Andei pelo corredor enorme e pouco iluminado, segurando a katana em uma mão e, na outra, a cabeça do irmão do Murphy, que deixava um rasto de sangue por onde passávamos.
Parei em cada porta por onde escutava barulho, matando tudo o que mexesse. Mas eu queria chegar em quem trabalhava diretamente com o Summers. Eu queria acabar com aquilo.
De repente, abri uma porta, totalmente aleatória, e parei.
Tinha um monte de pessoas ali, a maioria estavam deitados nas estranhas mesas, como os meus amigos. E, em redor deles, várias pessoas vestidas de branco pararam, me olhando.
Joguei a cabeça do Summers para dentro da sala, e vi o horror espelhado no rosto de todos eles.
- Oh não. - Disse um dos homens. Depois olhou a mulher. - Chama todos.
Sorri. - Estão mortos. - Sacudi a katana, sujando o chão de sangue. - Isso acaba aqui.
O homem, devagar, olhou a mulher. - Acorda eles.
Percebi que quem estava deitado nas mesas, eram os homens que a gente enfrentara na cidade.
A mulher carregou em alguns botões do laptop, antes de eu lançar uma faca que se espetou na sua cabeça.
Todos começaram a gritar, fugindo, mas a única saída era atrás de mim, e eu fechei a porta, trancando.
Cada um, pegou em vários objetos para tentar me parar, mas eu matei cada pessoa que se aproximava, antes de os corpos nas mesas começarem a se mexer.
Abaixei um pouco e ergui a katana, preparada para o que viria.
O líder, pelo menos eu sempre vira ele sendo o líder, me olhou, reconhecendo e avançou sobre mim, tirando uma faca do cinto.
Girei e bati com o punho da katana mas suas costas, empurrando sobre outros dois homens e girando, cortando a cabeça de mais um.
- Vou acabar com você, patricinha!
Sorri. - Não conseguiu na cidade, acha que consegue aqui?
Avancei e senti a faca dele cortar o meu braço, abrindo um ferimento fundo. Ergui o cotovelo e bati no seu nariz.
Apenas restou ele e eu, lutando naquela sala cheia de corpos e coisas espalhadas, o que tornava nossos movimentos pouco precisos.
Meus braços estavam doendo, mas minha raiva pela morte de Bill e Jared eram maiores, então eu não desistiria.
O homem segurou o meu pescoço e me jogou na parede, me prendendo com seu braço e sempre apertando meu pescoço. Tentei me libertar, mas ele apenas sorriu.
- Acabou, loirinha. - Falou. - Não matei vocês na prisão, mas você vai morrer aqui. Depois irei atrás da ruiva.
Abri os olhos e sorri. - Gostaria de ver isso.
- E verá, lindinha. Junto com o seu pai de mentira.
Me sacudi, mas ele me segurou com força.
De repente, senti sua mão na minha blusa, levantando ela e olhei ele.
- Vamos brincar, primeiro. - Falou.
De repente, lembrei que minha mão ainda segurava a katana. Ergui a mão e espetei a katana na sua barriga.
Ele me olhou, chocado, e de olhos muito abertos. Sorri e puxei a lâmina para cima, sentindo seu sangue e suas entranhas caindo sobre mim.
Ele parou de me apertar e caiu no chão.
Larguei a katana e deixei que as forças me abandonassem. Estava terminado. Tudo acabara. Sentada no chão, chorei, chorei bastante e depois ergui a cabeça. Peguei a katana e levantei, indo até junto do laptop que acordara os homens.
Encolhida no chão, estava uma mulher, chorando e tentando se esconder de mim. Ergui a katana na direção dela.
- Levanta.
Ela ergueu as mãos e levantou. - Não me mata, por favor. Eu... Eu só estava fazendo meu trabalho. Minha família morreu naquele dia, também.
Indiquei a porta. - Ótimo. Assim saberão que em breve estará com eles. Anda!
Levei ela pelo corredor, de volta na sala de vidro e depois indiquei meus amigos.
- Acorda eles.
Ela me olhou. - Eu não posso.
Encostei a katana no seu pescoço. - Agora!
- Eu preciso das impressões digitais do Summers para ativar o sistema que fará eles acordarem.
Inclinei a cabeça para o lado. - Porque não falou antes?
Me aproximei do corpo morto do Summers e cortei a mão dele, com um único e simples golpe da katana. Depois fui de novo na direção da mulher e entreguei a mão a ela.
- Usa.
Ela estremeceu, mas usou o os dedos dele para ativaro sistema e as luzes no laptop começaram a piscar. Depois soltou a mão, como se queimasse e me olhou.
- Está pronto. Alguns minutos e eles vão acordar.
Me aproximei dela, olhando nos seus olhos.
- Vocês mataram todo o mundo. - Falei. - Eu perdi pessoas por causa das ideias brilhantes de vocês.
- Ashley, eu não...
Sorri. - Foi a primeira aqui dentro que acertou no meu nome.
Movi a katana num movimento muito rápido e a cabeça dela caiu aos meus pés antes mesmo do corpo bater no chão.
Olhei os tubos e me aproximei deles. Guardei a katana e peguei o machado de Murphy, que estava junto dele, regressando nos tubos. Respirei fundo e bati com força no de Bill, fazendo ele quebrar, fazendo com que um monte de água e vidro se espalhasse pelo chão.
O corpo dele caiu, e me aproximei, chorando. Tirei alguns fios de cabelo do seu rosto e encostei a testa na sua.
- Você foi o melhor avô que eu tive.
Depois levantei e quebrei o tubo do Jared.
Assim que ele caiu no chão, abaixei junto dele, colocando a katana junto de mim.
Comecei a chorar e toquei no seu rosto.
- Lamento Jar. Lamento não ter estado lá para proteger você. - Fiz carinho no seu rosto. - Você não podia morrer. Não assim.
Enquanto chorava, nem percebi que tinha movimento atrás de mim. Não antes de sua voz chegar até mim.
- Ash?
Levantei de um pulo, pegando a katana e erguendo, colocando na minha frente.
Murphy estava ali, de pé, me olhando. Claro que ele seria o primeiro a acordar.
Larguei a katana e corri, abraçando ele, que parecia perdido, sem nem me importar com a minha roupa sujade sangue.
Eu tinha apenas dezasseis anos. Só dezasseis anos, e eu matara todo mundo ali dentro. Sozinha. Eu matara todos eles.
- O que aconteceu aqui? Onde estamos? E porque...
Me afastei, vendo Murphy olhar Bill e Jared. Ele parecia perturbado.
- Eu descobri, Murphy. Eu descobri a verdade. Acabou tudo
Ele me olhou, de cenho franzido. - O quê?
Limpei as lágrimas. - Estamos a salvo.
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Khoa học viễn tưởngO mundo parou. Todos morreram. Do nada, as pessoas deixaram de respirar, caíndo como se estivessem adormecidas... Todos menos Lauren e o seu pai. Sozinhos em uma cidade fantasma, Lauren e Bill têm de sobreviver ao que parece ser o fim dos tempos, em...