O corte não foi profundo mas ainda assim, precisou de alguns pontos, logo que o médico deixa o quarto me sinto inquieto, Samuel falava com uma das empregada à porta, mas eu não conseguia lhe encarar, não ficamos a sós desde aquele momento no banheiro. Então quando a porta fecha nos deixando sozinhos no quarto não posso evitar o frio que toma meu estômago — Está com dor ? – encaro meu pé apenas balançando a cabeça em negativa — Está confortável, precisa de alguma coisa ? – ele se aproxima mas novamente apenas balanço a cabeça em negativa. Sinto o peso de seu corpo se sentar na cama, torço a boca, mordo a bochecha e remexo as mão, estava tão inquieto que ele demora um pouco a continuar a conversa — Você… quer que eu saía ? – fiquei tão chocado com sua conclusão que levanto rápido o rosto deixando claro que não, mas assim que nosso olhos se encontram, os desvio novamente. O típico suspiro de Samuel ecoa ao nosso redor antes das suas próximas palavras — Eu sinto muito Pedro, não devia ter feito aquilo – sinto minha garganta fechar, e era obvio que ele se arrependeria, fui tolo em achar que alguem como ele poderia ter interesse em alguem como eu. Já devia saber que tudo não passou de calor do momento, eu sabia disso, era obvio… então por que não consegui controlar minha lagrimas, meus olhos ardem e meu peito parece pesado, tentava controlar o maximo que podia, mas meus ombros já tremiam
— Por Deus Pedro, já disse pra perguntar as coisas ao invés de tirar conclusões precipitadas – ele puxa minhas mãos, as segurando firme entre as suas tão quentes que me arrancam um ofego
— Não foi isso que quis dizer. O problema e que devia ter me controlado, e cuidado de seu ferimento primeiro. Devia ter agido de acordo com minha idade e pensando antes de fazer as coisas por impulso, não é questão de arrependimento garoto, e só que você merece muito mais do que eu tenho a te oferecer. Alem disso não acho que consiga esquecer – minhas emoções estavam completamente desordenadas diante de suas palavras, que não foram terminas graças ao furacão loiro que invadiu o quarto — * Baby, onde esta meu baby, o que fizeram com ele, hospital, temos que ir pro hospital* – Jimitry quase arrebentou a porta recém concertada, assim que seus olhos encontram meu pé, as sobrancelhas se franzem e os olhos verdes parecem escurecer. Seus passos são pesados contra o piso, enquanto ele vem em minha direção, ao passar por Samuel ele solta um bufar e quando chega até mim, me envolve em seus braços fazendo um enorme beiço nos labios — * O que você fez com nosso baby ? Não posso deixa-los sozinho que isso acontece !? Apartir de agora trabalherei em casa* – não faço ideia do que ele dizia, já que meu ingles ainda estava MUITO precario, mas ele definitivamente parecia bravo. Samuel suspira exasperado e se levanta da cama — Fale em portugues Jimitry e pare de falar besteira, foi um acidente – ele se aproxima da mesa de cabeceira arrumando os remédios recém prescritos junto com os outros que eu já estava tomando — Fala comigo baby, o que esse monstro fez com você ? Não se preocupe seu Jimy esta aqui pra te proteger – não pude evitar a risada, alem de suas palavras seu abraço apertado e um pouco sufocante me fez achar graça da situação
— Esta tudo bem, foi apenas um acidente, Samuel que me ajudo, sou grato a ele – ainda que não tenha olhado diretamente em sua direção não pude evitar de corar, as memorias do banheiro voltaram a minha memória
— Não tenha medo dele Baby, pode me dizer a verdade, eu pretejo você – gargalhei mais uma vez por seus tropeços com o portugues — É serio Jimy eu estou bem – acariciei de leve seu braço que ainda apertava meu corpo — Para com isso ou é você que vai precisar de proteção – seu tom é leve mas direto — E solta ele, tá parecendo um polvo – Samuel se aproximava, com um copo de água gelado e um copinho com algumas bolinhas la dentro — São só alguns analgésicos e seus comprimidos diarios – meu rosto aquece, enquanto agradeço e pego meus medicamentos — Mas o que diabos aconteceu? – Jimy ainda me olhava com uma carinha de filhote que quer carinho, mal engulo meus remédios e ele me puxa novamente pros seus braços — Um acidente com um vidro de perfume, mas o médico já limpou a ferida e fez o curativo. Deve ser trocado duas vezes ao dia, e não deve ser molhado – Samuel se apoia na parede encarando com olhos fixos Jimitry, enquanto eu estava apenas sentido o calor e os carinhos do loiro sob meus braços, um pergunta boba surgiu, ocupando meus pensamentos — Como vou tomar banho ? – estava pensando mais comigo mesmo do que qualquer outra coisa, então dei um pequeno pulo na cama quando os dois responderam ao mesmo tempo — Eu vou te ajudar !!
VOCÊ ESTÁ LENDO
Mesmo que não seja eu... Me deixe ficar
RomansaUma promessa... Uma esperança... O que essas duas coisas tem em comum ?? Descobra ao conhecer uma pouco mais sobre Samuel e Pedro.