Raffael Parker passou por bullying e por conta disso sofreu muito durante sua infância e adolescência. Passou anos apaixonado por Olga, garota que conheceu ainda na adolescência e com a qual não pode ficar. Sentindo-se abandonado por ela, ele perman...
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PASSEI O restante do dia pensando no sorriso da minha secretária, o trabalho ficou até mais leve. Tinha certeza que aquele sorriso era algo motivador e que eu precisava vê-lo mais.
Como eu sabia o horário em que o expediente se encerrava, me adiantei, já que eu também sabia que ela não tinha carro e teria que pegar um ônibus para o hotel.
Chamei ela até minha sala...
— Sim, senhor Parker.
— Eu pensei bastante no que você disse e... aceita minha carona para o hotel? Assim, eu também posso visitar a Melissa.
— Eu não sei...
— Enquanto você se arruma para ir à faculdade, eu faço companhia para a pequena e depois eu te acompanho até a faculdade, assim você não precisará pegar um ônibus - ela ficou me olhando e sei que ficou pensando se aceitava ou não — Aceita, por favor, eu tô querendo ser um cara legal.
— Você já é um cara legal. Está bem, eu aceito sua carona.
Já estávamos no mês de outubro, Peter não foi mais atrás da Jéssica e eu sei disso, pois além de ele estar ainda mais focado no trabalho, ignorar tudo que pudesse levá-lo a encontrar com ela, ele estava se dedicando a Melissa, a filha da Gabrielly. Assim que a pequena recebeu alta, o Peter perguntou para a Gabrielly se poderia visitar a pequena, ela autorizou e ele foi todo feliz, comprou um presente para a menina e foi pessoalmente levar.
Depois, disse que a Melissa poderia ir um dia visitar a Gabrielly no trabalho e a menina adorou. Eu sabia de tudo isso não só por ele, como pela senhorita Campbell. E todas as vezes em que ela falava da pequena, seus olhos brilhavam e ela ficava ainda mais linda.
No dia em que a Gabrielly trouxe a Mel para uma visita ao seu trabalho, logo a pequena perguntou pelo Peter e eu liguei para ele.
— Peter, a Melissa está aqui perguntando por você. Você está muito ocupado?
— Na verdade não, logo estarei aí.
Ele desligou e não demorou para aparecer na minha sala, onde a Melissa estava sentada no chão, com papéis e canetas, desenhando não sei o quê.
E vocês me perguntam, por que ela estava na sua sala? Achei melhor, havia mais espaço e ela poderia ficar tranquila, até porque, qualquer coisa a mãe estava a poucos passos de distância.
— Onde está a pequena fadinha do tio Peter? - ele entrou na sala falando isso e ela largou tudo e correu até ele. Peter a segurou nos braços e deu um beijo na bochecha dela.
— Oi, tio Peter.
— Olá, fadinha, como se sente?
— Tava fazendo o desenho de uma casa que vou fazer com a mamãe e vamos morar nela.
