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  Eu acordei sozinho, com Beomgyu abraçado comigo, ele parecia ter pegado no sono mais tarde que eu, já que ele ainda dormia bem pesado.

Minha barriga roncava muito, e eu só me perguntava se a mãe de Beomgyu tinha feito algo para comer.

– Gyu-ah.. – Eu coloquei minhas duas mãos nos dois lados de seu rosto. – Eu vou pegar um pouco de água lá em baixo, você quer?

Ele resmungou algumas coisas e mexeu sua cabeça como um sinal de não, Deus, ele era adorável.

Eu coloquei a minha camiseta e desci para a sala, onde estavam a mãe e o pai do Beomgyu, eles olharam para a escada e a mãe dele veio até mim.

– Querido, você quer algo? – A mãe dele pegou na minha mão e parecia preocupada. – Eu posso fazer um pão pra você comer, você quer?

– Eu só quero uma água, por favor. – Eu falei e ela se afastou de mim, indo para a cozinha, eu fiquei parado na escada, com o pai de Beomgyu me encarando.

– Não sabia que meu filho namorava, ainda mais com um garoto. – O pai dele de repente disse virando o rosto para a televisão.

– A gente não namora, e se você conhecesse o seu filho saberia também que eu sou um amigo dele. – Eu falei e me apoiei no corrimão.

– Que seja, não quero que vocês andem mais juntos, você não é boa coisa, está influenciando ele. – Ouvir aquilo fez meu sangue ferver, o Beomgyu nunca fez mal nenhum.

– Seu filho não é influenciado por mim, não fala dele assim. – Eu falei. – Você não conhece o seu filho o suficiente pra falar assim dele.

– Eu conheço ele mais do que você, eu conheço dele desde que ele nasceu, na palma da minha mão. – O pai dele disse e riu.

– Você pode ter certeza que eu conheço seu filho mais que você. – Eu olhei para ele de novo. – E você não é meu pai pra me proibir de falar com quem eu quiser.

– Não sou o seu pai mas sou o pai dele, se eu quiser eu proíbo ele de falar com você. – Ouvir isso me fez me sentir estranho de alguma forma, não sou amigo de Beomgyu, eu só queria ajudar ele, mas isso fez com que eu sentisse uma sensação mais estranha.

– Tanto faz. – A mãe de Beomgyu apareceu e me deu o copo de água, junto com um comprimido para dor.

– Por favor, dê isso pra ele, o Beomgyu não vai querer tomar se eu for lá em cima. – Ela me entregou o comprimido e eu subi para o quarto novamente.

Quando eu entrei no quarto vi Beomgyu sentado na ponta da cama mexendo no celular, ele olhou para mim e suspirou aliviado.

– Toma isso, é pra dor. – Eu entreguei o comprimido e o copo de água.

– Eu não tomo comprimido. – Ele me disse antes de colocar o comprimido na minha mão de volta.

– Mas você tem que tomar, vai melhorar sua dor. – Eu disse e coloquei o comprimido na mão dele de novo.

– Eu tenho medo. – Ele disse e virou o rosto.

– Medo de que? É só um comprimido, não vai te matar nem nada. – Eu disse e ergui minha sobrancelha.

– Eu vou engasgar. – Ele disse e me olhou indignado.

– Você não vai engasgar, toma logo. – Eu falei e empurrei o copo de leve.

Ele colocou o comprimido na boca e um pouco de água, ele engoliu com receio. – Ah. – Foi a única coisa que ele disse.

– Você quer ajuda? – Eu disse e ele me olhou confuso. – Digo, quer ajuda pra tomar banho? Eu não acho que você tenha tomado quando chegou em casa, e você precisa trocar os curativos.

That boy from the school bandOnde histórias criam vida. Descubra agora