XII- Cadê o Castiel?

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Dean olhava para os lados, com sua expressão em dúvida, "Cadê o Castiel?" O mesmo se perguntava.

O caçador começou a procurar pelo anjo, corria de um canto para o outro e gritava pelo mesmo.

Sam e Gabriel voltaram para a sala, aquela mesma em que haviam enviado Castiel e Dean para o passado.

- Dean?! - Sam perguntou, surpreso. Caminhando devagar em direção ao caçador, com o arcanjo ao seu lado.

- Cadê o Castiel?- Gabriel notou a falta do irmão, e pelo desespero do caçador, conseguiu entender o que aconteceu alguma coisa.

- Eu não sei. - o caçador se sentou na mesa e passou as mãos pelos cabelos.

- Dean. - a voz de Gabriel o chamou - O que aconteceu? - o arcanjo disse num tom calmo, e olhar tranquilizador, queria fazer o caçador voltar a si.

- Mammon sabia que estávamos indo, e pegou Castiel. - ele levantou a cabeça e encarou Gabriel, com os olhos cheios d'água, sentido um lágrima solitária descer, ele loga a secou.

- Como ele sabia? - dessa vez foi Sam que se pronunciou.

O caçador explicou tudo a eles, desde a hora que chegaram até agora, excluindo apenas a parte em que andaram de mãos dadas.

Eles ficaram quietos, processando o que havia acontecido. Sam finalmente quebra o silêncio, dizendo.

- Eu vou alertar os outros caçadores sobre Castiel - e saiu.

Gabriel se sentou ao lado de Dean, o arcanjo olhava para as próprias mãos, pensando no irmão. Dean também pensava nele, se sentia culpada por ter o perdido, por um segundo todo parecia perfeito, iriam derrotar Mammon e voltar para casa, mas no outro, tudo de perfeito havia descido água abaixo.

- Onde está Crowley? - perguntou o caçador, tentando se livrar dos pensamentos que enchiam sua cabeça.

Gabriel levantou o rosto, o suficiente para olhar o Winchester - Precisavam dele no inferno. - e voltou a fitar o chão.

Ambos permaneceram em silêncio, que logo foi quebrado pela chegada de Sam.

- Já avisei a todos sobre Castiel. - disse, ficando em frente do irmão e do arcanjo deprimido.

Gabe, ainda olhando para o chão, franziu o cenho, levantando a cabeça abruptamente.

- Talvez tenha uma forma de achar Castiel. - sua voz carregava uma pontinha de esperança - Rowena, talvez ela consiga achar Castiel através da mágica. -

Os rapazes se entreolharam, Sam logo pegou seu celular e ligou para a bruxa.

"Alô." Respondeu com voz de sono.

- Rowena? - pergunta o Winchester, colocando no vivo a voz.

"Ah! Olá Samuel."

- Rowena. - começou Dean - Precisamos de vocês. -

"O que houve, rapazes?" Um leve tom de preocupação surgiu na voz da bruxa.

- É Castiel, ele foi capturado por Mammon. -

"Mammon? O príncipe da ganância?"

- Ele mesmo. - Dean respondeu, com um extremo ódio na voz.

"Como? Na verdade, por que um príncipe do inferno pegaria Castiel?"

- É uma longa história, Rowena. - disse Gabriel.

"O arcanjo bonitinho tá aí?"

Gabriel sorriu.

- Sim! Ele tá aqui. - respondeu o mais alto, um pouco mais áspero que o normal.

Gabriel sorriu mais ainda "Sam está com ciúmes ou é coisa da minha cabeça?" O arcanjo se perguntava. Ele passou a mão por trás de Dean para chegar às costas do caçador, encostando a palma da mão nele, e o acariciando com o polegar.

"Bom saber. Bem, rapazes, irei fazer o meu máximo para chegar aí o mais rápido possível."

- Okay, Rowena, estaremos te esperando. - respondeu Dean, e Sam desligou o celular.

Eles ficaram em silêncio, o Winchester mais velho sente seus olhos pesarem, olha as horas no relógio, já se passara da meia noite.

Dean passou a mão no rosto, se sentia extremamente cansado, havia dormido pouco enquanto estava em Nova Orleans, dirigiu por 16 horas seguidas e quando finalmente chegou em casa, teve que ir para a antiga cidade, Constantinopla, e perdeu seu anjo lá. Sinceramente, ele só queria deitar e relaxar, coisa que não conseguiria fazer com os pensamentos em Castiel.

Ele se levantou da mesa - Eu não sei vocês mas eu vou dormir. -

- Boa noite, Dean. - disse o mais novo.

O mesmo se despediu deles, caminhou até o quarto e se deitou. Fechou os olhos, sentindo eles arderem profundamente, um nó se formou em sua garganta, a sua respiração acelerou, e a primeira lágrima desceu, o caçador não conseguia tirar o anjo da cabeça.

Como podia ter falhado desse jeito com ele? O caçador se perguntava, ele lembrava e relembrava de Mammon o surrando contra o banco. Dean se encolheu na cama, pegou um travesseiro para abafar os soluços. Agora, o caçador chorava sem cessar.

Em meio a os soluços, Dean orou para o anjo, torcendo para que ele o ouvisse.

- Cas. - sussurrou, com a cara enterrada no travesseiro - Me desculpa, eu devia ter te protegido, a onde quer que você esteja, eu vou te achar, eu prometo. - finalizou sua oração ali.

Por mais que se sentisse extremamente culpado pela perda do amigo, ele acabou dormindo ali, agarrado com o travesseiro e o rosto ainda encharcado pelas lágrimas.

........

Já era outro dia, Dean ainda dormia, diferente de Sam, que se encontrava na cozinha, mechendo em seu computador.

- Bom dia, docinho. -  disse Gabriel, aparecendo no banco, que ficava de frente para Sam, fazendo o mesmo se assustar.

- Aí! Gabe, avisa antes. - olhou para o arcanjo, mas não o encarou por muito tempo.

Gabriel semiserrou os olhos - O que tá fazendo? -

- Conversando com a Alana. - respondeu, sem nem olhar para o rapaz a sua frente.

Ele arqueou uma das sobrancelhas, "essa vadia não queria o Castiel? O que ela quer com o meu homem agora?" O arcanjo perguntava para si mesmo.

- Hum. - ele respondeu, fechando a cara e olhando para o saleiro que estava na mesa.

Sam olhou para Gabriel, deu um sorrisinho de canto, e explicou o que conversava com a caçadora.

- Gabe. - chamou, tomando a atenção do arcanjo para si - Ela apenas estava me dizendo que havia um jeito de matar Mammon, agora que não temos o Sudário. -

O rosto de Gabriel parecia se aliviar, porém durou apenas por um segundo.

- Você falou para ela sobre Castiel? - perguntou, incrédulo.

- Sim, depois que saímos de lá, ela me mandou mensagem, pedindo para informá-la sobre Mammon. -

Gabriel ficou em silêncio.

- E qual é a nova forma para derrotar Mammon? - perguntou, deixando seus ciúmes de lado e focando no mais importante.

- A foice da morte. - respondeu, fechando o computador e dando a devida atenção para o arcanjo.

- Ótimo! - ironizou - Como a gente pega a foice da morte que tá morta? -

- Matando outro ceifeiro. - respondeu, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

- Tem alguém em mente? -

Sam sorriu com a pergunta, e disse.

- Na verdade, tenho sim. -

Intercourse - DestielOnde histórias criam vida. Descubra agora