Não somos amigos

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Aviso: Por favor, verifique a classificação indicativa da história. 🔞

Sempre escrevo os personagens no terceiro ano da UA, no caso fazendo as contas dos acontecimentos do mangá eles já tem mais de 18 anos! ;)

***

Ochako piscou algumas vezes antes de desviar os olhos de Katsuki.

Se divertia com o fato dele ficar levemente irritado por ela retribuir o olhar, colocando o livro no canto do degrau que estava sentada ela se levanta tendo uma ideia, e querendo colocá-la em prática o mais rápido possível.

Uraraka desce os próximos três lances de escada com uma certa empolgação, indo na direção da porta, sumindo pelo corredor.

Sendo mais discreta possível foi até a cozinha e abriu a geladeira pegando o pudim que tinha feito mais cedo, tirou uma fatia consideravelmente farta para uma única pessoa comer, acomodou o pedaço em um potinho redondo e pegou duas colheres de sobremesa voltando para onde tinha deixado Katsuki.

Ela corria o risco de ele ter ido embora, mas não se deixou abalar, comeria sozinha se fosse o caso! Mas ele estava lá, sentado, quieto no mesmo lugar.

Umas das sobrancelhas dele se ergueu, quando ela entrou no local, mostrou o pedaço de pudim como se fosse a coisa mais deliciosa do mundo, com a outra mão balançou as duas colheres de sobremesa.

— Quer dividir? — Perguntou animada.

— Não gosto de doces! — Disse estreitando levemente os olhos para ela.

Ele a viu murchar no mesmo instante, fazendo um leve biquinho em seus lábios de insatisfação.

- Não sabia disso. - Ochako se sentou encarando as duas colheres que segurava.

Katsuki revirou os olhos desceu os dois degraus se sentando ao lado dela, pegou umas das colheres é se serviu de um pedaço pequeno do doce.

Franziu o rosto quando a doçura da sobremesa atingiu seu paladar. - Muito doce. - Afirmando o que já sabia.

— Vamos, não é ruim, é só comer devagar. — Ela disse de boca cheia. Queria aproveitar aquele momento, ele nunca foi tão receptivo.

Por mais que fosse uma coisa simples estarem dividindo um pedaço de sobremesa era um verdadeiro milagre da parte dele.

Bakugou se inclinou para pegar outro pedaço menor do que o primeiro que tinha comido. Foi quando Ochako se deu conta do quão perto ele estava, a lateral da sua perna tocava a dele completamente, sentiu seu rosto esquentar.

Já tinha admitido a si mesma que estava interessada por ele. — E quem não estaria? Ele era intrigante demais para não ser notado. — Se serviu do último pedaço do pudim sabendo que aquilo seria o fim daquela proximidade.

Os dois colocaram as colheres dentro do potinho, ela sorria sem conseguir esconder sua alegria por ter conseguido interagir com ele normalmente.

— Não fique achando que somos amigos. - Bakugou disse o mais rápido possível ao perceber o entusiasmo da garota.

Ela colocou o potinho em cima do livro que estava no degrau e se virou para ele com a intenção de reclamar sobre o que tinha dito, mas do nada ele levantou uma das mãos e tocou seu rosto com o polegar bem próximo da sua boca.

— Tem doce no seu rosto. — Falou tirando a calda de caramelo que estava na cara dela.

Ochako segurou o pulso de Katsuki por reflexo, foi rápido, mas podia jurar que ele tinha se arrepiado com seu toque.

Olhando para a mão dele suja de caramelo, ela não saberia dizer por que fez o que fez.

Tudo aconteceu em câmera lenta, ela se inclinou, abocanhou o dedão dele, chupando-o.

Nem em seus pensamentos mais impuros Bakugou acharia que ela seria capaz de fazer tal proeza!

Ela o olhava com a cara mais sexy que já tinha visto na vida, aquilo era outro nível de provocação.

— Ochako você não tem noção com quem está brincando. — Disse encarando-a.

— Porque Katsuki, o que você vai fazer? - Ela disse num tom provocante.

Aquilo foi o fim e o começo de algo, do qual ambos não saberiam explicar!

Ele se inclinou e a beijou.

A beijou com vontade, seus lábios eram macios e quentes. Sua língua retribuía cada avanço dele. Ela demostrava que queria aquilo na mesma intensidade que ele, sentiu suas mãos subirem por seu pescoço puxando-o para mais perto.

Mas não era o suficiente. Interrompendo o beijo, ele se levanta puxando-a pelo braço e a encosta na parede.

Eles se olharam por alguns segundos antes de se beijarem novamente se entregando um ao outro.

Katsuki segurava a cintura dela com vontade, aos poucos seus corpos se tocaram por inteiro, ela o envolveu em um abraço convidativo, mas o tecido impedia que sua vontade de tocá-lo fosse saciada.

Se permitindo ser atrevida mais do que já tinha sido, Ochako colocou suas mãos por dentro da regata dele, Bakugou estremeceu levemente com o toque, tudo aquilo parecia um frenesi, quanto mais ele tinha mais ele queria.

Se deixou envolver pelo desejo e retribuiu o toque, apertando os seios dela por cima da blusa, fazendo Uraraka gemer em seus lábios.

Aquele som era maravilhoso.

Deslizando sua mão direita pelo pescoço dela, entrelaçando seus dedos em seu cabelo, puxou levemente fazendo a cabeça dela se inclinar para o lado, parando o beijo.

De olhos fechados ela esperou os lábios dele tocarem sua pele, ganhou um selinho no canto da boca.

Depois em sua bochecha, outro próximo ao seu ouvido. Cada beijo era mais gentil que o outro.

Se arrepiou quando o próximo foi em seu pescoço, ele trilhou uma linha reta até seu ombro, um beijo de cada vez.

Ela queria retribuir cada arrepio que ele causava nela, deslizou suas mãos pelo abdômen dele, descendo até o V que tinha em seu quadril. A ponta dos seus dedos tocou o cós da box dele, quando seus dedos começaram a entrar por debaixo do tecido Bakugou segurou sua mão.

Ochako abriu os olhos tentando entender o que aconteceu, ele a olhava sério, mas suas pupilas estavam completamente dilatadas.

A voz dele saiu baixa e tensa. - É melhor eu ir embora antes que a gente faça alguma loucura aqui.

Suas bochechas arderam com o pensamento involuntário que teve por causa de suas palavras. Ela tinha esquecido onde estava, mas ele tinha razão, ali não seria o lugar certo para isso!

Ela concordou com a cabeça.

Bakugou deu um passo para trás dando espaço a ela para se arrumar, ele ajeitou sua regata que estava toda torcida.

Pensou em tudo o que tinha acabado de acontecer e concluiu que devia ter ficado louco por ter começado isso, mas seus pensamentos foram interrompidos pelas palavras dela.

— Você tem razão, não somos amigos. — Ela fala dando um sorrisinho de canto de boca.

Ele abriu um sorriso maroto no rosto e respondeu.

— Não mesmo. — Ele se inclinou dano um beijo casto nela. — Tchau — Virou-se indo embora subindo as escadas.

Ochako ficou alguns minutos parada ali, com os olhos fechados, tentando absorver o que tinha acabado de acontecer, seu peito mal cabia a empolgação que sentia, nunca acreditou que ele correspondesse suas intenções, mas pelo contrário, ele a queria, assim como ela também queria ele.

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Nota: Tinha esquecido como essa história vai de 0 a 100 muito rápido! Kkkk

Obrigado se você chegou até aqui feedback são sempre bem vindos se são com a intenção de ser construtivos!

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