Isso não quis dizer nada. Eu posso te odiar ainda mais. E eu odeio.

Sentindo um dedo subir pelo seu pau, Ji-ham ofegou, puxando ar pela boca em desconcerto. Quando o dedo de Bosco oscilou sobre a glande, Ji-ham o parou em desespero. Estava muito sensível, era torturante.

― Você é interessante... ― uma expectativa cresceu no olhar de Bosco, junto a um sorriso sedento. Ia pegar Ji-ham em um beijo, quando parou de repente, com uma feição pensativa. Parecia desconfiado, percebendo algo errado.

― O. O quê foi? ― Ji-ham perguntou.

― Parou ― Bosco levantou o indicador, fazendo menção ao Convés. ― Lá em cima.

― Será que estão...?

― Não ― Bosco afirmou. ― Escuta. São passos. Devem estar cuidando dos estragos. Aquelas coisas... Elas se foram.

A guerra parecia ter acabado. Sem razão, simplesmente acabou.

― Posso... Me vestir? ― Ji-ham ainda estava indeciso se acabou. Ouviu todas as experiências de Pheli'n, mas agora, na sua vez, ele estava completamente perdido.

― Ah, que fofo... ― Bosco abriu um sorriso para Ji-ham. ― Você pedindo permissão.

― Ah, vá a merda! ― Ji-ham levantou e arrumou sua camisa amarrotada. Depois começou a fechar sua calça, dizendo: ― Sabe. Apesar... ― ele pensou um pouco. ― Disso tudo. Você continua sendo muito irritante.

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