XI- Constantinopla

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Num momento Cas e Dean estavam no bunker, no outro, eles estavam sendo empurrados por uma multidão numa rua estreita.

Pessoas passaram por eles, pelo meio deles, os separando um pouco, porém num ato abrupto o anjo segura a mão de seu protegido, garantindo que eles não se perderiam um do outro.

- Dean. - disse Cas, encostando-se nas  costas do moreno, ainda segurando sua mão firmemente.

- Essa é Constantinopla? -  o caçador olhou em volta, observando as casas que cercavam as ruas, o céu fechado, pessoas passando com alguns cabritos amarrados por uma corda, outras íam com balaios na cabeça.

- Sim. - o anjo aproximou-se ainda mais dele, quase encostando a boca em seu ouvido.

Dean sentiu seu corpo inteiro se arrepiar com a voz rouca de Castiel na beira de seu ouvido, podendo também sentir a respiração dele em seu maxilar. O caçador ficou atordoado com a proximidade, ele queria se afastar, entretanto queria muito mais ficar ali.

- Onde fica o Santo Sudário? - Dean perguntou, dando um passo a frente, ficando frente a frente do anjo, ainda segurando sua mão.

Castiel fitou o chão, parecia pensar numa resposta para sua pergunta. Não é como se nunca tivesse visto Constantinopla enquanto estava no céu, apenas nunca havia descido a terra para vê-la.

Parecia ontem que o anjo olhava para o mesmo ponto que estava agora, forçando um pouco a memória lembrou-se de uma igreja, não muito distante da li, chutaria uns três quilômetros até lá.

- Uma igreja. - começou o anjo, ainda com os olhos no chão - Eu me lembro de um igreja, não sei ao certo o caminho mas sei que não é muito longe. - Castiel levantou o rosto olhando diretamente nos olhos de Dean.

Eles continuavam no mesmo lugar de quando tinham chegado. Eles ainda não tinham percebido mas eram muito encarados por todos ali, alguns cochichavam sobre eles, suas roupas, seus cortes de cabelo, a forma que haviam chegado ali, ninguém sabia como eles tinham chegado, simplesmente apareceram, e isso era o que mais intrigava o povo.

Com a mão livre, Castiel segura o pulso de um homem que passava, ele era duas vezes o seu tamanho. Tomando a atenção do homem para si, o anjo perguntou.

- Com licença, pode me dizer onde fica o templo mais próximo? -  

- Τι? -

"Que?"

- O que ele disse, Cas? - perguntou Dean, se aproximando um pouco do anjo.

O mesmo se sentia burro, como podia ter esquecido que não estava mais em Lawrence? A língua usada por eles era grego, havia visto eles conversando entre si infinitas vezes, como podia simplesmente esquecer algo como aquilo?

Castiel ignorou a pergunta do loiro, se direcionando ao homem, agora em grego.

- Μπορείτε να μου πείτε πού βρίσκεται ο πλησιέστερος ναός; -

"Pode me dizer onde fica o templo mais próximo, por favor?"

O homem encarou Castiel dos pés a cabeça, achava estranho a forma que ele se vestia, mas mesmo assim ajudou ele, passou todas as informações necessárias para fazer o anjo lembrar o caminho da igreja.

- Ευχαριστώ. -

"Obrigado"

Castiel agradeceu o homem, sorrindo para ele, que sorriu de volta e seguiu seu caminho.

- Eu já sei onde está o Sudário. - o anjo virou-se para encarar o caçador, ele nem tinha percebido mas continuava a segurar a mão de Dean, Castiel estava gostando do contato, era raro as vezes que encostava em seu protegido, não queria largar a mão dele.

Intercourse - DestielOnde histórias criam vida. Descubra agora