Capítulo 6

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QUANDO O avião aterrissou em terras novaiorquinas, peguei minha bolsa, coloquei o celular no bolso e ajustei os fones, tirando eles das orelhas e deixando os mesmos caírem e ficarem apoiados na gola da camisa que eu usava.

Já do lado de fora do desembarque, peguei novamente o celular e iria ligar para o maluco e avisar que eu já havia chegado... mas desisti. Resolvi olhar endereços de albergues ou moteis baratos e assim, eu poderia me hospedar... seriam somente dois dias, não sairia uma fortuna. Afinal, eu não tenho grana pra isso.

Achei um albergue que não ficava muito longe do aeroporto e resolvi ligar para saber se havia algum quarto disponível.

— Bom dia, eu tô ligando para...

— Sem escândalos, desliga o telefone e passa ele pra cá. Se olhar pra mim, te meto uma bala, Loirinho - senti algo pontudo encostar em minhas costas. Tirei lentamente o celular do ouvido e desliguei a chamada — Perfeito... agora vira devagarinho e me dê um beijo, até me contento com um abraço - ele sussurrou bem perto do meu ouvido e reconheci a voz.

— Seu idiota!

— Bom te ver também, amor! - Peter me apertou num abraço e eu já estava com o coração na garganta.

— Quer me matar?

— Nada, tu é forte. Vamos...

— Pra onde?

— Minha casa, ué.

Caminhamos para fora do aeroporto e havia um belíssimo carro parado com um motorista nos aguardando. Peter tirou a alça da bolsa que estava apoiada em meu ombro e entregou ao motorista, que colocou no porta malas. Entramos no carro e partimos, ele parecia tão feliz, que acabou me contagiando.

— Já faz um ano que não nos vemos, não é?

— Acho que um pouco mais...

— Meus pais vão adorar você.

— Você fala como se eu fosse um cachorrinho de estimação...

— Raffael, não começa. Nada de ficar se colocando para baixo. O que eu quis dizer, é que minha mãe nunca foi muito com a cara dos meus supostos amigos antigos. Ela dizia que eu já era danado e que eles só pioravam tudo, já meu pai... vai adorar o quanto você é certinho e inteligente. Quero também que você conheça a Olga.

Meu sorriso murchou, mas tentei disfarçar para que ele não percebesse.

— Ela está na sua casa?

— Não... ela tá no apartamento dela. Olga é muito independente, sabe?

— Hummm.

— E isso pra mim é ótimo!

Revirei meus olhos já sabendo o que ele queria dizer com aquilo.

𝙼𝚛. 𝓟𝓪𝓻𝓴𝓮𝓻  - Spin-off do Livro 3 da Trilogia: POR QUE NÃO?Onde histórias criam vida. Descubra agora