Capítulo 24

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Luke

Deixei ela na sua casa e fui para minha, o meu corpo merecia um banho quente e meu estômago implorava por um sanduíche.

Tirei os meus tênis na entrada, eles estavam molhados então deixei ele do lado de fora para não sujar a casa.

Os meninos não estavam na sala, eu deixei a minha mochila no canto da porta e fui para cozinha, comer alguma coisa.

peguei as coisas para fazer um sanduíche, coloquei tudo na bancada e montei ele com tudo que tinha direito.

Eu deixei o prato vazio na lava louças, quando finalmente terminei de comer.
Estava tudo como tinha deixado, tudo no exato lugar.

Menos a minha mente, dentre todas as coisa, a minha mente estava muito barulhento e bagunçada.

Subo as escadas, tentando fazer o menor barulho possível.

Talvez isso significasse paixão, ou algo do tipo!

Os sentimentos que tenho por ela é real, eu sei disso.

Mas ela não precisa saber, pelo menos não agora.

Eu me livrei das roupas do meu corpo que estavam grudadas nele pela água.

A chuva tava forte lá fora.

O frio estava adentrando o meu banheiro e pude sentir o alívio do meu corpo quando a água quente entrou em contato com a minha pele fria.

Fiquei dentro do box por tempo suficiente para eu não me lembrar do motivo de todo o estresse.

A água passava pelo meu corpo e eu poderia escutar a voz dela na minha mente.

Cerrei os punhos e levantei a cabeça sendo atingido pela água no meu rosto, os pensamentos ficaram turvos e parece que toda agonia voltou para a minha mente.

Que merda!

Desliguei o chuveiro e peguei a toalha.

Chacoalhei o meu cabelo e pude sentir a água escorrendo pelo meu rosto, amarei a toalha na minha cintura e passei a mão pelo meu cabelo.

Destranquei a porta do banheiro e passei por ela, mas os meus olhos se prenderam nos azuis que me fitavam.

Na minha cama, sentada, me encarando.

Franzi minha testa, o meu cérebro tentava formular uma explicação para a sua presença.

-quer me dizer o motivo de estar aqui?. - perguntei, passei a mão no meu cabelo molhado recebendo respingos no meu rosto, ela me olhou e desviou o olhar, ela estava com um grande moletom branco que cobria todo o seu corpo.

Ela cruzou as pernas, olhou para todo quarto mas evitou o meu olhar a todo custo.

-o que vamos fazer agora?

Dentre todas as perguntas, eu fiquei com receio dessa.

Eu entrei no closet e fechei a porta.

-o que você quer fazer?

Perguntei.

Coloquei uma calça moletom cinza e sequei  o cabelo com a toalha que até pouco tempo estava amarrada na minha cintura.

-Eu não sei. - sua voz soou abafada por trás da porta, eu sabia que ela estava sem saída.

Era culpa minha ela está nessa situação.

Abri a porta do closet e eu inspecionei seu rosto, buscando qualquer sinal que me levasse a pensar que ela estava com receio, magoa ou desconforto.

Mas não encontrei

me encostei na parede, mantendo uma distância segura dela.

-Quer que eu quebre a cara de geral que está te incomodando?

Ela negou com a cabeça de forma brusca.

Virei a cabeça de lado e cruzei os braços, sua expressão não passava nada, ela estava emersa em seus próprios pensamentos.

Seu rosto estava um pouco corado, seu cabelo estava preso e eu poderia ver sua expressão facial.

Sorri de canto.

-Como isso vai funcionar? - sua voz soou baixa.

Eu andei até a cama me deitando de forma confortável.

-Agora você é minha namorada! -ela me olhou e pude ver o arrependimento que passou pelo seu rosto.

Talvez as coisas estejam funcionando de modo muito rápido, muito errado!!



Ele me deixa toda gregrenada, te amo Luke, te amo!

My love's ticketsOnde histórias criam vida. Descubra agora