Capitulo 34

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Luke Mori

Eu sabia que no momento que ela aceitasse o namoro falso a minha vida mudaria, mas eu queria isso.

Eu estava pronto pra tudo, tudo com ela.

Seu braço estava agarrado no meu tronco, sua cabeça no meu peito, a única coisa que eu escutava na sala escura era sua leve respiração.

Eu tentei sair do seu aperto, tentativa inútil.

Eu passei meu braço pelas suas coxas e coloquei ela em cima de mim, mesmo ainda estando deitado, impulsionei o meu corpo e levantei com ela nos meus braços.

Eu passei pelos meninos que estavam deitados no chão, cheguei em frente à escada subindo lentamente, o seu rosto sereno me fez sorrir, quando encontrei seus olhos abertos tive vontade de beija-la.

Ela não reclamou, apenas se arrumou nos meus braços e me assistiu subi escada a cima.

Sorri de leve e passei pela sua porta, fechei a porta com o pé e a coloquei na cama.

-Boa noite, brilhante. -Eu dei um beijo na sua testa, despedida, sem nenhuma malícia, só... despedida.

Ela segurou a minha mão, quando estava prestes a sair ela se estendeu e segurou a minha mão, seu sussurro me despertou do transe.

-fique! -Eu respirei fundo, meu estômago revirou quando eu me virei para te encarar.

uma palavra me deixou em completo transe.

A luz fraca, deixava seu rosto com sombras, seus olhos azuis já despertos, seu cabelo amarrado e seu rosto marcado pelo tempo que ficou deitada no meu peito.

Ela nunca esteve mais bonita.

-dorme comigo, só hoje. - ela sussurrou, sorri de leve e assenti.

Ela me deu espaço e estendeu o coberto para que eu entrasse.

Ela respirou fundo.

Silêncio.

Silêncio completo.

Não um silêncio constrangedor, era um silêncio confortável.

-qual a sua cor favorita?. - sua pergunta quebrou totalmente o silêncio, um canivete cortando um longo papel.

Eu olhei o despertador.

00:15, era esse o horário marcado.

-Preto,  por que é a cor do seu cabelo. - eu levantei o travesseiro me encostando na cabeceira.

Ela abriu a boca mais fechou logo depois.

-A minha é roxo. - ela pensou um pouco. - e preto.

Concluiu, eu assenti de leve.

Ela se virou de lado e levantou a cabeça para encontra o meu olhar.

Minha visão estava nela a cada segundo, não no seu corpo, nela, nos seus olhos, no seu rosto!

-Eu gosto quando você me olha assim. - ela disse.

-assim como. - não queria que a minha voz tivesse saído tão baixa, mas saiu.

Eu observei ela se arrumar na cama tentando arrumar uma resposta.

-talvez seja por que você não me olhe como se quisesse me levar para a cama, não a todo momento.

Ela disse, eu me arrependi de perguntar.

-Você acha que as pessoas tem esse sentimento constantemente? - ela afirmou na mesma hora.

-A gente sabe quando a pessoa tem segundas intenções.

Ela se sentou na cama e colocou o travesseiro encostado cabeceira da cama, se sentando do meu lado.

-sabemos quando o tom de voz é de malícia, sabemos quando a pessoa nós olha com outros olhos e sabemos quando a pessoa tá com maldade, é tudo intuição, mas o assedio é nítido.

Eu assenti, puto.

Puto por isso acontecer, com raiva pelas pessoas não terem respeito pelas mulheres, isso me deixava com tanta raiva.

Respirei fundo e concordei.

-Não ache nem por um segundo que sou esse tipo de pessoas, quando eu te levar para cama será com seu consentimento ou sua súplica.

obrigar um pessoa para seu próprio prazer é desprezível, ela vai ceder a mim, não tenho pressa para isso, nem um pouco.

Ela me encarou.

-o que te faz pensar que eu dormiria com você? - eu dei um sorriso de canto, seu rosto estava sendo iluminado pela led do quarto, umas da únicas fonte de luz daquele quarto.

Ela continuava me olhando, seguindo cada movimento que eu fazia.

-Eu já dormi com você, mas o que me faz pensar que foderiamos juntos, É o simples fato de eu ser irresistível!

Ela fez uma careta e negou com a cabeça, eu poderia ver o seu rosto tomando outro tipo de coloração.

Eu vi ela brincar com a mecha solta do cabelo enquanto evitava me olhar, minha mente foi para a tarde que estávamos no armário, eu sorri e voltei a olha para frente.

-Você me deixaria de joelhos por você, se quisesse.

A música.

A mensagem

E o bilhete.

escrevi essa mesma frase para ela, não uma vez, sim três, eu tentava mostra a ela, mas ela parecia nunca entender.

Ela deixou a mecha cair sobre os dedos e fechou a mão sobre o seu colo.

Seu maxilar travado, mas nada saiu da sua boca.

Ela olhou para o teto antes de arruma o seu travesseiro.

-Quem é você? - ela sussurou.

ela se deitou mas não quebrou o contato visual comigo.

Queria poder saber o que ela estava pensando, mas eu tinha certeza que passou pela mente dela pelo menos por um segundo sobre onde se meteu, sorri de leve.

-Seus pensamentos estão turvos pelos sono?, você sabe quem sou. - Seriedade em seu olhar, ela fechou os olhos e murmurou algo que não pude escutar.

Ela era a pessoa que queria.

Minha garota, minha brilhante!


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ela é tão lerda é tudo tão obvio 

Deixem uma estrelinha de incentivo.

My love's ticketsOnde histórias criam vida. Descubra agora