Capítulo 36

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Shamelees- Camila cabello
It'll be okay- shaw meendes

Allysa
Não poderia sequer colocar em palavras o tamanho constrangimento que tive essa tarde, eu me encostei na porta me permitindo o sentimento da derrota.

Talvez eu quisesse ultrapassasse o limite de uma regra que eu mesmo pus, Jesus.

Por que é tão difícil ser racional quando ele está perto, por que eu continuo caindo na tentação.

Respirei fundo finalmente criando coragem para entrar no banheiro, continuar com esses pensamentos não me levarão a nada, vou satisfazer pelo menos um desejo do meu corpo, eu me livrei das minhas roupas, elas caíram em meus pés quando eu me enfiei na banheira que não estava cheia.

Eu liguei a torneira esperando a água me abraçar por completo, eu deitei minha cabeça no encosto da banheira e permiti que a minha mão percorresse o meu corpo, não para me lavar, pelo contrário, pela sensação de finalmente ter conseguido satisfazer o meu corpo que queria tanto alívio pelo resto do dia, meu corpo estava sensível pelo meu orgasmo ter esperado tanto tempo, soltei o ar que prendia e finalmente movi lentamente minha mão pela minha barriga, o meu corpo se arrepiou com a delicadeza do toque.

Eu ainda podia sentir sua mão na minha bunda, a única coisa que me impedia de cair no chão, o sentimento de não ter controle, a única coisa que queria era ser fodida, estava disposta que acontecesse ali.

De repente minha mente me levou para o armário, para o volume das suas calças, Jesus.

Minha mão desceu ainda mais.

Naquela banheira eu deixei que meu corpo me dominasse e tirasse a minha razão, eu deixei que retirasse qualquer sentimento de mim, ainda assim consegui sentir ele, sentir um outro tipo de sentimento, eu desenvolvi algo a mais, algo que fez uma angústia crescer eu abri os olhos, meu coração bateu de forma descontrolada, eu despertei, meus olhos se arregalaram quando eu saí da banheira e amarei o roupão sobre mim, eu desliguei a torneira, Jesus.

Eu gosto dele, eu não estou apaixonada, mas eu gosto dele, sim!

É isso, eu me agachei no closet e peguei uma blusa grande, um short e vesti, não faria nada, nada disso era certeza, a única coisa que faria essa noite era me fundir com o sofá e assistir a um bom seriado, nada mais, nada menos.

Era tudo que precisava essa noite, espirrei um pouco de perfume de peguei o meu carregador e desci para a sala de estar, estaria sozinha até mais tarde.

Eu deixei o meu celular na mesa carregando fui pra cozinha e peguei uma pequena travessa de madeira, eu abri o pote de batata-frita e arrumei na travessa, coloquei Doritos e um pequeno pote com o rocambole que tinha sobrado.

Eu deixei o sorvete para depois.

Eu me sentei no sofá procurando qualquer série na Netflix, mas optei por uma que já tinha assistido, coloquei a série do começo e antes que eu desse play a companhia toca.

Eu peguei a chave destrancando a porta, eu semi cerrei os olhos, meu estômago revirou e senti a bile subindo garganta acima, eu abri os lábios e dei um passo para trás.

Eu olhei o buquê de rosas-roxa.

Eu não levantei o olhar para o entregador, mas ele estendeu para mim.

- para allysa, ela está?

Eu peguei o buquê da mão dele, totalmente chocada.

-quem mandou, sabe me dizer, senhor? - eu perguntei.

Ele negou lentamente com a cabeça lentamente.

-sinto muito, foi pedido virtualmente, para esse endereço, pediu para ser entregue a senhora, tenha um bom dia!

Eu fechei os lábios que estavam prontos para contestar, mas não podia, ele não tinha nada haver.

Eu entrei em casa, meu celular estava tocando mas eu resolvi ignorar, subi as escadas para o meu quarto, aquela flor é muito cheirosa, eu sorri e coloquei o buquê no mesmo jarro que guardava as outras, eu não pude evitar cheirar novamente antes de descer.

O celular continuava tocando, eu peguei ele em cima da mesa e desbloqueei

Era o Luke, eu atendi e esperei que sua voz soasse.
-está em casa?- ele perguntou.

-uau, nenhum "oi, como você está" ou um "boa tarde, eu queria saber como você está depois que te deixei sozinha em um vestiário depois de quase ter tirado sua roupa"  - eu disse com a voz banhada de sarcasmo.

-então você está em casa? - ele perguntou, eu revirei os olhos e desliguei a ligação, mas não deu tempo de me sentar no sofá, ele ligou de novo.

Eu respirei fundo e voltei o percurso atendendo a ligação.

-boa tarde, meu amor. Estou aqui na sua porta, pode me deixar entra? - eu revirei os olhos.

- não.

-é sério, me deixe entrar.

Eu desliguei e fui até a porta, sem nenhuma pressa, o celular começou a tocar de novo, eu achei graça.

Eu abri a porta e ele estava com o celular no ouvido com uma postura nada masculina, não me permitir rir, não na sua frente.

-Que susto, pensei que não ia abrir. - ele tentou passar por mim, mas fiquei na frente, impedindo que ele passasse.

Ele me colocou para o lado e entrou do mesmo jeito, pra variar.

Ele olhou pra sala e me olhou com um sorriso.
-posso te presentear com a minha presença?

-não. - ele revirou os olhos e olhou para a Tv. - o que você está assistindo, vamos assistir juntos.

Era incrível como ele tirava meu constrangimento.

-Os 100. - falei, ele se sentou no sofá e me chamou. - é bom?

Eu sentei um pouco distante dele, ainda estou brava.

-se não fosse eu não estaria assistindo. - ele fez uma careta, eu ri de leve.

Ele levantou e me puxou para o lugar que ele estava sentado, droga.

-por que fazemos isso? - ele me perguntou.

Eu olhei tentando entender o que diabos ele estava querendo dizer.

-por que não temos uma conversa normal, pra variar, ao invés de fingir que não aconteceu, diga o que te incomoda!


Era só um desses na minha vida.

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