Na volta para casa, Dahyun ainda estava um pouco temerosa, mesmo escapando com vida, não descobriu quem era o seu salvador. Dentro do palácio, Yoongi olhava pela janela atento ao retorno do pai, sabia que ele perguntaria sobre sua ausência na caçada matinal, mas não se importou muito já que o monarca não era um pai tão atencioso, no máximo, curioso. No decorrer da tarde, os cavalos estavam descansando no estábulo, enquanto o Rei Yoo e o porta-voz Jeongguk entravam pela sala do trono, Kent subiu apressado até o quarto de seu mestre, temendo o pior, mas sentiu alivio ao vê o jovem príncipe deitado em sua cama, lendo algum livro de história.
Sem demora, Rei Yoo subiu as escadas e abriu a porta do quarto de seu filho, o encarando mortalmente, Kent se manteve estático e em silêncio, Yoongi apenas sentou na cama e o olhou sem qualquer arrependimento do que havia feito mais cedo.
— Você acha que isso foi a postura de um futuro rei? Até quando vai me envergonhar na frente da corte real do Reino de Airohpue? — Falou exasperado e muito impaciente.
— Acho que a resposta o senhor já sabe. Nunca pedi para fazer acordo nenhum em meu nome, agora quer me culpar por suas próprias escolhas, meu rei, você sempre soube da minha vontade. — Disse numa calma totalmente amigável.
— Ouça com atenção, Yoongi. Seu plano de acabar com essa aliança, só esta fortalecendo ainda mais a ideia do casamento. A princesa de Airohpue chegará aqui na próxima semana, na festa do Reino de Wasees, você em hipótese nenhuma, vai tentar fazer o que fez hoje, apenas para me irritar. Lembre-se: Você é o herdeiro do nosso Reino e seu destino já foi traçado. — Lançou o olhar para Kent — Você tem sido o guarda dele por anos, mas se continuar a defendê-lo como faz, vou ter que achar novos criados para cá, então, faça seu serviço direito, ouviu bem?
— Sim, senhor. — Se curvou amedrontado e não lhe dirigiu mais uma palavra.
— O senhor realmente não sabe ajudar um filho, se mamãe estivesse aqui, me entenderia.
— Mas ela não está, então trate de crescer e ser um adulto responsável. Espero você no jantar, não se atrase. — Saiu do quarto dele, Kent por fim respirou e o olhou preocupado.
Yoongi não disse mais nada e apenas voltou a ler seu livro de história, que talvez o ajudasse a não se irritar com as tolices de seu pai. No jantar, Jeongguk observou a sala do banquete, não parecia deteriorada como alguns cômodos que ele havia visitado, escreveu em seu caderno e ouviu um dos guardas anunciar a entrada do monarca. Yoo sentou na cadeira da cabeceira, olhando todos ali presente, sem demorar muito, Yoongi veio logo em seguida e sentou na cadeira, a qual ficava de frente do porta-voz. Seu semblante não era nada feliz e nem tampouco convidativo, os empregados começam a servir a mesa e depois, retiram-se dali deixando apenas os nobres no salão.
O rei começou a comer e todos o seguiram, menos Yoongi, que continuava relutante em relação a ameaça do pai, mais cedo em seu quarto. Jeongguk percebeu a animosidade e decidiu tirar um pouco da fagulha que se instalava no meio da fogueira.
— Príncipe Yoongi, que bom vê-lo novamente. Senti sua ausência hoje pela manhã na caçada, espero que esteja bem, Vossa Alteza. — Disse num tom quase debochado, ficando entre o sarcasmo e a vontade de ser mais um na lista que os fazia perder o controle e até a razão, pelo fato de não esconderem seu descaramento.
— Oh, perdão, caro Jeongguk. Não pensei que o senhor faria essa comoção pela minha pessoa. Mas veja, eu estou bem, apenas estava indisposto de sair para caçar em plena seca na qual, o Reino de Wasees tem todas as temporadas de outono. — Disse no mesmo tom à altura da pergunta.
— Que bom que está bem, na próxima, deveria se juntar a nós.
— Claro, farei o possível. — Sorriu sem mostrar os dentes.
Vendo os ânimos se elevarem, Yoo propôs um brinde, nada amigável, fazendo Yoongi desejar cada vez mais a companhia de seu livro. Dahyun cuidava da mãe enquanto lhe contava sobre o incidente da floresta, mesmo sabendo do perigo, se arriscar foi a opção mais interessante já feita até agora na vida dela. O olhar de preocupação da mãe, só demostrou o que ela já sabia, sem dizer nada por um tempo, Hayun não se manteve em silêncio por mais tempo e falou o que queria.
— Mesmo eu dizendo e os outros avisando sobre o bosque, você ainda foi lá. Me diga, encontrou algo diferente? — Dahyun a olhou surpresa, sem entender a mudança repentina da mãe.
— Não encontrei nada de diferente, até onde eu caminhei, estava normal, a diferença é porque o bosque estava bem escuro e mora uma matilha de lobos faminta. Se não fosse o misterioso caçador, não estava contando essa história para a senhora. — Sorriu e se lembrou do medo sofrido.
— Você não deve ir mais lá. Apenas suba as colinas e não passe por ele.
— Mas se houver algo bom para nós? Aquelas pêras por exemplo, trouxe de uma árvore que estava praticamente no meio dele, se não fosse os lobos, adentraria mais o bosque.
— Não, Dahyun. Pode ser perigoso e você pode realmente não voltar de lá.
— A senhora fala de um jeito como se conhecesse aquele lugar. Me diz, meu pai morreu ali? — Perguntou como se fosse a garotinha de três anos, logo quando perdeu seu precioso pai, o seu melhor amigo e também, protetor.
— Não. Já lhe disse que seu pai morreu no ataque ao Reino de Wasees. Aqueles sanguinários, tiraram ele de nós. — Falou pesarosa.
— Desculpa pela pergunta, foi indelicadeza da minha parte. Bem, vou limpar a cozinha e a senhora trate de tomar seu remédio. Boa noite. — Beijou-lhe a testa e saiu do quarto da mãe, sentindo uma sensação de tristeza emanar sobre o peito novamente.
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↪Uma fuga para o amor🤎 - (DahYoon)
Romance* O futuro do príncipe do Reino Wasees estava decidido pelo próprio rei, fazendo ele ter um certo ressentimento, começando assim a fugir um pouco do palácio. Nessas saídas, conheceu uma jovem plebeia, que vivía numa casa mais isolada do reino, mesmo...