XXII- O que acha de um filme?

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Dean dormia serenamente, sua febre já tinha passado, o mesmo estava totalmente suado, porém Castiel não se importava com aquilo.

Durante a noite o anjo o zelou enquanto dormia, virava e molhava o pano, garantia que o caçador estava respirando, verificava a sua temperatura, etcetera.

Com o desenrolar do tempo, sua febre foi diminuindo, quando já estava em uma temperatura normal, Cas tirou o pano de sua testa, até tinha pensado em sair do aperto do caçador mas ele se sentia tão bem, então optou por ficar.

Ele encarava o protegido com atenção, reparando em todos os detalhes de seu rosto, de fato, Dean era muito perfeito a seus olhos.

O anjo estava deitado de lado, o caçador já não estava tão colado em si, seu rosto estava mais aparente que antes e seus braços em volta do próprio corpo.

Castiel permaneceu a noite toda - a não ser quando estava molhando o pano de Dean, ou medindo sua temperatura - com a mão em seus fios loiros, confortando seu protegido, pensando em como era sortudo de ter ele em sua vida.

Enquanto admirava a obra de arte deitada consigo. Dean começou a despertar, sem abrir os olhos, ele se aconchegou em Castiel, pondo as mãos sobre seu peito.

O anjo não pode deixar de sorrir, como podia amar tanto alguém? Os sentimentos humanos o surpreendiam cada vez mais.

- Bom dia. - disse o protetor, sem parar com as carícias no loiro.

Dean arregalou os olhos e se afastou do anjo, indo para o outro lado da cama.

- O que tá fazendo na minha cama? - indagou, um pouco mais alto que queria, vendo a expressão confusa no rosto do amigo.

Castiel demorou um pouco para responder.

- Dean, você me pediu para dormir consigo, não consegue se recordar? - perguntou, num tom baixo e desentendido.

Após as palavras proferidas pelo anjo o caçador conseguiu se lembrar da noite de ontem, ele se sentia mal, e Castiel cuidou de si durante a madrugada, e também dormiu ao seu lado, porquê ele havia pedido. Agora conseguia se recordar que tinha agarrado a perna do anjo, não ficando satisfeito e o puxando para deitar consigo.

- Ah! - exclamou, atordoado pela quantidade de lembranças vindas no mesmo instante - Foi mal, Cassie. - terminou, se sentando.

Antes de poder responder o caçador, perguntar como se sentia e como foi sua noite de sono, o celular do Winchester tocou, era Sammy.

- Hey, Dean! - disse Sam animado, o mesmo tinha feito uma chamada de vídeo, podendo ver que estava sentado na cadeira do motel.

- Bom dia, Sammy. - murmurou, com voz de sono - Como estão as coisas? - perguntou, em meio a um bocejo.

- Nojentas. - Gabriel se intrometeu, pondo a cabeça na frente da câmera.

- Eu não falei com você, tampinha! - vociferou.

- Mas ele está certo, Dean. - Sam contrariou, enquanto com a mão solta puxava o arcanjo para sentar em seu colo.

O Winchester mais velho o olhou incrédulo, "Se tá realmente dando bola pra esse anão?" Era o que iria dizer, se, enquanto abria a boca para falar, o irmão não fosse mais rápido.

- A gente foi para o local do crime depois que chegamos, e... Cara, olha isso. - Sam levantou um saquinho de plástico, que tinha um dedo dentro.

Dean fez cara de nojo, de fato, metamorfos eram nojentos.

- Ainda bem que eu tô morrendo. - brincou.

- É verdade. - concordou Gabriel, recebendo um tapa na cabeça de Sammy.

- Aí! - o arcanjo reclamou de dor, fazendo o mais alto revirar os olhos, nem forte tinha sido seu tapa.

- E Castiel? - perguntou o Winchester mais novo.

Dean virou a câmera para o lado, o mesmo estava sentado na cama, apenas ouvindo a conversa.

- Oi maninho. - disse Gabriel, num tom animado.

- Olá, Gabe. - respondeu.

Sam cortou a conversa dos irmãos, perguntando ao anjo:

- Como Dean esteve? -

- Agora ele está melhor. - disse, na sua típica voz rouca e serena - Contudo  teve febre essa noite. -

Dean desviou a câmera do amigo para si, olhando incrédulo para o celular.

- Eu quase morri essa noite porquê a senhorita. - deu ênfase em senhorita - Disse pro Castiel pra na me curar. Vê se pode. - revirou os olhos.

- O Castiel te explicou meu ponto? - indagou sorrindo, achando graça do irmão.

- Não ri desse jeito. - esbravejou,  franzindo a testa. - Eu quase morri por sua causa. -

Sam não pode fazer nada além de rir.

- Até mais, Dean. - disse, desligando no mesmo instante, não dando oportunidade para o mais velho falar.

Ele jogou o telefone na cama, escorou suas costas na cabeceira, olhou para o anjo ao seu lado, analisou seu corpo inteiro, parando em suas orbes azuis.

- Você tá vendo as coisas que eu sou obrigado a aturar? - perguntou, esfregando sua mão no nariz.

O anjo não disse nada, apenas sorriu para o protegido, que sentiu seu estresse - ou drama - ir embora com aquele sorriso. 

- Vem, Dean. - chamou Castiel - Vamos fazer algo para o café. - terminou, se levantando e parando na porta, recebendo um sinal do protegido, que dizia para ele ir na frente, assim o fez.

O anjo foi guiado por Dean na cozinha, o ser angelical nem sabia esquentar uma água quem dirá fritar ovos e bacon para o caçador.

O Winchester o ensinou como fazer coisas básicas na cozinha, caso um dia precisasse, o mesmo se surpreendeu com sua paciência, que nem sabia que tinha, para lidar com as perguntas tolas do anjo.

Dean sentia arrepios por sua pele com frequência, que nem era causados pela gripe mas sim pelo frio que fazia.

Por mas que estivesse com roupas apropriadas para o frio ainda podia sentir o ambiente congelante.

Castiel fez o café da manhã, com ajuda do protegido. Dean levou a comida para o quarto, na companhia do anjo.

Eles se sentaram na cama, antes de começar a comer, o caçador olhou para o amigo, e disse:

- O que acha de um filme? - perguntou, fitando os olhos do moreno, que, em resposta, balançou positivamente a cabeça.

Intercourse - DestielOnde histórias criam vida. Descubra agora