QUANDO CHEGAMOS ao aeroporto, estacionei, pegamos as malas, entramos e ele foi fazer o despache das malas, já que fez o check-in mais cedo.
— Raffa, eu te amo irmão, não se preocupe que vou sempre dar um jeito de falar com você. E vou torcer muito para você ser eleito como presidente da JJohnson.
— Gosto mais da ideia de você ficar e continuar no cargo.
— Vou sentir muito a sua falta, loirinho. Marque a data do casamento com a Gabrielly e não esqueça de me convidar, eu serei o padrinho, lembra?
— Vá com Deus - o abracei e ele passou para a área de embarque. Acenou um tchau e não o vi mais.
Estava indo para a saída quando esbarram em mim, era a Jéssica.
— Cadê ele?
— Já passou para a área de embarque.
— Merda! - ela parecia não muito bem, e fiquei preocupado.
— Você está bem? - ela balançou a cabeça negando.
— Eu preciso comprar uma passagem... só... pra conseguir entrar e procurar ele.
— Você sumiu o dia inteiro...
— Aconteceram muitas coisas... Raffael, eu não posso ficar aqui parada! Eu não posso perdê-lo.
E foi ali que tive uma ideia.
— Tive uma ideia...
Fomos para o lado de fora do aeroporto, perguntei pela minha mulher e a Jéssica disse que deixou ela com a chave do carro da Jéssica, então liguei para ela que disse que estava no estacionamento. Eu e Jéssica caminhamos para lá e expliquei minha ideia, liguei para o senhor Jacob e conversei com ele, em resposta ele me disse para aguardar uns cinco minutos e em menos tempo que isso, ele me ligou de volta dizendo para onde eu deveria ir e com quem falar.
Jéssica embarcou para Londres no jatinho particular que foi oferecido ao senhor Jacob já que o dele não estava pronto e ele disse que era algo de extrema urgência. Quando o voo decolou, eu e Gaby fomos até o prédio da Jéssica deixar o carro dela, e voltamos para o meu apartamento no meu carro.
Quando eles voltaram de Londres, Peter era a felicidade em pessoa, um jantar foi oferecido e todos fomos convidados para estar presentes, e nesse jantar, a Jéssica pediu o Peter em casamento, estilo princesa da Disney.
O casamento foi marcado para fevereiro e nos convidaram para sermos os padrinhos do Peter.
Eles saíram em lua de mel, quando voltaram escolheram uma nova casa, eu sinceramente não entendi o porquê já que a casa do Peter é enorme, e a Jéssica queria que eu fizesse as reformas e decoração da casa e do quarto do Joaquim, mas o Peter me chamou em particular e disse que não era para eu aceitar e designar outro arquiteto da empresa, para dar como desculpa que eu estava ajudando na C&JJ e não me sobrava tempo, me disse também que era para manter a Jéssica ocupada e não fazê-la querer voltar para a empresa antes do nascimento de seu filho. Foi duro, Jéssica me ligava quase sempre que descobria que o Peter teria uma reunião com alguma mulher... é nisso que dá ter um passado como mulherengo.
Depois que o Joaquim nasceu, a Mel passou a ir quase todo fim de semana pra lá, dizendo que ia brincar com ele. Fomos os padrinhos do pequeno e finalmente decidi pedir a Gaby em casamento, pra quê enrolar anos?
Eu até pediria a opinião do Peter para organizar tudo ou até para me dar dicas de como pedir a mulher que amo em casamento, mas achei melhor seguir o que meu coração pedia para fazer, então o pedido seria feito do meu jeito.
Como ela é minha secretária, sempre que eu precisava viajar, ir para algum evento, jantar, recepção ou inauguração, era ela quem marcava tudo. Resolvi ir conversar com agora, meu compadre.
— Gabrielly, ligue para a presidência por gentileza e peça para marcar uma hora com o Peter, eu preciso conversar com ele algo muito importante sobre a obra da Tower.
— Pode deixar... - havíamos acabado de chegar na JJohnson e estávamos saindo do elevador, quando fiz o pedido. Ela sentou-se à sua mesa de trabalho e eu fui para minha sala. Gabrielly estava no último ano da faculdade, contratamos uma babá para ficar com a Melissa quando ela saísse da escolinha. Então a moça ia buscar a Mel e depois ficava com ela até chegar um de nós dois em casa.
Uns cinco minutos depois, ela liga para mim e somente aperto o botão para atender sua chamada.
— Senhor Parker - soava bem estranho agora quando ela me chamava assim, principalmente quando à noite tínhamos nos amado —, o senhor Johnson disse que o senhor pode ir vê-lo agora.
Curioso como o Peter é, lógico que queria saber do que se tratava. Levantei de minha mesa, apanhando o celular e quando cheguei à porta e antes de abri-la, voltei e apanhei um tubo telescópico qualquer e saí da sala em direção ao elevador.
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𝙼𝚛. 𝓟𝓪𝓻𝓴𝓮𝓻 - Spin-off do Livro 3 da Trilogia: POR QUE NÃO?
RomanceRaffael Parker passou por bullying e por conta disso sofreu muito durante sua infância e adolescência. Passou anos apaixonado por Olga, garota que conheceu ainda na adolescência e com a qual não pode ficar. Sentindo-se abandonado por ela, ele perman...