Capítulo 1

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allysa

meu corpo doía, e o despertador estava tocando, outra vez. estava começando a incomodar.

me levanto quando toca pela segunda vez, iria acabar me atrasando, me levanto, porém meu corpo não queria me obedecer.

estava a alguns minutos dentro do box esperando o chuveiro aquecer, porém parecia que nunca esquentava, finalmente deixo a água correr pelo meu corpo desnudo, minha cabeça agora funcionava com clareza .

estava desleixada esses últimos tempos, estou no segundo ano da faculdade de administração , porém as pessoas da faculdade... eles são cruéis, sim. extremamente cruéis.

estava no closet, procurando uma roupa confortável, que fosse quentinha, hoje estava frio.  opto por uma calça jeans rasgada no joelho e um moletom curto beje, eu não estava com muita fome, mas minha barriga roncou quando  cheguei na porta da cozinha.

- bom dia, lore. - beijei a cabeça da minha linda amiga loura, ela tinha voltado de viajem a umas 2 semanas, estava com os pais.

enquanto ela viajava tivemos que sobreviver com a comida ruim da kiara.

- bom dia, tome  seu café as meninas estão te esperando.

peguei o prato, indo comer a panqueca que tinha sido feita para mim.

A faculdade não era tão longe, então cheguei depois de uns dez minutinhos dirigindo, meu carro tinha uma vaga própria, então não precisaria ficar procurando vaga para estaciona.

quando entro na faculdade o sinal já estava para bater então sigo direto para meu armário pegando meus livros.   a professora já estava na sala quando cheguei, então fui direto para minha mesa.

as meninas eram de outro curso.

prestei atenção em sua aula, e comecei a copiar o dever do quadro, estava até fácil, guardei meus livros no pequeno batente que tinha na mesa, não sei como se chama, minhas mãos agarram um pequeno papel enrolado a umas figurinhas...

deixo os meus livros ali e pego o papel o livrando das figurinhas, tentando ao máximo não o rasgar     

- Está tudo bem, allysa? - de repente todos pareciam me olhar.

pisco um tanto de vezes totalmente desnecessárias.

- Sim, professora, sinto muito. - Guardo o bilhete no bolso da calça, fazendo uma anotação mental em abri-lo depois.

A professora saiu alguns minutos depois, estava na hora do intervalo então me levanto para comer alguma coisa.

o refeitório estava cheio, então pego minha comida e vou para uma parte afastada do pátio, sento-me em uma mesa de madeira pegando o pequeno bilhete.

Oi, converse comigo? qual sua cor favorita? oque você gosta de fazer?

Penso um pouco se deveria responder o pequeno bilhete que estava em minha mão, agora, totalmente amassado.

eu queria saber quem escreveu o bilhete, amasso ele e coloco novamente no bolso.

eu termino de comer e volto para sala, faltava umas três aulas para acabar, sento-me e me pergunto se quem colocou o bilhete é daqui da sala.

eu cheguei aos Estados unidos com 18 anos, meus pais são de alto ramo na sociedade, e por consequência disso eu não tenho muitos amigos, já que quando cheguei na faculdade já estava no meio do ano e por consequência acharam que eu fiz alguma coisa para passar de ano

como pagar a diretora ou seduzir os professores com meu rostinho bonito, sim me falaram isso, eu quis dizer que eu passei por ser inteligente, não por qualquer outra coisa, quando cheguei em casa chorei, chorei muito

até agora só chegaram em mim para tirar dúvidas ou me infernizar. nem ligo mais.

de repente eu já estava pronta para ir embora, passo por alguns garotos do time de futebol, que... me chamam?

- Ei, garota - falou um pouco mais alto do que deveria.

Por um certo tempo, tento saber se ele realmente estava falando comigo. Eu sentia vergonha, as vezes eu respondia e nem era comigo.

Mais tenho certeza, ele me chamou de novo.

-Sim? - volto um pouco para ficar em sua frente.

ele parece analisar todo meu corpo, por alguns segundos e eu duvidei se ele realmente estava falando comigo, merda que vergonha, tento voltar por onde eu vim, mas ele me puxou pelo braço.

- Deixou cair - ele me estende o bilhete já aberto, ele leu? droga, deve está pensando que sou carente, mas seu rosto demonstra confusão e uma certa satisfação.

ele ainda não me entregou o bilhete.

O pequeno bilhete estava completamente amassado, talvez da figurinha que antes o prendeu, mas agora do aperto que aquele homem segurava.

ele me olha mais uma vez antes de entregar o bilhete e sair com os garotos que estava te acompanhando, que estranho...

Não demoro para sair de lá, aquele lugar era um pesadelo.

sigo para fora, atrás de meu carro.

Casa, é disso que eu preciso, entro no carro esperando pacientemente as meninas chegarem.

Aquele garoto, ele é da manhã.

Bom, as vezes a equipe de basquete fica até tarde para treinar.

Eu nunca tinha visto ele, deveria ser novo no time, apesar de que os outros garotos pareciam respeita-lo!

ligo o carro vendo as meninas se aproximar, pareciam tartarugas, de tão lerda.

respirei fundo quando elas se acomodaram no banco, rumo a minha casa.

Hoje foi estranho, para um pouco para processar tudo.

****

Oioioii

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Subo para meu quarto, e joguei- me na cama pensando um pouco, até que me levanto, caminhando até a minha escrivaninha.

Tiro o bilhete do bolso da calça e analiso pela segunda vez.

Coloco-o sobre um livro, pegando uma caneta preta, me inclino lentamente sobre a mesa, que estava muito gelada pelo ar condicionado que cercava o ambiente.

Respiro fundo antes de escrever uma resposta para aquele bilhete, que até então, não fazia ideia de quem havia mandado.

Coloco a proteção da caneta, arrumando minha postura, me dirijo até a janela vendo uma pequena fresta de luz.

Dormi com ela entre aberta...

***

Oioioi, deixem a ⭐

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