Capítulo 2

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EU NÃO sei o que deu na Olga, no início pensei que fosse alguma pegadinha, ela teria se juntado a turma que me persegue, se faria de amiga e depois me daria uma bela rasteira. Dinheiro não era, já que o pai dela tinha bastante e eu era um pé rapado, beleza menos ainda, pois vocês se recordam que eu não era o mister fabuloso, então, por que diabos ela resolveu bancar a protetora desse pobre coitado chamado Raffael?

Ela grudou em mim, sério mesmo, passou a praticamente me perseguir no colégio, com a diferença que ela era linda e não me batia. Então, como ela era uma garota e não iria me bater (não que garotas não me batessem, é vergonhoso, mas eu levei uns tapas de uma menina mais nova umas duas vezes... A propósito, era irmã do demônio chamado Toddy), eu resolvi perguntar o que ela queria comigo.

— Olha só... Olga, o que você quer de mim?

— Nada, só estou fazendo isso para te proteger do Toddy e da turma dele - esse diálogo foi na fila da cantina, enquanto eu estava na fila à frente dela com a bandeja nas mãos, escolhendo o que comer, ou ao menos o que o Toddy não faria muita bagunça em mim.

— E por que isso? O que você quer em troca?

— Não quero pagamento, e você nem teria como me pagar - olhei atravessado pra ela — Desculpe, falei bobagem. O que quero dizer, é que estou cheia dele implicando com você o tempo todo.

— Sério? Agora? Acaso você quer que eu faça alguma tarefa da escola pra você?

— Não!

Posso até parecer grosso, mas ninguém se aproximava de mim, tão gentil e doce, se não queria algo em troca. Eu tinha motivos para desconfiar até da minha sombra. Peguei a bandeja e olhei em volta procurando o brutamontes com cérebro de ameba, desculpe amebas! Como não o encontrei, resolvi me sentar em uma mesa que ficava bem próximo da porta que dava para o pátio de fora, qualquer coisa era só levantar e correr. Caminho para lá e a princesinha veio atrás, logo ouvi as garotas que andavam com ela a chamando para se sentar na mesa na qual elas costumam ficar.

Sentei-me, coloquei a bandeja na minha frente e ela sentou de frente pra mim.

— É sério, você vai ficar mal falada se continuar se infectando perto de mim.

— Acha que eu ligo?

— Você bateu a cabeça ou algo assim, é alguma aposta, promessa?

— Como eu disse, Dexter, eu só quero te ajudar.

— Chegou atrasada, onde estava nos últimos 12 anos da minha vida, ou melhor, nos últimos 9 anos?

— Você sempre foi perseguido pelo Toddy?

Dei um sorriso fraco.

— O Theodore é só mais um...

— Dexter... - ela segurou em minha mão, fazendo um fio de eletricidade passar por todo meu braço. Parei de comer e olhei pra ela — Você deveria denunciar eles.

𝙼𝚛. 𝓟𝓪𝓻𝓴𝓮𝓻  - Spin-off do Livro 3 da Trilogia: POR QUE NÃO?Onde histórias criam vida. Descubra agora