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  Eu acordei em um hospital sem noção do tempo, ainda era noite? Ou já era o dia seguinte?
Parecia que eu já estava desacordado a anos, que loucura.

Eu ouvi uma voz feminina e logo em seguida ouvi uma masculina, que era meu pai, mas a outra não era minha mãe.

Meu pescoço doía a cada movimento que eu fazia, quando eu consegui virar eu vi meus pais conversando com uma enfermeira quase do meu lado, mas ainda longe o suficiente para não me fazer ouvir direito.

– Vocês tem certeza que ele só caiu? – A enfermeira disse e olhou uma caderneta que segurava. – Os hematomas estão mais fortes para um tombo, parece mais que bateram nele ou algo assim. – Ela encarava meu pai.

– Me desculpe, mas, você tá dizendo que eu bati no meu próprio filho? – Meu pai disse, parecia zangado.

– O que? Não, longe de mim, eu nunca falaria isso, eu só estou te dizendo que ele provavelmente apanhou, e não caiu, mas se vocês estão dizendo. – A enfermeira disse de novo e meu pai franziu a testa.

– Ele provavelmente deve ter se metido em uma briga, você sabe como são esses adolescentes. – Meu pai riu e se virou para mim, eu virei o rosto de novo, mesmo com dificuldade.

– Tudo bem, mas ele está realmente muito machucado, então vai sentir muito mais dor quando sair daqui, então eu vou dar alguns remédios para dor. – A enfermeira deixou meus pais sozinhos e eu senti um enorme sono, como se fosse uma enorme onda de maconha, que louco.

Eu me encolhi na cama e tentei relaxar, mesmo com a dor eu ainda estava com um sono absurdo, quando eu olhei no relógio marcavam exatos três da manhã.

Eu olhei para os meus pais de novo e vi meu pai me encarando, mas mesmo assim fechei meus olhos e tentei dormir.


"Beomgyu foi jogado no chão com força, seu braço machucado ficou pior ainda, seu corpo inteiro doía e ele não conseguia mais andar, e seu pai então? Batia cada vez mais.

– Seu desgraçado, você sabe como sua mãe ficou preocupada? – Ele ajoelhou perto do garoto, pegou em sua garganta e começou a apertar. – Você é um viciado, desde quando usa drogas, hein?

– Desde quando você bebia que nem um porco, seu nojento. – Beomgyu sussurrou se sentindo fraco por conta da falta de oxigênio. – E eu não uso droga.

– Seu filho da puta! – O pai jogou o garoto no chão de novo. – Não usa droga? E como explica a chamada do diretor que dizia que você foi pego usando droga na porra do banheiro da escola?!

O pai se levantou de novo, chutou o estômago de Beomgyu, e o garoto cuspiu sangue, e ele se sentia como se tivesse voltado a ter dez anos, e ele se sentia doente.

O homem mais velho pegou o garoto pelo braço e praticamente o arrastou, o jogou na parede, o fazendo ficar sem ar por alguns segundos, e se aproximou do garoto.

– Querido, por favor, para! Você vai acabar matando ele. – A mãe de Beomgyu tentava impedir o marido, mas ele não a ouvia mais.

– Não! Ele vai aprender a lição dele, por bem ou por mal. – Tirou o cinto da calça e o prendeu na mão.

Quando viu aquele cinto, Beomgyu sentiu mais pânico do que nunca, e novamente, ele sentiu como se tivesse dez anos de novo.

O pai então bateu nas coxas do garoto, que mesmo cobertas, ainda doía que nem o inferno, e eram várias vezes o cinto na coxa do garoto.

Beomgyu não conseguia fazer mais nada do que chorar, mesmo sem lágrimas e seus olhos secos, as lágrimas caiam descontroladamente por conta da dor, e ele via suas calças rasgadas, e suas coxas sangrando de tanto que seu pai o bateu.

That boy from the school bandOnde histórias criam vida. Descubra agora