XIII- Violet

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- A foice da morte? - perguntou Dean, seu irmão havia o contado sobre a pesquisa de Alana.

- Isso mesmo. - respondeu Sam.

Eles estavam na cozinha, Dean se encontrava escorado na pia, de braços cruzados, pensativo sobre o que o irmão acabara de contar.

-  A foice pode ceifar qualquer coisa, por que não um príncipe do inferno? - perguntou Crowley, que também tinha ouvido o novo plano.

- Quem tem em mente? - indagou Dean, se referindo a qual ceifeiro mataria.

- Violet, a ceifeira que nos ajudou com Miguel lá no prédio, lembra? - respondeu Sam, olhando para o irmão.

- Aquela que trocava turno com a Jéssica? - Dean perguntou, querendo confirmar que falavam da mesma pessoa.

- Pretendem matar Violet? - indagou Crowley - E como garantem que ela vai dar a foice a vocês? - arqueou uma das sobrancelhas.

- Não sabemos. - respondeu Sam - Vamos conversar com ela antes e ver se ela aceita. -

- E como pretende trazer ela aqui? - perguntou Gabriel, realmente interessado no assunto.

- Tem duas formas. - respondeu Sam - Feitiço de invocação ou só chamá-la. -

- Tá esperando o que meu filho? Testa logo. -

O caçador respirou fundo e fechou os olhos.

- Violet. - chamou - Precisamos de você. - ele abre os olhos, parecia não ter resultado em nada.

- Acho que não funcionou. - disse Crowley.

Sam se levantou, indo atrás dos ingredientes para invocar a ceifeira.

- Olá meninos. - disse a mesma, aparecendo na entrada da cozinha.

- Essa é a Violet? - Gabriel sussurrou para o Winchester mais velho, que apenas balançou a cabeça, em concordância.

- Você disse que precisava de mim, Sam. - disse a ceifeira, na sua típica voz calma e tranquila.

- E precisamos. - respondeu, prestes a explicar toda a situação a ela, que já parecia saber o que eles queriam.

- Querem minha ajuda com Mammon? É isso? -

- Uau! Violet. - disse Dean - Continua espionando a gente? - ele riu com a própria piada, porém parou ao ver a cara seria de todos.

- Não, Dean, eu não estou mais vigiando vocês, foi apenas um palpite.- respondeu, olhando diretamente nos olhos do caçador.

- Palpite certeiro. - disse Gabriel.

- Precisamos que você vire a morte. - disse Sam, querendo acabar com os comentários e partir para o assunto principal.

- Querem me matar? - ela perguntou, um pouco desacreditada.

- Você sabe que não morreria. - respondeu Dean.

- Mesmo assim, por que querem que eu me torne a morte? - pergunta Violet, um pouco intrigada, sabia que fora chamada ali por conta do príncipe do inferno mas não esperaria que precisava se tornar a morte para ajudar os Winchester.

Antes que Sam podesse responder, o celular dele tocou, uma mensagem de Rowena.

- A Rowena já chegou. - desviou o rosto do celular e olhou para o demônio - Crowley, pode atendê-la? -

O mesmo revirou os olhos com a ideia de ver sua mãe, mas foi.

Sam guardou o celular no bolso e tornou sua atenção a ceifeira.

- Precisamos da foice, e se você se tornasse a morte teria uma foice. - explicou, como se não fosse a coisa mais óbvia do mundo.

Violet parecia pensativa com a ideia, não é como se ela quisesse virar morte, porém sentia que precisava ajudar os meninos.

- Okay. - disse - Eu ajudo vocês. -

Sam sorriu, sem mostrar os dentes, mas se sentia totalmente grato pela ceifeira aceitar participar do plano.

- Obrigada. -

Ela fez um gesto com a cabeça, como se quisesse dizer "não a de quê".

No mesmo instante em que a conversa deles termina, Crowley e Rowena entram.

- Olá rapazes. - disse a bruxa, passando o olhar pela sala.

- Oi Rowena. - disse Sam, sorrindo para a bruxa - Obrigada por ter vindo.-

- Imagina, Samuel, eu gosto do anjo. - respondeu, olhando em volta, encontrando quem queria ver.

- Gabriel. - se direcionou ao arcanjo, que a cumprimentou com a cabeça.

- O que você precisa? - perguntou Dean, um pouco impaciente pela demora.

- De um bem do Castiel. - respondeu a bruxa, enquanto estendia o mapa sobre a mesa.

Dean fechou os olhos, lembrando do momento em que o anjo lhe dera seu sobretudo. Rowena se virou, para encarar o caçador.

- Acha que tem alguma coisa dele aqui? -

- Tem. - e saiu da cozinha, indo até o quarto e pegando o sobretudo, o mesmo havia o deixado em cima da sua cômoda, dobrado, para quando visse o anjo novamente podesse entregá-lo.

O caçador volta para a cozinha e entrega o sobretudo para a bruxa.

- O que vai fazer? - perguntou o demônio.

- Um feitiço de localização, Fergus, querido. - respondeu, enquanto colocava o sobretudo em cima do mapa.

Se fez total silêncio na cozinha, e a bruxa professou o feitiço.

- Permisso Laca Tha Tar. - seus olhos brilharam num roxo vivo, ela permanecia intacta, fixando a parede.

Não demorou muito até o feitiço terminar, e a bruxa cambaleia para trás, recebendo o apoio de Sam, que segurou seus ombros firmemente e a guiou para a cadeira.

- Eu vi Castiel. - ela disse, enquanto pegava o copo d'água que o arcanjo entregava - Ele está no inferno. -

- E como ele está? - perguntou o caçador, sentindo sua respiração acelerar.

- Mal. - ela bebeu um gole d'água - Pelo que vi, ele não parece estar se curando. -

Dean sentiu seu coração batendo no peito, Castiel estava naquela situação por sua culpa.

- Então precisamos ser rápidos. - Gabriel disse, parecendo determinado a tirar seu irmão da mesma situação que esteve a uns anos atrás.

O arcanjo tirou a faca angelical do bolso, Violet se aproximou de Gabriel, se pondo frente a ele, colocando as mãos em seus ombros, o mesmo não esperou muito e a apunhalou pela barriga, fazendo a ceifeira cair em seus braços.

O arcanjo a segurou com dificuldade, por ela ser uns 15 centímetros mais alta que ele, mas não durou muito tempo, já que Violet, a antiga ceifeira, agora se tornara morte.

Ela se desvencilhou dos braços de Gabriel e se ajeitou, e em um curto período de tempo, a foice já estava em sua mão.

Ela andou até Sam e entregou a foice.

- Faça bom proveito. - ela caminhou até a porta - Se precisarem de mim, chamem. - e foi embora.

Agora eles já tinham tudo o que precisavam para derrotar Mammon, a foice e a localização.

- Vamos essa noite? - disse Dean, num tom de pergunta, olhando para todos a sua volta, que pareciam concordar silenciosamente.

Intercourse - DestielOnde histórias criam vida. Descubra agora