Lucien ficara para trás junto à Varian e Tarquin, mas seus pensamentos seguiram junto a fêmea de cabelos castanhos.
- Com quem vocês vão se encontrar? – Perguntou Tarquin, tirando-o de seu devaneio.
Lucien não estava surpreso com a pergunta, ele sabia que todos na mesa haviam escutado o que Elain disse pouco tempo antes. A intenção dela era ser discreta, mas feéricos tinham uma audição mais aguçada e um breve sussurro pode ser ouvido facilmente se estiverem perto o suficiente.
- Uma fêmea que Elain ajudou ontem. – Lucien disse, sem enrolação.
- É uma ninfa? – Tarquin questionou.
- Eu não sei, Elain não conseguiu identificar.
- Você tem certeza? – Tarquin perguntou com desconfiança no olhar. – Lucien, você me prometeu.
- Eu sei, não vou me meter nos assuntos das ninfas. – Lucien afirmou, com confiança na voz.
Contudo, por dentro, Lucien não sabia se seria capaz de manter essa promessa ao seu amigo, o mundo estava em jogo e se as ninfas eram a única solução, ele as questionaria. Esperava que achasse outra solução, torcia para que a amiga de Elain conseguisse ajudá-los sem precisar de muito alarde dentro do reino aquático.
- Me desculpe. – O grão senhor exclama. – Mas o roubo do livro ainda está fresco em minha memória e eu não posso permitir que alguém da corte noturna repita o feito.
Lucien queria dizer que não pertencia a Corte Noturna e que agora era um exilado, de todos os lugares que já foram importantes para ele, nenhum o aceitava de fato, mas não confessou seus pensamentos intrusivos ao grão-senhor do verão, mesmo ele sendo seu amigo. Lucien estava ali em uma missão oficial, como emissário da Corte Noturna e não poderia causar dúvidas quanto ao seu comprometimento com a corte.
- Não irei cometer o mesmo erro, meu amigo.
- Espero que não. – Tarquin disse com os olhos fixos nele.
Depois disso, Lucien seguiu de volta para seu quarto, hoje eles finalmente iriam começar a procurar, de fato, pela espada e Lucien precisava se prevenir de que nada de errado acontecesse.
Ele não achava que algo iria dar errado ali, na Corte Estival, mas, como aprendera desde cedo, era melhor andar protegido do que vulnerável para possíveis inimigos. Sendo assim, Lucien vestiu seu couro illyriano que havia usado na guerra e em algumas ocasiões depois dela e se armou com um arco e uma aljava, também colocou uma adaga na cintura e prendendo as tranças e o resto do cabelo solto com uma tira de couro um pouco acima da cabeça.
Quando havia acabado de se vestir, ouviu a porta da sala abrindo e ao sair do quarto se deparou com uma radiante Elain, como ele nunca havia visto antes.
O estilo de sua roupa e os tons claros caiam feito luva na fêmea a sua frente, os olhos dela estavam brilhando com uma confiança que Lucien nunca havia presenciado e com um sorriso que finalmente chegavam aos olhos.
A roupa não era realmente um traje de guerra como a dele, mas ela não precisava disso, a roupa atendia perfeitamente tudo o que ele achará que ela poderia querer em um traje desses e reforçaram a beleza que já era evidente na fêmea, a deixara mais confiante e confortável sem ter que se submeter ao couro do qual não gostava.
- O que achou? – Ela perguntou à Lucien, dando um rápido giro para que ele visse todos os detalhes.
- Está linda, raio de sol. – Lucien disse sem perceber que havia dito antes de ser tarde demais. – Você gostou?
Ela balançou a cabeça freneticamente e sorriu, para mostrar que realmente havia gostado da roupa e Lucien ficou feliz em saber que, de alguma forma, ajudara sua parceira em algo, mesmo que fosse algo mínimo.
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Corte de luz e chamas - fanfic elucien
أدب الهواةElain tenta a todo custo manter seu parceiro longe, o laço parece ser uma maldição e não uma benção. Lucien já perdeu as esperanças de um dia poder conhecer a bela fêmea com quem tem a conexão mais profunda já descrita em sua cultura. Até que um di...